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Alertas de desmate na Amazônia têm pior setembro da série histórica

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A Amazônia é uma floresta que cobre a maior parte da Bacia Amazônica da América do Sul. O local é considerado o maior bioma brasileiro, e possui um território que corresponde a 4.196.943 milhões de quilômetros quadrados. Além disso, a floresta Amazônica abrange nove países: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname.

A floresta tem uma importância enorme para o mundo como um todo. No entanto, ela está sob constante ameaça, ainda mais nos tempos atuais. Por exemplo, de acordo com dados divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), nessa sexta-feira, o acumulado de alertas de desmatamento em setembro de 2022 na Amazônia foi de 1.455 quilômetros quadrados.

Esse número de desmatamento é o pior setembro da série histórica do Deter, que começou em 2015. Ele representa um aumento de 47,7% com relação a setembro do ano passado, além de ser equivalente ao tamanho da cidade de São Paulo em área desmatada.

Desmatamento

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O segundo maior número do desmatamento na Amazônia aconteceu em 2019, no primeiro ano do governo Bolsonaro. Na época, os alertas para o mês de setembro foram até 1.454 quilômetros quadrados.

Esse ano, ao todo, as áreas de alerta de desmatamento já somam 8.590 quilômetros quadrados, número que é 4,5% maior do que todos os alertas do ano passado.

De acordo com o Observatório do Clima, esse índice é preocupante porque ele pode ser igual ou superar nos próximos três meses restantes o recorde histórico visto em 2019 de 9.178 quilômetros quadrados de área desmatada na Amazônia.

No começo desse ano, nos meses de janeiro e fevereiro, aconteceram recordes de desmatamento no Brasil. Isso é uma coisa incomum, já que esses meses são chuvosos na maioria dos estados que englobam a Amazônia. Por conta disso, geralmente as taxas de desmatamento são menores nesse período.

“Bolsonaro foi, afinal, o presidente que até hoje se orgulha em dizer que desmontou a fiscalização ambiental e que não demarcou ‘nenhum centímetro’ de terra indígena. Colheu, como resultado de tudo isso, o primeiro ciclo de três altas seguidas nas taxas de desmatamento medidas pelo Inpe em um mesmo mandato presidencial. E pode estar a caminho de uma quarta”, avaliou o Observatório do Clima.

Alertas

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Esses alertas de desmatamento foram feitos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Inpe, que dá sinais diários de alteração na cobertura florestal para áreas maiores que três hectares. Sejam elas áreas totalmente desmatadas ou que estão em processo de degradação florestal, com fatores como exploração de madeira, mineração, queimadas e outras coisas.

Por mais que o Deter não seja o dado oficial de desmatamento, ele alerta a respeito de onde o problema está acontecendo. Quem fez a medição oficial do desmatamento na Amazônia foi o sistema Prodes, que costuma superar os alertas sinalizados pelo Deter.

Entre 2020 e 2021, de agosto de 2020 a julho de 2021, foram 13 mil quilômetros quadrados de área com alerta de desmatamento. Esse foi o maior número visto desde 2006.

Amazônia

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Esse desmatamento desenfreado fez com que um futuro sombrio chegasse para a Amazônia. Uma nova pesquisa fez uma avaliação mais abrangente da influência que a Bacia Amazônica tem no clima global até os dias de hoje. Com isso, ela descobriu que, com os incêndios, secas e desmatamento, a floresta está liberando mais gases que retêm o calor do que os armazena. Isso está acontecendo tanto nas plantas como no solo.

Isso quer dizer que, provavelmente, a Amazônia está aquecendo a atmosfera da Terra e não a resfriando. Esse é um efeito bastante preocupante e que só deve crescer, conforme informa o grupo de mais de 30 cientistas que fizeram a pesquisa. Para piorar não se pode mais contar com a selva para ajudar a compensar as emissões de gases do efeito estufa que as atividade humanas provocam.

O diferencial dessa pesquisa para outras é que, ao contrário das anteriores, essa registra todos os gases do aquecimento climático que circulam pela Bacia Amazônica e na atmosfera, além de avaliar os impactos diretos das atividades humanas em um dos maiores estoques de carbono do planeta.

“Cortar, derrubar, a floresta está interferindo na absorção de carbono. Isso é um problema. Mas quando você começa a olhar para esses outros fatores juntamente com o CO2, fica realmente difícil ver como o efeito líquido não é que a Amazônia como um todo esteja realmente aquecendo o clima global”, disse o ecologista e autor principal Kristofer Covey, do Skidmore College em Nova York.

Essa perda de floresta na Amazônia é tão grave que alguns cientistas estimam que a floresta tropical poderia acabar se transformando em um sumidouro de carbono para uma fonte dele. E essa fonte liberaria mais CO2 do que pode conter, em 2035.

Fonte: G1, Gaia ciência

Imagens: G1, Toda matéria

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