Em suma, a era vitoriana durou a maior parte do século XIX. Basicamente, foi um período de prosperidade e paz para o povo britânico. Tal período foi marcado pelo auge e consolidação da Revolução Industrial e pelo surgimento de novas invenções. Mas ela também foi bem peculiar, especialmente quando o assunto era morte. Ainda que o povo da época fosse fascinado pela vida e todas as suas belezas, também tinham uma estranha obsessão pelos temas da morte.
As grandes epidemias da época e a morte do Príncipe Albert, filho da Rainha Vitória, também ajudaram a criar uma aura de luto e pensamentos sobre a morte, na Inglaterra e na Europa do século XIX. Existiam várias formas de morrer na Era Vitoriana e mostramos algumas das mais bizarras aqui.
1 – Roupas inflamáveis
A tendência das décadas de 1850 e 1860 eram as saias enormes de criolina. Essas anáguas grandes e estruturadas eram cobertas com tecido, logo, davam a impressão de serem uma saia volumosa. Mas a desvantagem era que elas eram feitas com materiais como seda e musselina, que eram altamente inflamáveis.
Vários jornais da época noticiaram a morte de várias mulheres que se aproximaram muito de uma chama. Além de vários editorias falando sobre os perigos da moda e mostrando outras soluções.
2 – Muito ópio
No século XIX, os bebês inquietos eram acalmados com o ópio. Além disso, as tinturas de ópio também era bastante usadas como um método para acalmar os bebês doentes. E esse tratamento era amplamente popular.
E exatamente por essa popularidade, era comum ocorrer as overdoses acidentais. Em 1854, acreditava-se que três quartos, de todas as mortes atribuídas ao ópio na Grã Bretanha, eram de crianças menores de cinco anos.
3 – Contaminação da cólera
Por mais que hoje, em algumas partes do mundo, se possa abrir a torneira e tomar água limpa, no século XIX, as populações da Europa e dos Estados Unidos aumentaram e mais pessoas se mudaram para as cidades.
Várias favelas tinham esgotos a céu aberto e o abastecimento de água era pouco confiável. Os poços de água eram contaminados com esgoto bruto. E assim, doenças transmitidas pela água, como cólera, eram bastante frequentes. Por volta de 1832, a pandemia de cólera aconteceu e atingiu a Grã Bretanha e EUA, pela primeira vez.
4 – Intoxicação por arsênio
O auge da era vitoriana era o papel de parede verde. Esse pigmento era conhecido como verde de Scheele e tinha sido desenvolvido, em 1755, pelo químico alemão-sueco, Carl Wilhelm Scheele. E o segredo, para ter uma cor tão vibrante, era o uso do arsênio. Na época, ele era considerado seguro no uso de pigmento.
Em 1862, uma investigação foi feita depois que várias crianças da mesma família adoeceram e morreram semanas depois. A conclusão foi a de que elas tinham sido envenenadas pelo arsênio, no papel de parede verde do seu quarto.
5 – Fábricas
O século XIX foi marcado pela rápida industrialização e abriu milhares de fábricas que produziam quase tudo, de tecido à munições. As fábricas empregaram várias pessoas, mas também eram um lugar que poderia matá-los de várias formas.
As fábricas de algodão de Manchester, por exemplo, tinham várias formas que poderiam matar seus funcionários. O ar era cheio de fibras de algodão que, com o tempo, ia se acumulando nos pulmões dos trabalhadores. As máquinas giratórias podiam prender as mangas ou cabelo dos funcionários e os arrastar para debaixo delas. E foram os grandes números de acidentes que levou a um aumento de regulamentação.
6 – Combustão espontânea
De acordo com o que acreditavam alguns cientistas da época, o alcoolismo poderia gerar combustão espontânea. Essa ameaça foi logo vista como um meio de fazer as pessoas se afastarem da bebida.
E o livro The Anatomy of Drunkenness, de Robert Macnish, descreveu os vários tipos de bêbados e dedicou um capítulo inteiro, ao risco de combustão espontânea. Um dos estudos era o caso de Mary Clues, que foi encontrada quase totalmente incinerada.
7 – Varíola
Essa doença existe há mais de doze mil anos e os europeus a levaram para as Américas na Era da Exploração. Isso matou até 90% das populações indígenas.
No século XIX, a doença ainda era uma realidade e matou cerca de 30% das suas vítimas.
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