O homem de Neandertal é uma espécie extinta, fóssil, do gênero Homo que habitou a Europa e partes do oeste da Ásia. Neandertais compartilham 99,7 por cento de seu DNA com os humanos modernos, mas apresentam diferenças morfológicas muito específicas. Esteve na origem de uma rica cultura material designada como cultura musteriense, além de alguns autores lhe atribuírem a origem de muitas das preocupações estéticas e espirituais do homem moderno. Conheça mais sobre ele:
Coexistência com o Homo sapiens
Muitas dúvidas existem quanto à forma como decorreu a coexistência dos Homo sapiens com os homens-de-neandertal em locais como no sul da Península Ibérica ou na Dalmácia. Baseando-se, por exemplo, na descoberta de um fóssil de um menino de quatro anos conhecido como o “Menino de Lapedo”, em Vale do Lapedo, Portugal, muitos cientistas acreditam que está provada a ligação e cruzamento do homem moderno com o “Homo sapiens neanderthalensis”.
Extinção
A extinção do homem de Neandertal não está esclarecida, mas persistem várias hipóteses, todas elas baseando-se no pressuposto de que houve competição com o Homo sapiens, que se mostrou mais adaptado, tendo em vista a sobrevivência da espécie.
Conhecimentos nutricionais e médicos
Não só os neandertais comiam uma série de vegetais cozidos, mas que também percebiam o valor nutricional e medicinal de alguns deles.
Quando habitaram a Terra
Suspeita-se que os neandertais tenham vivido entre 130.000 e 29.000 mil anos atrás.
Gravidez
Cientistas suspeitam que a gestação da mulher de neandertal tenha sido mais longa do que a dos sapiens – 12 meses ao invés de 9 meses.
Nome
O termo “homem de Neandertal” foi criado em 1863 pelo anatomista irlandês William King.
Adaptados ao clima frio
Os neandertais estavam adaptados ao clima frio, como se infere do seu grande cérebro e nariz curto, mas largo e volumoso. Estas características são postas em destaque pela seleção natural nos climas frios, sendo também observadas nas modernas populações sub-árticas. Evidências indicam que neandertais teriam habitado áreas próximas do Ártico.
Linguagem
A teoria de que os neandertais careciam de uma linguagem complexa foi difundida até 1983, quando um osso hióide de neandertal foi encontrado na caverna Kebara em Israel. O osso encontrado é praticamente idêntico ao dos humanos modernos. O hióide é um pequeno osso que segura a raiz da língua no lugar, um requisito para a fala humana e, dessa forma, sua presença nos neandertais implica alguma habilidade para a fala. Muitos acreditam que mesmo sem a evidência do osso hióide, é óbvio que ferramentas avançadas como as do período musteriense, atribuídas aos neandertais, não poderiam ser desenvolvidas sem habilidades cognitivas incluindo algum tipo de linguagem falada.