Curiosidades

7 vezes que a humanidade tentou controlar mentes

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A mente humana é uma caixinha de segredos. Nela, é possível encontrar uma imensidão de possibilidades. Mesmo que não consigamos acessar nem metade do que ela tem a nos oferecer, ainda assim é mais poderosa do que qualquer arma letal. Não é à toa que grandes pensadores como Sigmund Freud e Burrhus Frederic Skinner dedicaram seus estudos para decifrá-la (e não conseguiram entender toda a complexidade existente). O ato de pensar nos faz diferente de qualquer outra criatura e, por isso mesmo, muito buscam descodificá-la. No entanto, não é uma tarefa fácil. Várias tentativas, embasadas em estudos científicos, tiveram essa pretensão e falharam miseravelmente. Outras, em contrapartida, chegaram bem perto (ou mais próximo do que os anteriores). Preparamos uma lista especial com 7 vezes que a humanidade tentou controlar mentes. Prontos para se aventurar em fatos desconhecidos?

A liberdade de pensamento está na lista de “coisas que gostaríamos de manter”. Até porque, imagine se conseguissem alguma forma de manipulá-la diretamente? Não seria uma experiência agradável.

1- Doutrinação

Doutrinação é um termo usado principalmente para se referir a religiões ou cultos. Com uma variedade de técnicas, as pessoas tentam fazer com que o alvo aceite determinado dogma. As coisas podem começar com um pouco de engano, talvez escondendo toda a verdade do objetivo do “grupo”. Pode até envolver incentivar o alvo a tomar substâncias que alteram a mente, tornando-as muito mais sugestionáveis.

Alguns cultos podem usar uma técnica conhecida como “bombardeio do amor”. Isso envolve inundar o novo recruta com amor, amizade, bajulação, toques não sexuais e níveis intensos de atenção pessoal. Os novos recrutas são muitas vezes isolados, impedindo-os de ter qualquer tipo de “verificação da realidade” até que a vida de culto se torne sua nova realidade.

2- Desprogramação

A desprogramação é quase o oposto da doutrinação, mas não menos sinistra. A técnica é frequentemente encomendada pelos amigos e entes queridos de uma pessoa que se envolveu com um culto ou ideologia extrema, na esperança de trazê-los de volta ao mainstream. Por mais perigoso que um culto possa ser, a desprogramação ainda é bastante problemática, pois tenta controlar as ações de um adulto que, para todos os efeitos, entrou em culto de livre e espontânea vontade.

De um modo geral, o processo começa com um sequestro, levando a pessoa e confinando-a. Você sabe. Como um culto faz, mas pior. A intervenção idealmente envolve um desafio vigoroso das visões dos cultistas, tentando usar a lógica e a razão para derrubar as ilusões que o culto incutiu nelas.

No entanto, os relatos de desprogramação muitas vezes envolvem violência e abuso, com os participantes frequentemente sendo privados de comida e sono, contidos fisicamente, espancados e até mesmo sexualmente agredidos. Até porque a ideia geral é que o sujeito tem que ser “quebrado” para se desfazer da lavagem cerebral. Essa é uma das vezes que a humanidade tentou controlar mentes.

3- Toxoplasma Gondii

O Toxoplasma gondii é um organismo parasitário unicelular que é capaz de infectar virtualmente qualquer animal de sangue quente. Apesar disso, o T. gondii só é capaz de se reproduzir dentro de gatos. Então, como é feito o processo? Coordenando ratos como pequenos pilotos kamikazes. Quando os ratos ficam infectados com o T. gondii, eles são forçados a agir de uma forma que os torna mais propensos a serem comidos, pendurados perto de gatos urinando e diminuindo o tempo de reação deles.

Embora isso não tenha exatamente o mesmo efeito em humanos, o parasita tem sido associado a uma série de distúrbios neurológicos, incluindo a esquizofrenia. Se esses poderes de controle da mente podem ser manipulados por seres humanos para um propósito nefasto, ainda não sabemos.

4- Implantes neurais

Os implantes neurais, embutidos nas profundezas do cérebro para oferecer choques em regiões específicas, têm sido uma realidade por muito mais tempo do que a maioria das pessoas imagina. Neuroestimuladores são cada vez mais utilizados para tratar condições médicas, como Parkinson, epilepsia e até depressão através de estimulação cerebral profunda.

Este é um procedimento bem aceito atualmente, mas o uso de implantes eletrônicos para alterar a personalidade é moralmente questionável.

5- Lobotomia

Hoje em dia, a palavra “lobotomia” costuma ser usada como brincadeira, mas a realidade é mais horripilante que hilária. Você acharia absurdo se eu lhe dissesse que, em 1949, o prêmio Nobel foi concedido a um homem que jogou pequenas picaretas de gelo nos olhos das pessoas? Porém, foi exatamente o que aconteceu.

A lobotomia começou como um procedimento chamado “leucotomia”, inventado pelo médico português António Egas Moniz. Inicialmente, isso envolvia fazer furos no crânio e injetar álcool para produzir esclerose (o espessamento dos tecidos) e depois evoluir para remover partes dos lobos frontais.

Alguns anos depois, um médico chamado Walter Freeman, com a ajuda do neurocirurgião Dr. James Watts, alterou a técnica e a rebatizou de “lobotomia”. Nos primeiros dias da operação, Freeman e Watts literalmente usaram picaretas de gelo nos cérebros dos pacientes.

Os instrumentos foram conduzidos através da placa orbital no topo da cavidade ocular e depois mais duas polegadas no cérebro. Nesse momento, os médicos mexiam em torno dele, enquanto levavam o paciente a recitar a oração do Pai Nosso. Assim, eles tentavam deduzir em que partes do cérebro estavam falando.

Apesar da natureza brutal do procedimento, ele realmente teve um certo nível de sucesso, permitindo que pacientes que teriam passado o resto de suas vidas em instituições voltassem para suas casas e famílias. As coisas tomaram um rumo mais sombrio quando Freeman ficou um pouco empolgado, martelando o crânio de qualquer um que ele considerasse ser mentalmente doente, incluindo 19 crianças.

Ele acabou tendo sua licença tirada depois de realizar três lobotomias na mesma pessoa. Essa é uma das vezes que a humanidade tentou controlar mentes.

6- Conexão cérebro-a-cérebro

Os humanos poderiam ser comunicadores muito mais eficientes se pudessem ignorar a linguagem e transmitir diretamente pensamentos de um cérebro para outro. Os cientistas demonstraram que a comunicação instantânea pode se tornar uma realidade com a ajuda de computadores.

Em experimentos, pesquisadores da Universidade de Washington mostraram que podiam enviar os pensamentos de uma pessoa através de um computador. O objetivo era o de controlar o movimento da mão de uma pessoa sentada a 800 metros de distância. Em 2013, a equipe demonstrou, pela primeira vez, que essa conexão cérebro-a-cérebro era possível.

7- The Devil’s Breath

Scopolamine se tornou uma espécie de lenda urbana na internet. Diz-se que é usado por criminosos para tornar suas vítimas impotentes e complacentes. A droga é entregue através de bebidas, pedaços de papel contaminados ou simplesmente soprado na cara da vítima.

Dentro de minutos de contato, a vítima é supostamente impotente para resistir a quaisquer ordens dadas. Há muitas evidências anedóticas para os usos criminosos da droga, mas até agora isso não correspondeu aos resultados do laboratório.

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