História

7 vezes em que o seu professor de história mentiu pra você

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O que você se lembra do seu período escolar? Se considera um aluno aplicado? Ou era mais ou menos? Como era sua prática em história? Pois bem, independente, se você não sabia, saiba que nem tudo aquilo que seu professor te contou é verdade. Existem algumas partes da história (do Brasil, do mundo) que não são bem do jeito que nos disseram.

Por exemplo, a independência do Brasil, ela foi mesmo feita às margens do rio Ipiranga, pelo então Príncipe Regente D. Pedro, gritando “Independência ou morte!”, no dia 7 de setembro de 1822. Bem, ao que parece, a coisa não foi bem assim, de acordo com alguns autores, na verdade, D. Pedro estava com disenteria, em cima de um burro, em condições precárias, e ali mesmo, no meio do mato, ao receber uma carta da Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa decidiu que deveria proclamar independência.

Ainda assim, segundo o jornalista Laurentino Gomes, a data correta da efetivação da proclamação da república teria sido no dia 12 de outubro, apesar de o “grito” ter sido no dia 7 de setembro. Apesar de as datas terem sido consideradas, a data que comemoramos foi exaltada no governo de Dom Pedro II.

Precisamos lembrar que não temos o intuito de criticar, julgar, muito menos impor verdades absolutas. Nosso objetivo é único e exclusivo de informar. Por isso, o conteúdo dessa matéria se destina a aqueles que se interessarem e/ou identificarem. Sendo assim, nós aqui da redação da Fatos Desconhecidos selecionamos essa listinha com 7 vezes que chocantemente seu professor de história mentiu pra você. Confira:

7 – Pedro Álvares Cabral não descobriu o Brasil

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E nem Cristóvão Colombo descobriu a América. Como ouvimos de nossos professores, e de acordo com os livros, comandando 3 navios, Colombo chegou ao Caribe no dia 12 de outubro de 1492. A questão é que, segundo o próprio Colombo, essa “descoberta” não teria sido qualquer novidade.

Ao que parece, dois séculos antes, Marco Polo teria desembarcado nas mesmas terras. Já de acordo com outros autores, a descoberta do continente americano teria sido realizada pelos chineses, em 1421, quando realizaram uma grande expedição ao redor do mundo, com dezenas de navios muito maiores que as caravelas portuguesas.

Não apenas, também existem relatos de exploradores nórdicos, por exemplo o islandês Leif Ericson, que falam que os vikings aportaram no continente americano 5 séculos antes de Colombo. Em relação ao Brasil, já se sabe que, dois anos antes de Cabral chegar à terras brasileiras, Duarte Pereira Pacheco teria explorado a foz do rio Amazonas, bem como o estado Maranhão.

Para que não houvesse atritos com os espanhóis, os portugueses preferiram manter essa parte da história guardada. Também existem relatos de que o espanhol Vicente Pinzon teria chegado ao Ceará em janeira de 1500, ou seja, 3 meses antes de Cabral.

6 – Marco Polo não levou o macarrão para a Itália

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Quando nos perguntávamos qual teria sido a origem do macarrão (massa) era comum acreditarmos que seria a Itália a responsável. Então, descobrimos que não, a origem seria chinesa. E que Marco Polo, em suas expedições a teria levado para a Itália.

Mas, a bem da verdade é que a “massa” já era conhecida em território italiano, por conta dos fenícios. Marco Polo é considerado o maior explorador da idade antiga, por isso tanta importância sobre seus relatos. Além disso, os chineses foram responsáveis por grande parte das invenções até então conhecidas.

Para se ter uma ideia sobre as explorações de Marco Polo, ele era filho de um mercador, que viveu por anos na corte do imperador mongol Kublai Khan (neto de Gengis Khan). Sob ordens de Kublai, Polo percorreu mais de 25 mil quilômetros pelas mais diversas nações.

5 – Durante a Revolução Francesa não haviam políticos na Bastilha

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A Bastilha era uma antiga prisão política localizada no centro de Paris (França), foi um símbolo do regime absolutista, derrubado pela Revolução Francesa, que tem como sua data oficial o dia 14 de julho de 1789. De acordo com nossos professores de história, a tomada da Bastilha significava o fim da perseguição política liderada pelo imperador.

A grande questão é que não existiam presos políticos na Bastilha, na época. Os criminosos que a ocupavam eram 8, sendo a maior parte deles presos por crimes de honra. Sendo um deles o Marquês de Sade. O que não nos fora dito é que lá dentro havia o estoque de pólvora do imperador, o que torna a tomada da bastilha mais relevante militarmente do que politicamente.

A prisão já não existe mais, porém, a construção permanece como marco histórico.

4 – Não foram os europeus que impuseram a escravidão africana

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Oi?! Então, sabemos que a escravidão foi uma das práticas mais degradantes e desumanas, realizada por vários países. Sabemos que na Europa a escravidão remonta desde a roma antiga, por exemplo, mas na África se manteve por muito mais tempo. Sabemos que, em suas expedições, países como Portugal faziam um “pitstop” por países africanos.

Mas, ao contrário do que muita gente pensa, não eram os portugueses que capturavam escravos, mas sim os próprios africanos. Como havia muita rivalidade de tribos, uma atacava a outra e os inimigos capturados eram vendidos como escravos. Uma prática realizada muito antes dos europeus chegarem e pensarem nessa ideia.

Além disso, o tráfico de escravos para o Oriente, não era feito em navios, como para as Américas, mas em caravanas. Os escravos eram sequestrados em suas aldeias e forçados a caminharem até o Oriente Médio. Foram 18 milhões de mortos nessa caminhada. Na travessia do Atlântico, foram 8 milhões.

3 – Quem inventou o escalpelamento não foram eles

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O escalpelamento é o arrancar bruto do couro cabeludo, das mais diversas formas. Na escola, aprendemos que os “inventores” dessa prática foram os índios americanos. Só que não. Sabemos que, com o início das tentativas de colonização do continente americano, enquanto nas Américas Central e Sul, as doenças trazidas pelos europeus fizeram a maior parte do trabalho de dizimar esses povos, na do Norte, a responsabilidade recaiu sobre o exército.

Assim, para “facilitar” e dissipar a imagem de que os nativos eram selvagens, a história do escalpo começou sendo atribuída aos nativos. A questão é que essa prática, na verdade, pertencia aos colonizadores, sendo inicialmente introduzida pelos franceses, depois holandeses, mexicanos e aí, americanos. A questão é que, com o escalpo de um indígena nas mãos, o soldado conseguia provar a morte e pegar sua recompensa.

2 – A riqueza dos países não tem a ver com terem sido colonizadores ou colonizados

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Adam Smith se tornou o “pai da economia” ao tentar descobrir o porquê da riqueza de algumas nações e não de outras. De acordo com ele, um país enriquece pela divisão do trabalho dentro da economia e não por conta do acúmulo de riquezas. Para ele,um país seria rico apenas exportando e acumulando ouro.

Ainda ouvimos muito hoje em dia que determinados países como Inglaterra, são ricos por conta do ouro brasileiro. A questão é que os ingleses não precisaram roubar, apenas o fato de desenvolverem uma manufatura que desenvolvesse o que os portugueses queriam comprar. Ao analisarmos bem, os países que exploraram o Brasil ficaram pobres por não produzirem riqueza através do trabalho.

De fato, o colonialismo europeu influenciou negativamente o desenvolvimento da África. Não apenas por conta da exploração mas, também, por gerarem conflitos políticos internos. Veja, Países como Suécia ou Suíça não tiveram colônias. Outros como a Dinamarca colonizaram apenas locais inóspitos como a Groenlândia. Na Etiópia, por sua vez, não houveram colônias – a monarquia perdurou até o final da década de 60, quando o país sofreu uma revolução comunista.

Ainda assim, mesmo sem esse passado, ainda é um país pobre. No caso de Botswana, por exemplo, houve o efeito contrário: mesmo tendo sido colônia, o país acabou desenvolvendo instituições sólidas, capaz de resistir à tentação das inúmeras ditaduras que assolaram o continente africano.

1 – O “Velho Oeste” não era violento

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Bem, era. Mas não como vemos nos filmes de faroeste. Quando pensamos nos filmes como os de Billy the Kid, um dos maiores bandidos da história do cinema, logo imaginamos brigas, lutas, tiroteios, matança… uma terra sem leis. Um “pequeno” detalhe, naquela época, naquela região, como você imagina que eram fabricadas as armas usadas pelas pessoas? Precárias? Muito!

Agora imagine a quantidade de mortes causadas em um ano. Mil? 500? 100? Muito se engana. As mortes registradas nas cidades mais violentas, como em Tombstone, nunca passaram de 5. Pela média de 1,5 homicídios por 100 mil habitantes, registrada na mesma Tombstone, você teria ao menos 20 vezes mais chances de ser assassinado na Porto Alegre de 2016, e quase 50 vezes mais chances em Fortaleza hoje, do que no anárquico velho Oeste.

Então pessoal, o que acharam? O que mais seus professores te contaram e não era verdade? encontraram algum erro na matéria? Ficaram com dúvidas? Possuem sugestões? Não se esqueçam de comentar com a gente!

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