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Animais mudam a forma dos seus corpos para sobreviver às mudanças climáticas, segundo cientistas

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Nosso planeta já tem seu longo período de existência e já passou por várias mudanças. Uma delas, que os pesquisadores consideram uma das mais drásticas, é a mudança climática. Em suma, ela vem afetando o mundo de várias maneiras diferentes e talvez caminhe para um ponto onde se torne cada vez mais difícil a nossa existência.

Em suma, essa mudança é um desafio não apenas para os humanos, mas como para todos os seres vivos da Terra. Principalmente para os animais de sangue quente, que tem que manter uma temperatura corporal interna constante. Até porque, os corpos ficam bem estressados quando ele super aquece.

Ademais, os animais estão lidando com o aquecimento global das mais variadas formas. Alguns deles se mudam para áreas mais frias; alguns mudam o momento de eventos importantes de suas vidas, como por exemplo a reprodução e migração para épocas mais firas; e tem aqueles que evoluem para mudar o tamanho do corpo para se esfriar mais rapidamente.

Estudo

Uma nova pesquisa examinou uma outra forma como espécies de animais lidam com as mudanças climáticas, que é mudando o tamanho das suas orelhas, caudas, bicos e outros apêndices.

Os pesquisadores fizeram uma revisão da literatura científica e encontraram exemplos de animais que aumentam o tamanho do apêndice paralelamente com as mudanças climáticas e aumentos de temperatura.

Com isso, eles conseguiram identificar vários exemplos de animais que são mais provavelmente “metamorfos”. Esse padrão é generalizado e sugere que o aquecimento global pode ter mudanças fundamentais na forma dos animais.

Mudança de forma

Se sabe que os animais usam seus apêndices para regula a temperatura interna. Por exemplo, os elefantes africanos bombeiam sangue quente para suas orelhas grandes que batem para amenizar o calor que eles estão sentindo. Os bicos dos pássaros tem uma função parecida. O fluxo sanguíneo pode ser desviado para o bico quando a ave está com calor.

Isso mostra que existem vantagens em apêndices maiores nos ambientes mais quentes. Na realidade, já na década de 1870, o zoólogo americano Joel Allen viu que, nos climas mais frios, os animais de sangue quente, conhecidos como endotérmicos, tinham uma tendência a ter apêndices menores. Em contra partida, os animais de clima mais quente tendiam a ter apêndices maiores.

Esse padrão ficou conhecido como regra de Allen. E desde então, ele tem sido apoiado por estudos de pássaros e mamíferos.

Esses padrões biológicos, como essa regra de Allen, podem ajudar a fazer previsões a respeito como os animais irão evoluir com o aquecimento global. Por isso que esse estudo tem o objetivo de encontrar exemplos de mudanças de forma de animais no século passado que aconteceram de acordo com o aquecimento climático.

Análises

Os estudos também mostraram que a maioria dos exemplos documentados de mudança de forma acontece nos pássaros. Incluindo várias espécies de papagaios australianos. Principalmente no tamanho dos seus bicos. Eles mostraram que o tamanho do bico das cacatuas de gangue e dos papagaios-ruivos aumentou entre 4 e 10% desde 1871.

Além deles, os apêndices de mamíferos também estão aumentando. Por exemplo, o musaranho mascarado aumentou o comprimento da sua cauda e da perna de forma significativa desde 1950. Outro exemplo é o grande morcego de folha redonda. Ele aumentou o tamanho de suas asas em 1,64% no mesmo período.

Todos esses exemplos são indicativos de que a mudança de forma está acontecendo em diferentes tipos de apêndices e em uma gama grande de animais a redor do mundo. Contudo, mais estudos ainda são necessários para conseguir determinar quais são os tipos de animais mais afetados.

Fonte: https://www.sciencealert.com/new-research-reveals-animals-are-changing-their-body-shapes-to-cope-with-climate-change

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