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Animação mostra possível formação de próximo supercontinente da Terra

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Entre 200 a 300 milhões de anos atrás, a composição de nosso planeta era muito diferente do que conhecemos hoje em dia. Existia apenas um supercontinente chamado Pangeia. Certamente você já ouviu falar a respeito.  Era a época em que as Américas, África, Europa, Ásia, Antártida e Oceania eram todos um só.

Depois disso, o movimento das placas tectônicas, que é um fenômeno bem complexo estudado constantemente pela ciência, fez com que começasse um processo de fragmentação desse supercontinente.

Como dito, os cientistas estão sempre estudando o movimento das placas tectônicas para poderem refinar seus modelos de previsão do futuro da Terra. A descoberta dessas placas foi uma coisa recente. Para se ter uma ideia, apenas na década de 1960 que os cientistas conseguiram explicar os mecanismos por trás do movimento delas através dos avanços na tecnologia, como ecossondas e magnetômetros.

Movimento

Anteriormente, em 1912, o meteorologista alemão Alfred Wegener postulou a teoria da deriva continental e sugeriu a existência da Pangeia. Desde essa época, existem trabalhos construindo modelos de placas tectônicas com novos dados e levando em consideração a possibilidade de novos continentes surgirem.

Por exemplo, uma equipe de pesquisa fez a análise de como as marés são influenciadas pelo movimento das placas tectônicas e criou um modelo sugerindo a formação de um possível supercontinente no futuro.

Isso dá não somente uma nova perspectiva a respeito da potencial configuração dos continentes, como também ajuda de forma significativa o entendimento dos processos geológicos do planeta. Até porque, eles fazem com que os pesquisadores possam entender melhor as interações entre as placas tectônicas, o clima global, os oceanos e até a evolução da vida na Terra.

Outro ponto revelado pela investigação dos modelos foi que o nosso planeta está passando por um período de intensa atividade das marés, com previsão de duração de aproximadamente 20 milhões de anos.

Supercontinente

De acordo com um estudo publicada pela Advancing Earth And Space Science, conforme o próximo supercontinente se forme, as bacias oceânicas irão se tornar reservatórios grandes de água com baixa atividade de maré. Isso por fazer com que as ondas fiquem menores e tenham uma diminuição na mistura de nutrientes na água, o que consequentemente irá afetar o ecossistema marinho e a vida no oceano.

Na visão dos pesquisadores, estudar a separação da Pangeia e as placas tectônicas é algo essencial para que se entenda o passado geológico do planeta e se tenha um vislumbre do futuro e o que esses processos podem impactar na Terra.

Quantidade

continente

Olhar digital

Mesmo depois da separação da Pangeia, a pergunta sobre quais e quantos são os continentes da Terra é complicada. Isso porque, dependendo de onde a pessoa estiver ela pode aprender de um jeito diferente. Um exemplo disso é que nos EUA os alunos aprendem que existem sete continentes no planeta. São eles: América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia, África, Austrália e Antártida. Enquanto que na Europa, o ensinado é que a Terra tem seis continentes: Europa, Ásia, África, Antártida, Austrália/Oceania e América.

Essas não são as únicas visões a respeito do assunto. Existem aqueles que defendem que na realidade o número de continentes é ainda menor. De acordo com o IFLScience, isso prova que até os dias de hoje não existe um consenso a respeito desse assunto.

O que é um continente?

A primeira coisa a ser explicada é o que é um continente. A palavra vem de um termo latino “terra continens”, que quer dizer “massa de terra contínua”. Ele é usado para se referir a grandes massas de terra.

Normalmente, o que se sugere é que os continentes se alinhem com as placas tectônicas da Terra. No entanto, classificá-los dessa forma tem seus problemas. Tanto é que, de acordo com essa definição, a Eurásia é um continente único, além de existirem placas menores, mas com tamanho significativo que não se encaixam no modelo. Um exemplo disso é a Placa Indiana.

Quais são?

Na visão de alguns geógrafos, a diferenciação entre Europa e Ásia é uma coisa arbitrária e baseada em distinções geopolíticas históricas e não nas diferenças físicas. Tanto é que olhando no mapa é possível ver que os dois fazem parte da mesma massa de terra. Outro ponto é que as histórias e culturas dessas regiões são entrelaçadas de forma profunda há séculos.

Outra visão de alguns acadêmicos é que a Europa foi criada pelas elites para dar ênfase na natureza excepcional do “ocidente” e da sua cultura. Por conta disso eles falam que a Europa e a Ásia tinham que ser tratadas como um continente único: a Eurásia.

“Imaginar a Europa e a Ásia como constituindo ‘continentes’ equivalentes há muito tempo é reconhecido como a pedra angular etnocêntrica de uma visão de mundo ocidental, ou euro-americana. A amálgama Eurásia corrige esse viés ao destacar a interconexão de toda a massa de terra”, disse Chris Hann, diretor fundador do Instituto Max Planck de Antropologia Social, em um artigo de 2016.

Para o historiador Marshall Hodgson, a Europa, África e Ásia são parte de um mesmo complexo continental chamado Afro-Eurásia. Isso acontece porque a massa de terra é completamente transitável por terra, além de não ser dividida por nenhuma massa de água. O único existente é o Canal de Suez no Egito, mas ele foi feito por humanos.

Em um outro modelo, existem cinco continentes, como é visto nos cinco anéis da bandeira olímpica. Cada um dos círculos representa um dos continentes habitados do planeta, sendo eles: África, Ásia, América, Europa e Oceania/Austrália.

Fonte: Olhar digital

Imagens: YouTube, Olhar digital

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