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8 assustadores trechos de diários escritos da 2º Guerra Mundial

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A Segunda Guerra Mundial foi um conflito militar global que durou entre 1939 e 1945, envolvendo a maioria das nações do mundo, incluindo as grandes potências, e eram organizadas em duas alianças militares opostas, os Aliados e o Eixo. Essa foi a maior guerra da história, com mais de 100 milhões de militares mobilizados. Aqui na Fatos Desconhecidos vocês já devem ter visto algumas matérias sobre a Segunda Guerra Mundial, como as 7 mulheres incríveis que lutaram na Segunda Guerra Mundial ou 12 curiosidades da Segunda Guerra Mundial que você não conhecia, e hoje vamos mostrar algo assustador sobre a 2º Guerra Mundial.

Algumas pessoas na época escreviam diários relatando coisas sobre a guerra, e alguns desses relatos parecem ter saído de um filme de terror. Nós separamos para vocês 8 assustadores trechos desses tais diários de pessoas aleatórias, confiram:

1 – Michihiko Hachiya, Hiroshima, 6 de agosto de 1945

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Uma bomba atômica foi detonada sobre a cidade de Hiroshima no dia 6 de agosto de 1945. A bomba acabou matando imediatamente cerca de um quarto da população da cidade e expos o restante a radiação com níveis perigosos. Michihiko Hachiya era funcionário de um hospital na época, e quando a bomba caiu ele estava deitado na sua casa, a cerca de 1,5 km de onde a bomba caiu. O calor queimou a sua roupa e gerou graves queimaduras no seu corpo. Seu diário, publicado em 1955, conta algumas de suas experiências no dia da detonação da bomba.

“Nós começamos, mas depois de 20 ou 30 passos, eu tive que parar. Minha respiração ficou curta, meu coração batia forte, e minhas pernas cederam sob mim. Uma sede avassaladora me tomou e eu implorei a Yaeko-san para me encontrar um pouco de água. Mas não havia água para ser encontrada. Depois de um tempo, minha força voltou um pouco e fomos capazes de seguir em frente. Eu ainda estava nu e, embora eu não sentisse nem um pouco de vergonha, eu estava perturbado ao perceber que a modéstia tinha me abandonado. Nosso progresso para o hospital foi interminavelmente lento, até que, finalmente, as minhas pernas, duras de sangue seco, se recusaram a me levar mais longe. A força, mesmo a vontade, de ir em frente me abandonou, então eu disse a minha esposa, que estava quase tão gravemente ferida quanto eu, para ir sozinha. Ela se opôs a isso, mas não havia escolha. Ela tinha que ir em frente e tentar encontrar alguém para voltar por mim.”

2 – Feliz Landau, Drohobych, 12 de julho de 1941

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A SS alemã tinha um membro chamado Felix Landau, e durante a guerra, ele passou boa parte do tempo servindo no Einsatzkommando, um esquadrão da morte encarregado de exterminar judeus, intelectuais poloneses, ciganos, e qualquer grupo que eles considerassem inferiores. O diário de Felix tem detalhes de crimes realmente terríveis, e nesse item nós vamos descrever os relatos das ações do grupo na cidade de Drohobych, no oeste da Ucrânia., confiram:

“Às 6:00 da manhã de repente eu fui acordado de um sono profundo. Reportar para uma execução. Tudo bem, então eu vou brincar de carrasco e, em seguida, coveiro, porque não. Não é estranho, você ama batalha e, em seguida, tem que atirar em pessoas indefesas. Vinte e três tiveram de ser baleados, entre eles duas mulheres. Eles são inacreditáveis. Eles até mesmo se recusam a aceitar um copo de água de nós. Eu fui designado artilheiro e tive que atirar em qualquer fugitivo. Nós dirigimos um quilômetro ao longo da estrada fora da cidade e, em seguida, viramos para a direita em uma floresta. Havia apenas seis de nós naquele momento e tivemos que encontrar um local adequado para atirar [nos fugitivos] e enterrá-los. Depois de alguns minutos, encontramos um lugar. Os candidatos à morte receberam pás para cavar a sua própria sepultura. Dois deles estavam chorando. Os outros certamente têm uma coragem incrível. Que diabos se passa pelas suas mentes durante esses momentos? Eu acho que cada um deles abriga uma pequena esperança de que de alguma forma não será morto. Os candidatos à morte são organizados em três turnos, já que não há muitos túmulos. Estranhamente, estou completamente impassível*. Sem piedade, nada. Esse é o jeito que é e, em seguida, está tudo acabado. Meu coração bate um pouco mais rápido quando involuntariamente eu recordo os sentimentos e pensamentos que eu tive quando eu estava em uma situação similar.”

3 – Leslie Skinner, noroeste da Europa, 4 de agosto de 1944

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O Capitão Leslie Skinner tinha um diário onde ele documentava suas experiências dos conflitos após os desembarques do Dia D. O Capitão Skinner na verdade não era um soldado, mas sim um padre servindo como capelão do exército. Conhecido como Padre Skinner, seu objetivo na guerra era proporcionar conforto espiritual e realizar últimos sacramentos. A parte mais angustiante do trabalho do padre era recuperar os corpos para dar-lhes um enterro digno.

“A pé, localizei tanques. Apenas cinzas e metal queimado no tanque de Birkett. Procurei nas cinzas e encontrei restos de ossos pélvicos. Em outros tanques três corpos ainda dentro. Não foi possível remover os corpos, após muita dificuldade – negócio desagradável – doente.”

“Trabalho temeroso pegar pedaços e remontá-los para a identificação e colocá-los em cobertores para o enterro. Sem infantaria para ajudar. O líder do esquadrão me ofereceu alguns homens para ajudar. Recusei. Quanto menos homens que vivem e lutam em tanques tiverem a ver com este lado das coisas, melhor. Meu trabalho. Este foi mais do que normalmente doente. Realmente indutor de vômitos.”

4 – David Koker, Holanda, 4 de fevereiro de 1944

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Os sobreviventes do Holocausto escreveram uma série de relatos, mas apenas alguns diários foram recuperados a partir dos campos de concentração, e um deles foi escrito por David Koker, m estudante holandês de ascendência judaica que foi enviado para o Camp Vught no sul da holanda, em fevereiro de 1943.

Enquanto a maioria dos outros prisioneiros do campo de concentração não podiam ter um diário, David fez amizade com o gerente do local e sua esposa, o que fez com que ele tivesse alguns privilégios. O trecho abaixo descreve Heinrich Himmler, o chefe da SS e um dos principais arquitetos do Holocausto, confiram:

“Um pequeno homem frágil de aparência insignificante, com um rosto bastante bem-humorado. Boné de pala alto, bigode e óculos pequenos. Eu penso: se você quiser rastrear toda a miséria e horror para apenas uma pessoa, teria que ser ele. Em torno dele, um monte de companheiros com rostos cansados. Homens muito grandes, fortemente vestidos, eles seguem para qualquer canto que ele se vire, como um enxame de moscas, trocando de lugar entre si (eles não ficam parados por nem um momento), movendo-se como um único conjunto. Passa uma impressão fatalmente alarmante. Eles olham para todos os lados sem encontrar nada para se concentrar.”

5 – George Orwell, Londres, 15 de setembro de 1940

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O famoso escritor George Orwell, estava entre os 8,6 milhões de habitantes de Londres durante a guerra. Ele manteve um diário relatando as suas experiências durante esse período, e o diário é repleto de discussões políticas, mas também relatos de ataques aéreos, como o de setembro de 1940, quando a RAF batalhava pelo controle dos céus sobre o sul da Inglaterra durante a Batalha da Grã-Bretanha. As pessoas comemoravam quando um avião alemã caia, por medo de que Hitler invadisse a Inglaterra.

“Esta manhã, pela primeira vez, vi um avião abatido. Ele caiu lentamente das nuvens, nariz à frente, como um pássaro baleado lá no alto. Um júbilo formidável entre as pessoas assistindo, pontuado momento sim, momento não com a pergunta: “Tem certeza que é alemão?”. Tão intrigantes são as instruções dadas, e tantos os tipos de avião, que ninguém sequer sabe quais são os aviões alemães e quais são os nossos. Meu único teste é que, se um bombardeiro é visto sobre Londres, deve ser alemão, enquanto que um caça é mais provável de ser nosso.”

6 – “Ginger”, Pearl Harbor, 7 de dezembro de 1941

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O bombardeio de Pear Harbor feito por forças armadas japonesas tornou-se dois conflitos regionais existentes na Europa e na China em uma Guerra Mundial. O ataque surpresa deixou 2.403 americanos mortos e foi o catalisador para os Estados Unidos entrarem na Guerra. A área de Pearl Harbor não se restringia a militares, porém, mas também era habitada por famílias. O trecho de diário abaixo foi escrito por uma garota de 17 anos conhecida como “Ginger”.

“Fui acordada às oito horas da manhã por uma explosão em Pearl Harbor. Levantei-me pensando que algo emocionante provavelmente estava acontecendo por lá. Mal sabia eu! Quando cheguei à cozinha toda a família, excluindo Pop, estava olhando para o Arsenal de Marinha. Ele estava sendo consumido por fumaça preta e mais explosões espantosas… Então eu fiquei extremamente preocupada, assim como todos nós. Mamãe e eu saímos na varanda da frente para dar uma olhada melhor e três aviões passaram zumbindo sobre nossas cabeças, tão perto de nós que poderíamos lhes ter tocado. Eles tinham círculos vermelhos em suas asas. Logo entendemos! Nesse momento as bombas começaram a cair por todo o Hickam. Ficamos nas janelas, não sabendo mais o que fazer, e observamos o fogo trabalhar. Era exatamente como os cinejornais da Europa, só que pior. Vimos um monte de soldados correndo em nossa direção a partir do quartel e, em seguida, uma linha de bombas caiu atrás deles, levando todos para o chão. Fomos inundados em uma nuvem de poeira e tivemos que correr fechar todas as janelas. Enquanto isso, um grupo de soldados tinha entrado em nossa garagem para se esconder. Eles foram totalmente tomados de surpresa e muitos deles não tinham sequer uma arma ou qualquer coisa.”

7 – Wilhelm Hoffman, Stalingrado, 29 de julho de 1942

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As batalhas mais importantes e sangrentas da Segunda Guerra Mundial fora travadas na Frente Oriental. Uma delas foi a de Stalingrado, onde um banho de sangue de cinco meses virou a maré em favor da União Soviética. Porém, antes dos alemães levarem a guerra até essa cidade, eles tinham ganhado uma batalha e estavam confianes de que poderiam conquistar a Rússia, como bem expressou Wilhelm Hoffman, um soldado da 94º Divisão de Infantaria do Sexto Exército alemão:

“O comandante da companhia diz que as tropas russas estão completamente quebradas, e não podem aguentar por mais tempo. Chegar a Volga e tomar Stalingrado não é tão difícil para nós. O Fuhrer sabe qual o ponto fraco dos russos. A vitória não está longe.”

Esse relato foi ainda em julho, mas em dezembro, os alemães é que estavam cercados, e nesse ponto, o diário de Hoffman se torna pessimista sobre as chances de vitória. Esse outro relato do dia 26 de dezembro de 1942 está em contraste gritante com a sua atitude durante o verão:

“Os cavalos já foram comidos. Eu comeria um gato; eles dizem que sua carne também é saborosa. Os soldados parecem cadáveres ou lunáticos, à procura de algo para colocar em suas bocas. Eles já não se cobrem dos ataques russos; não têm a força para caminhar, correr e se esconder. Maldita seja esta guerra!”

8 – Zygmunt Klukowski, Szczebrzeszyn, 21 de outubro de 1942

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No dia 20 de janeiro de 1942, 15 consideráveis funcionários nazistas fizeram uma conferência para discutir a implementação de uma “Solução Final” para obliterar o povo judeu. Demorou cerca de 9 meses para o genocídio alcançar a pacata cidade de Szczebrzeszyn, no sudoeste da Polônia. Zygmunt Klukowski, o médico de um pequeno hospital local, fez algumas observações em seu diário sobre o horror que ele presenciou, confiram:

“De manhã cedo até tarde da noite assistimos eventos indescritíveis. Soldados armados da SS, gendarmes e a ‘polícia azul’ correram pela cidade à procura de judeus. Judeus foram reunidos no mercado. Judeus foram retirados de suas casas, celeiros, adegas, sótãos e outros esconderijos. Tiros foram ouvidos durante todo o dia. Às vezes, granadas de mão foram jogadas nos porões. Judeus foram espancados e chutados; não fazia diferença se eram homens, mulheres ou crianças pequenas. Todos os judeus serão abatidos. Entre 400 e 500 foram mortos. Poloneses foram forçados a começar a cavar sepulturas no cemitério judaico. A partir de informações que eu recebi, cerca de 2.000 pessoas estão se escondendo. Os judeus presos foram colocados em um trem na estação ferroviária para serem transferidos para um local desconhecido. Foi um dia terrível, eu não posso descrever tudo o que aconteceu. Você não pode imaginar a barbárie dos alemães. Estou completamente acabado e não consigo me encontrar.”

E aí amigos, quais desses relatos vocês acharam o mais assustador? Comentem!

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