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7 coisas que você provavelmente não sabia sobre o sangue

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O sangue é um tecido vivo que circula pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes a todos os orgãos. Ele é composto por plasma, hemácias, leucócitos e plaquetas. Ele é responsável pelo transporte de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás carbônico e toxinas), regulação e proteção de nosso corpo.

A crença de que o sangue que dá e sustenta a vida também é capaz de salvá-la vem de tempos remotos. Entretanto, foram necessários séculos e séculos de estudos e pesquisas para a ciência descobrir sua real importância e dar a ele uso adequado. Até chegar esse dia, prevaleceram as práticas fundamentadas na intuição e no senso comum.

Conheça agora algumas curiosidade que provavelmente você não sabia sobre o sangue.

Tradição bizarra em Roma

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Conta-se que, na Roma antiga, alguns nobres bebiam o sangue de gladiadores mortos na arena, a fim de obterem a cura de diversos males, entre eles a epilepsia. Defendendo a sangria na cura de qualquer doença, o médico grego Cláudio Galeno, reportando-se à teoria de Hipócrates, também concluiu pela existência de quatro humores no corpo humano: o sangue, a bile amarela, a bile negra e a fleuma.

Primeira transfusão de sangue

L0000096 A early blood transfusion from lamb to man

Realizadas experimentalmente em animais, a primeira transfusão de sangue é atribuída a Richard Lower em demonstração realizada em Oxford, em 1665. A primeira experiência em ser humano aconteceu dois anos mais tarde em 1667, em Paris. Seu autor foi Jean Baptiste Denis, professor de filosofia e matemática em Montpellier e médico do rei Luis XIV.

Tomando um tubo de prata, Denis infundiu um copo de sangue de carneiro em Antoine Mauroy, de 34 anos, doente mental que perambulava nu pelas ruas da cidade. Conta-se que após resistir a duas transfusões, Mauroy teria falecido provavelmente em conseqüência da terceira.

Transfusão de sangue de animais em humanos

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As transfusões de sangue nessa época eram heterólogas, isto é, com sangue de animais de espécies diferentes. Denis defendia a prática argumentando que, ao contrário do humano, o sangue de animais estaria menos contaminado de vícios e paixões.

Considerada criminosa, a transfusão heteróloga foi proibida na Faculdade de Medicina de Paris e, posteriormente, na de Roma (Itália) e na Royal Society, da Inglaterra.

As transfusões com sangue humano datam do século 19

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Embora proibidas, as experiências não foram de todo abandonadas. Em 1788 (Século 18), após tentativas fracassadas com transfusões heterólogas, Pontick e Landois obtiveram resultados positivos realizando transfusões homólogas (entre animais da mesma espécie), concluindo que elas poderiam ser benéficas e inclusive salvar vidas.

A primeira transfusão com sangue humano é atribuída a James Blundell, em 1818 que, após realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu sangue humano em mulheres com hemorragia pós-parto.

O leite e a transfusão braço-a-braço

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Apesar do avanço que representava a transfusão homóloga, no final do Século 19, problemas relacionados à coagulação do sangue e a outras reações adversas continuavam a desafiar os cientistas. Para enfrentar a questão, chegou-se a utilizar leite e até sangue de cadáver em transfusões; porém, as experiências foram logo abandonadas.

Paralelamente, desenvolveram-se equipamentos para a realização de transfusão indireta, além de técnicas cirúrgicas que permitissem a transfusão direta, utilizando-se a artéria do doador e a veia do receptor, procedimento que ficou conhecido como transfusão “braço-a-braço”.

A descoberta do sistema de grupo sangüíneo ABO

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Em 1900, final do Século 19, o imunologista austríaco, Karl Landsteiner, observou que o soro do sangue de uma pessoa muitas vezes coagula ao ser misturado com o de outra, descobrindo o primeiro e mais importante sistema de grupo sangüíneo existente no organismo: o ABO.

Etapas para a doação de sangue

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Cinco são as etapas para uma doação de sangue: cadastro (ou registro) do doador, triagem clínica (inclui teste de anemia, verificação da pressão arterial, batimentos cardíacos, peso, temperatura e questionário sobre a saúde), voto de auto exclusão, doação propriamente dita e lanche pós doação.

Bônus: O que acontece se você beber sangue?
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Segundo especialistas, em quantidades muito pequenas e se o sangue não tiver nenhum agente patogênico (Doenças transmissíveis pelo sangue), a ingestão não deve prejudicar.

Mas, se ingerido em uma quantidade maior ele se torna tóxico, ou seja uma espécie de veneno, claro que uma pequena quantidade não é capaz de te matar, mas quanto mais sangue você ingerir maior risco de morte estará correndo. Como o sangue é rico em ferro, o corpo tem dificuldade em excretar o excesso de ferro, sendo assim você corre risco de ter uma overdose de ferro e acabar morrendo.

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