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Fósseis mostram que cefalópodes podem ser 30 milhões de anos mais velhos do que se pensava

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Os fósseis nos ajudam a dar asas à imaginação quando se fala do passado. Eles são recursos que podem transformar os pensamentos sobre como teria sido a vida, ou algum animal, em respostas científicas. Eles são encontrados e estudados há muito tempo. Pode se encontrar partes do corpo, como ossos e dentes, e até pegadas que deixaram em diferentes lugares do mundo. E alguns fósseis parecem ter sido congelados no tempo de tão bem preservados.

E segundo pesquisas, os cefalópodes, que incluem lulas, polvos e chocos, poderia ter existido no nosso planeta 30 milhões de anos antes do que era imaginado. Por conta disso, se o tempo de aparecimento dos cefalópodes precisa ser redefinido, toda a história evolutiva dos organismos invertebrados também pode precisar ser revista. Tudo isso por conta da importância que essas criaturas tem no quadro geral da vida no planeta.

Linha do tempo

 

O motivo dessa nova linha do tempo são os vários fósseis em forma de cone descobertos na Península de Avalon em Newfoundland, no Canadá. Os fósseis de 522 milhões de anos tem determinadas características reveladoras que significam que eles podem ser classificados como cefalópodes.

“Se eles realmente fossem cefalópodes, teríamos que retroceder a origem dos cefalópodes no início do período cambriano. Isso significaria que os cefalópodes surgiram bem no início da evolução dos organismos multicelulares durante a explosão cambriana”, disse a  geocientista Anne Hildenbrand  da Universidade de Heidelberg, na Alemanha.

Até o momento era pensado que os primeiros cefalópodes eram os Plectronoceras cambria, que eram minúsculos moluscos com conchas em forma de cone que viveram no fim do período cambriano, aproximadamente 490 milhões de anos atrás.

Por mais que o conhecimento dos pesquisadores da anatomia do P.cambria seja baseado em fósseis incompletos, essas novas descobertas são parecidas o suficiente para sugerir uma conexão entre as espécies. Além disso, eles são diferentes o suficiente para apoiar a hipótese de que milhões de anos de evolução poderiam separá-los.

Fósseis

Um exemplo disso é que os cientistas identificaram em várias conchas calcárias encontradas na Península de Avalon é a evidência de um sifúnculo. Ele é um tubo de tecido que ajuda a esvaziar a água da concha, a controlar os níveis de nitrogênio, oxigênio e dióxido de carbono e controle de flutuabilidade.

Contudo, os sinais de sifúnculo não estão presentes e todos os fósseis que foram encontrados. Além disso, sua posição é ligeiramente diferente de onde era esperado.

Depois de fazerem uma análise minuciosa das semelhanças e diferenças, os pesquisadores acreditam que encontraram fósseis que são de fato uma forma mais antiga de cefalópodes.

“A presença de um sifúnculo, colos septais e um anel de conexão são comumente considerados como características-chave para a distinção dos primeiros fósseis de cefalópodes de outros organismos septados ou câmaras. No entanto, alguns autores também atribuíram aos cefalópodes materiais de concha fóssil sem essas características”, escreveram os pesquisadores em seu artigo.

O ajuste dessa linha do tempo significaria que os cefalópodes surgiram antes de alguns euartrópodes datando da parte terreneuviana do registro geológico.

“Esta descoberta é extraordinária. Nos círculos científicos, suspeitou-se por muito tempo que a evolução desses organismos altamente desenvolvidos havia começado muito antes do que se supunha. Mas havia uma falta de evidências fósseis para apoiar essa teoria”, concluiu o geocientista Gregor Austermann,  da Universidade de Heidelberg.

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