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7 coisas sobre o transtorno bipolar que todo mundo deveria saber

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Transtornos mentais são umas das grandes questões de debate do século 21. A depressão, por exemplo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atinge cerca de 350 milhões de pessoas por todo o mundo. Apesar da depressão ser o transtorno mental mais discutido nos últimos tempos, principalmente devido ao alto número de jovens que ela vem atingindo e aos suicídios crescentes que vem causando, ela não é a única doença do gênero. Outros problemas que atingem a mente, alcançam muitas pessoas no meio social. Um desses é o transtorno bipolar.

A bipolaridade é um dos transtornos mentais que mais causa incompreensão na comunidade. Muito do que se entende da doença vem de conhecimentos advindos do senso comum. Apesar de personagens da cultura pop se aproximarem da realidade (Como Claire, a protagonista da série Homeland), eles não são retratos fiéis do que a enfermidade é. Se na TV ou no cinema o transtorno bipolar parece bem exagerado, na vida real ele é muito mais sutil do que você imagina. É para te tirar um pouco do senso comum sobre a doença, listamos 7 coisas sobre o transtorno bipolar que todo mundo deveria saber.

1 – Bipolaridade e depressão são muito similares

A característica básica do transtorno bipolar é a mudança drástica de humor, intitulada pelo Instituto Nacional de Saúde Mental (INSM) de “episódios de humor”. Eles variam entre “episódios de depressão” e os “episódios maníacos”. Entre os episódios (também chamados de crise), existem momentos onde os sintomas não se manifestam.

Porém as características do transtorno bipolar e da depressão são muito semelhantes, podendo ser facilmente confundidos sem uma análise médica e exames. Porém, para ficar mais fácil na hora de tentar identificar, o NIMH  destaca os sinais e sintomas da bipolaridade. Alguns deles são energia excepcionalmente baixa, diminuição dos níveis de atividade, sentimentos de desesperança e desespero, perda de prazer em atividades, sono escasso ou excessivo, preocupação ou sentimento de vazio, fadiga, excesso ou falta de apetite, problemas para se concentrar ou lembrar de coisas e até pensamentos suicidas.

2 – Episódios maniacos

O “episódio maníaco” do transtorno bipolar é facilmente confundido por terceiros. Especialistas afirmam que facilmente as pessoas pensam que o episódio significa felicidade e êxtase, porém, não é bem assim. Apesar de parecer pura euforia, ela é mais do que isso. É uma energia excepcionalmente alta, níveis de atividade aumentados, sensação de nervoso, sentimentos de euforia, sentimentos de agitação ou irritabilidade, sentimentos de excesso de confiança, dificuldade para dormir, fala excepcionalmente rápida, tentativa de assumir muitas coisas ao mesmo tempo e de engajar-se em comportamentos de risco.

3 – Existe um episódio de bipolaridade chamado de “misto”

Os episódios de depressão e o episódio maníaco do transtorno podem aparecer juntos em um momento só. Esse episódio, que iremos chamar de misto, envolve a alta energia e euforia do “episódio maníaco” e a tristeza e sensação de fundo do poço do “episódio de depressão”. Esse episódio é perigoso pelo fato das pessoas estarem totalmente infelizes e com um alto índice de energia que pode levá-las a agir contra si mesmas.

4 – Causas da bipolaridade

Os cientistas continuam investigando as raízes do transtorno bipolar, porém ainda não encontraram um motivo principal. Ainda assim, já se sabe que existem três fatores de risco que aumentam as chances do transtorno bipolar: genética, estrutura e funcionamento do cérebro e histórico de casos na família. O que sabe é muito pouco, até porque não se sabe até que ponto os genes determinam o desenvolvimento da doença. Em todo caso, os casos de transtorno bipolar costumam se repetir dentro de famílias.

5 – O diagnóstico é complicado

As pessoas com transtorno bipolar são mais propensas a procurar ajuda em um “episódio depressivo” do que em um “episódio maníaco”. Isso acontece porque o paciente tendem a achar que o “episódio maniaco” é apenas um onda de super animação e produtividade. O problema é que, para o médico ter maior chance de estabelecer um diagnóstico completo, ele precisa ter o histórico e os relatos dos dois tipos de episódios característicos da doença. Quando o paciente apresenta só o seu “episódio depressivo”, muito facilmente o médico irá diagnosticar o paciente com depressão.

6 – Pode ser preciso medicação

O principal objetivo da medicação no caso do transtorno bipolar é estabilizar o humor do paciente a longo prazo. Os comprimidos tendem a minimizar os episódios recorrentes em quem possui o transtorno. Existem vários tipos de comprimidos diferentes, e cada um será usado em cada caso individual diferente. Os remédios podem variar entre anticonvulsivantes, antidepressivos e antipsicóticos. Em alguns casos específicos não é necessário uso de medicação, apenas terapia.

7 – Pessoas com transtorno bipolar podem ser felizes

Como qualquer outro transtorno mental ou doença de qualquer tipo, não existe vida fácil e se apresenta uma série de desafios. Mas também como muitas outras, com o tratamento certo é possível alcançar estabilidade e felicidade. Ela pode ser comparada com qualquer doença crônica como diabetes, onde haverá acompanhamento e estabilidade.

E aí, você conhece alguém que tenha transtorno bipolar ou você mesmo possui? Comenta aqui com a gente. Se por acaso você acha que alguns comportamentos e sentimentos seus batem com os sintomas do transtorno, não hesite em buscar ajuda. Quando mais cedo você procurar suporte, mais cedo ficará pleno. Aquele abraço.

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