Curiosidades

A melhor fase para o ensino bilíngue é na alfabetização das crianças

0

Falar outra língua no mundo de hoje, principalmente inglês, deixou de ser uma habilidade extra e se tornou uma necessidade. Por isso que cada vez mais crianças estão começando a estudar o idioma mais novas. Contudo, será que existe uma faixa de tempo e idade em que esse ensino tem mais efeito? A resposta é sim.

Durante a alfabetização, as crianças estão abrindo sua porta de entrada para o mudo e todas as suas possibilidades futuras. Justamente por isso que nessa fase é bem importante incentivar a leitura, a ampliação de vocabulário, e impulsionar todos os potenciais da criança. Todas essas coisas são pilares para os profissionais da educação para que o desenvolvimento das crianças seja estimulado ao máximo. Tudo isso é feito porque, de acordo com especialistas, essa é uma das fases mais determinantes na formação de um cidadão.

No entanto, todo o processo da alfabetização tem que acontecer gradualmente. Ou seja, aprendendo as letras, depois sílabas, palavras e então frases. De acordo com Dafne Andrade, coordenadora dos segmentos Educação Infantil e Fundamental Anos Iniciais do Colégio Ideal, assim, as crianças adquirem as competências que são importantes para a codificação e decodificação da escrita. É justamente isso que define uma pessoa alfabetizada.

Alfabetização

Todo livro

“A alfabetização se torna divertida quando a criança brinca e, dessa maneira, vai construindo seu aprendizado. Propostas lúdicas, por exemplo, são fundamentais no desenvolvimento cognitivo e motor para socialização e aprendizagem”, explicou ela.

No colégio onde Dafne é coordenadora, as crianças estudam os conteúdos da Base Nacional Comum Curricular com uma integração com o inglês desde a alfabetização. Essa integração acontece, por exemplo, nas aulas de adição e subtração, as crianças podem praticá-las nas duas línguas. Além de terem dois professores com a carga horária dividida, da qual 50% é em inglês e 50% em português.

Como explica Lucas Garcia, professor e coordenador do Ensino Bilíngue do Colégio Ideal, esse aprendizado na língua nativa e em uma segunda língua durante a alfabetização deve ser sempre feito de forma fluida, natural e com um contexto bem rico.

“O ensino de língua inglesa tem sido explorado na fase da alfabetização por se tratar de um momento da vida em que a criança já está sendo naturalmente exposta a um processo de aquisição da língua materna. Quanto menor a idade, mais rapidamente o aluno aprende, pois tem menor resistência à exposição e consegue experimentar mais. Estudos comprovam a eficácia do aprendizado de uma segunda língua nesse período”, disse ele.

Ensino bilíngue

Escola da inteligência

Esse ensino também dá às crianças outras competências, como destaca Garcia. “Mais importante que o nível linguístico em si é a consciência cidadã de um estudante que esteve, desde o princípio de seu processo de aprendizagem, acessando outras culturas e outras vivências a partir de uma perspectiva que não é apenas a do seu entorno”, ressaltou.

De acordo com o coordenador, a carga horária desse ensino bilíngue faz com que as crianças tenham um tempo maior de exposição para a segunda língua. Com isso é possível que se explore materiais com foco na aprendizagem integrada tanto na língua como no conteúdo.

Crianças

Conexia

Por mais que expor as crianças desde cedo a uma outra língua seja ótimo, infelizmente vemos que o número das que não sabem nem mesmo o português aumentou nos últimos anos. De acordo com os dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), no Brasil, a porcentagem de crianças do 2º ano do ensino fundamental que ainda não sabem ler e escrever nem mesmo palavras isoladas mais do que dobrou de 2019 a 2021.

Essa porcentagem foi calculada a partir do desempenho de uma amostra de alunos de escolas públicas e privadas em uma prova nacional. Como resultado, o índice de crianças que não sabem ler e escrever foi de 15% para 34%. O aumento da porcentagem aconteceu quando as aulas presenciais foram suspensas por conta da pandemia.

O resultado indica um atraso pedagógico. Até porque, desde 2019, a Política Nacional de Alfabetização estipula que o processo de aprendizagem da leitura e da escrita deve acontecer no 1° ano do ensino fundamental, época em que os estudantes têm, em média, seis anos.

“Isso não foge do esperado. Nessa faixa etária, a mediação presencial do professor é especialmente importante. Aprender a ler e a escrever envolve tentativa e erro, passa por mostrar para o outro, comparar, perguntar para a professora. Sabemos que os alunos tiveram essas oportunidades reduzidas durante as aulas on-line e que muitos nem tiveram acesso à internet”, pontuou Clara Machado da Silva Alarcão, coordenadora-geral substituta do Saeb.

Fonte: Metrópoles, G1

Imagens: Todo livro, Escola da inteligência, Conexia

Fabricação de sete produtos para cabelo é proibida pela Anvisa

Artigo anterior

Deputada que expôs casal trans nas redes é condenada

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido