Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. E os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação. Felizmente, nenhum deles colidiu com a Terra. No entanto, sabemos que isso é algo possível de acontecer. Por isso que sempre que um passa perto de nós, todos os olhos se voltam para ele.
No domingo, um asteroide chamado (488453) 1994 XD passou a 3,16 milhões de quilômetros do nosso planeta. Essa é uma distância considerada próxima nas proporções astronômicas. O tamanho estimado desse corpo celeste era de 457 metros de diâmetro, o que faz com que ele seja maior do que o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro, que tem 396 metros de altura.
Asteroide passando perto de nós
E um novo asteroide também é esperado essa semana, mais especificamente nessa quarta-feira. Ele está viajando a uma velocidade maior do que 342 quilômetros por hora e deve passar perto da Terra por volta das 23h05. O estimado é que ele passe a uma distância de 4,31 milhões de quilômetros, o que é quase 11 vezes a distância da lua para a Terra.
De acordo com a NASA, o asteroide chamado de 2020 DB5 tem um diâmetro médio de 488 metros. Isso faz com que ele seja maior do que a rocha espacial que passou por nós do domingo e também com que ele seja o maior entre os cinco asteroides que estão previstos para passar pelo nosso planeta nessa semana.
Por conta do seu tamanho, o asteroide é classificado como “asteroide potencialmente perigoso” (PHA), mas não existe nenhum motivo para preocupação. Até porque, essa mesma rocha espacial já passou pela Terra em 1995 e é esperada de novo em 2048. E em todas essas ocasiões, ela não é uma ameaça ao planeta.
A classificação é uma definição feita pela União Astronômica Internacional (IAU), onde todos os objetos que se aproximam da Terra com menos de 7,5 milhões de quilômetros de distância e têm um potencial para causar danos regionais no caso de um possível impacto, que são os asteroides com mais de 140 metros, são classificados como “asteroide potencialmente perigoso”.
Risco
Mesmo que esse asteroide que passará perto de nós nessa semana não represente um risco, será que algum é uma ameaça para nós? Para responder a essas dúvidas, os cientistas fizeram a análise das órbitas dos asteroides perto da Terra, que também são chamados de NEOs por sua sigla em inglês. Como resultado, eles viram que esses corpos celestes não são uma ameaça significativa dentro dos próximos 100 anos. Contudo, depois disso eles já não podem afirmar com certeza.
Esses NEOs estão sendo monitorados e catalogados por várias instituições. E mesmo que vários deles já sejam conhecidos, ainda existem vários para serem descobertos. No entanto, os cientistas têm mapas com as trajetórias de praticamente todos os asteroides com mais de um quilômetro de diâmetro. Então, para saber se eles representam ou não risco nos próximos mil anos, os astrônomos previram suas órbitas.
Eles fizeram simulações e mapearam diferentes trajetória orbitais dos asteroides. Através delas, eles conseguiram fazer a análise dos encontros que seriam mais próximos entre os NEOs e a Terra. Além disso, eles também analisaram como essa distância entre eles e nosso planeta mudaria ao longo dos milhares de anos.
Feito isso, eles descobriram que não existem motivos para que as pessoas se preocupem com isso no próximo século. No entanto, essa realidade muda depois desse tempo. O problema maior é que para um futuro muito distante fica mais difícil prever como serão as órbitas deles por conta das dinâmicas orbitais. Elas são uma diferença mínima de calor que o asteroide recebe do sol, ou por conta da influência gravitacional de Júpiter, e têm o poder de colocar algum desses corpos celestes na direção da Terra.
De acordo com as simulações, 28 asteroides foram classificados como suspeitos. Sendo um deles o chamado 7482, que passará bem perto de nós no decorrer dos próximos mil anos. Contudo, isso não quer dizer que ele irá necessariamente atingir a Terra. Mas mostra que ele tem uma chance maior, mesmo que ainda baixa, de colidir com nosso planeta no próximo milênio.
Outro asteroide que se destacou foi o 143651, por conta da sua órbita. Isso porque, a órbita dele é extremamente caótica, o que dificultou a previsão de onde ele estaria nas próximas décadas. Por conta disso que ele pode ser ou não uma ameaça para nosso planeta.
Enquanto isso, os outros asteroides que têm uma chance maior que zero vão passar a uma distância menor do que a da lua e a Terra. Por isso que nenhum deles deve atingir o planeta nos próximo cem ou mil anos.
Fonte: Olhar digital, Canaltech
Imagens: Olhar digital