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8 provas de que Cavaleiro das Trevas ainda é o melhor filme de super-herói

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Há exatos dez anos, Batman: O Cavaleiro das Trevas chegava aos cinemas do mundo. Segundo filme da trilogia de Christopher Nolan, a obra rapidamente se consagrou entre a crítica especializada e o público. Ele foi classificado por inúmeros veículos de comunicação como o melhor filme de super-herói de todos os tempos. Foi o único longa daquele ano a concorrer como melhor filme no Producers Guild of America (Sindicato dos Produtores de Hollywood) sem também estar indicado ao Oscar de Melhor Filme. Inclusive, rumores indicam que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas mudou suas regras de cinco para até dez indicações na categoria porque Cavaleiro das Trevas foi um dos melhores filmes do ano e não concorreu ao prêmio.

O filme entrou para a história do cinema e, uma década após o seu lançamento, ainda mantém o status. Discussões à parte sobre Christian Bale ser ou não o melhor Batman, Nolan concedeu ao herói a melhor narrativa live action já realizada. Embora o filme seja sobre super-herói, os temas abordados e explorados na projeção vão além do subgênero. A linguagem cinematográfica escolhida por Nolan para contar essa história é um dos principais elementos pelos quais Cavaleiro das Trevas é um clássico.

1 – Estilo de filmagem

Antes de se tornar mundialmente conhecido, Christopher Nolan já havia realizado obras incríveis dentro da indústria. Com destaque para Amnésia e Insônia, dois filmes que não tem nada a ver com o mundo dos super-heróis. Mesmo assim, o diretor foi capaz de empregar a mesma sensibilidade usada em obras passadas no seu projeto atual. Como resultado, tivemos a representação de um mundo real. Personagens e cenários caricatos, infantilizados e exagerados foram deixados de lado. A história continha um vigilante que combatia o crime nas ruas da cidade fantasiado. Contudo, nem por isso deixou de ser plausível.

2 – Coadjuvantes que importam

Batman é o protagonista de sua própria história, mas isso não significa que ele esteja sozinho. Ele precisa de ajuda para salvar Gotham e as pessoas que ama. Para isso, ele conta com o auxílio de Lucius Fox (Morgan Freeman), Comissário Gordon (Gary Oldman) e, claro, Alfred (Michael Cane). Todos eles exercem um papel fundamental para a narrativa e para o desenvolvimento do herói. Lucius apresenta os equipamentos e aparelhos usados por Bruce em suas atividades. Gordon fornece informações de dentro do departamento de polícia. Alfred é o porto seguro do personagem. Em Cavaleiro das Trevas, temos a introdução de Harvey Dent (Aaron Eckhart). No final, sua figura se torna uma inspiração para Batman. Influenciado por suas atitudes e ideias, Bruce toma a difícil decisão de se colocar como o vilão da história.

3 – Elenco grandioso

Um dos maiores acertos do longa foi tanto Christopher quanto Jonathan Nolan não desperdiçarem o talento dos atores. Christian Bale pode até ser questionado quanto à sua atuação como Batman. Em contrapartida, ele está muito bem como Bruce Wayne. O mesmo pode ser dito de Michael Cane e todo o teor emocional que ele carrega consigo ao viver Alfred. Se Jim Gordon começa a trilogia como um policial qualquer e um tanto quanto inseguro, muito se deve a interpretação de Gary Oldman. Até mesmo Aaron Eckhart, um ator mediano, representou melhor o Duas-Caras do que seu antecessor, Tommy Lee Jones. E Morgan Freeman, apesar de ter participação pequena, se prova fundamental. Sem contar que a substituição de Katie Holmes por Maggie Gyllenhaal para viver Rachel foi a melhor decisão, visto que a atriz concedeu muito mais carisma à personagem.

4 – Complexidade de personagens

Cavaleiro das Trevas eleva o nível de complexidade de todos seus personagens, em especial do herói e do vilão. Nada na história é tão simples quanto parece. Batman deseja defender Gotham e impedir Coringa de ferir outra pessoa, ao mesmo tempo em que entra em conflito com seu alter ego por também desejar uma vida com Rachel. Ele não sabe como salvar a cidade se não consegue salvar si mesmo. Por outro lado, a motivação de Coringa para continuar seus atos de terror nunca é clara. Não até o final. O Palhaço não tem um exército a sua disposição, mas possui inteligência e pessoas o suficiente para propagar o caos em Gotham. Ele pressiona Batman ao limite e está sempre um passo à frente. A relação entre os dois é o centro da história.

5 – Questões morais

O filme discute diversas questões sobre ética e moral. Constantemente, somos obrigados a nos questionar a respeito desses valores. O que faz a vida valer a pena a ponto de ser salva? Fins honrosos justificam meios menos dignos? Acima de tudo, o que faz de alguém um herói? Batman é mais herói que Harvey Dent? A presença do Coringa na história vem com o peso da pergunta se uma pessoa é má por natureza. O personagem tenta provar no filme que todos nós, no fundo, somos criaturas malignas. Basta a pressão certa, para revelarmos nossa verdadeira forma. Até onde iríamos para salvar nossa própria vida? Pior, seríamos capazes de altruísmo em situações extremas?

6 – Heath Ledger

Coringa é um dos melhores vilões de todos os tempos em qualquer mídia que for. O personagem é tão multidimensional que possibilita a interpretação de vários atores diferentes – cada um à sua maneira. Na época, Heath Ledger era um ator mais conhecido por comédias românticas. Quando foi escolhido para o papel, obviamente, não faltaram reclamações. Vários “fãs” criticaram Christopher Nolan pela escolha. Isso, claro, antes de ver o filme. De fato, a escalação pegou muitas pessoas de surpresa. Em uma entrevista recente ao The Hollywood Reporter, Jonathan Nolan (roteirista da trilogia) comentou que todos ficaram sem entender. No entanto, o diretor insistiu em Ledger para o papel, pois acreditava que era um grande ator. Sua performance foi lendária! Infelizmente, ele não sobreviveu para receber o Oscar, mas conseguiu provar que não importa de onde você vem, mas o que você faz.

7 – Levou o assunto a sério

Antes da trilogia de Christopher Nolan, mesmo no cinema os super-heróis eram vistos como algo infantilizado – apenas pessoas fantasiadas que saiam por aí para salvar o mundo. O que começou em Begins, foi concretizado em O Cavaleiro das Trevas. O filme não apenas apresenta questões reais, como também obriga o público a refletir sobre elas. Batman é muito mais que uma pessoa vestida de morcego. Ele é um homem quebrado, marcado por uma tragédia. Ele tem traumas e tem medo. Não sabe qual seu lugar no mundo e nem mesmo quando decide servir como vigilante de Gotham sabe se essa é a melhor escolha. Coringa também vai além de um louco que pinta o rosto. O Cavaleiro das Trevas representa um ponto de virada para os super-heróis.

8 – Frases de Afeito

Como se não bastasse um roteiro refinado e lapidado, o filme também é responsável por várias frases de efeito. O personagem de Harvey Dent, por exemplo, é responsável por eternizar uma delas. “Ou você morre como herói, ou vive o suficiente para se ver transformado em vilão”. Já o Coringa costumava dizer “Vamos colocar um sorriso nesse rosto”, pouco antes de cortar o rosto de alguém. E o que dizer sobre “Alguns homens apenas querem ver o circo pegar fogo”, proferida por Alfred?! As frases de efeito não nascem do nada. É preciso muita atenção, tempo certo e rima no diálogo para elaborar algo tão marcante. Pode parecer fácil, mas o acerto é mais complicado que o imaginado.

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