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A humanidade pode sobreviver a um asteroide mortal?

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Aproximadamente 66 milhões de anos atrás um asteroide de 10 quilômetros de largura, nomeado como Chicxulub, atingiu a Terra e provocou uma extinção em massa em escala planetária, matando cerca de 76% de todas as espécies que viviam no planeta, inclusive os dinossauros.

De acordo com um estudo publicado por Philip Lubin e Alexander N. Cohen, físicos da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, existe uma chance de que a humanidade possa sobreviver a um impacto similar que aconteceria em breve.

Atualmente, existem cerca de 1.200 asteroides em uma lista de risco que, teoricamente, conseguiriam atingir a Terra nos próximos 1.000 anos. No entanto, todos são menores que um quilômetro.

A probabilidade de um asteroide do tamanho de Chicxulub (5 a 15 quilômetros de diâmetro) atingir a Terra é de uma a cada 100 e 200 milhões de anos. Apesar de ser muito baixa, a possibilidade não é considerada impossível.

Como evitar o impacto

Foto: Nasa

Hoje em dia, os cientistas estão procurando por asteroides que possam cruzar o caminho da Terra e discutindo estratégias de defesa. A melhor estratégia para evitar o impacto é destruir ou asteroide ou alterar a sua trajetória no tempo. 

Além disso, bombas nucleares podem pulverizar partes do asteroide, formando pedaços menores que vão queimar na atmosfera terrestre. Inclusive, vale destacar que, em relação aos asteroides do tamanho de um quilômetro, foguetes e armas nucleares já estão avançados o suficiente para interceptar e destruir completamente o corpo celeste.

Asteroides similares ao Chicxulub

Foto: Alamy

No entanto, com asteroides maiores do tamanho de Chicxulub, essa estratégia não funcionará. Isso porque, segundo a Forbes, o rendimento preciso para vaporizar ou quebrar toda a massa excede o arsenal mundial de armas nucleares.

Porém, uma série de explosões de bombas atômicas convencionais conseguiriam empurrar o asteroide de sua rota de colisão se fosse interceptado a tempo.

Inclusive, os autores do estudo apontaram que asteroides com mais de 40 quilômetros são praticamente imparáveis usando a tecnologia atual. Caso o impacto seja inevitável, a estratégia envolve grandes bunkers subterrâneos para sobreviver ao impacto e suas consequências. 

Lubin e Cohen citaram que muitas espécies escavadoras ou espécies que vivem no fundo do mar sobreviveram à extinção em massa há 66 milhões de anos, o que aponta que os bunkers também podem salvar a humanidade. 

As instalações subterrâneas protegeriam os humanos dos efeitos diretos do impacto. Entre eles estão a explosão e os incêndios, e as consequências, como por exemplo, um inverno de impacto.

Diversas instalações subterrâneas poderiam ser construídas nos núcleos espessos e estáveis dos continentes, e nas profundezas do oceano. Elas também seriam usadas para armazenar produtos necessários para sobreviver nos primeiros anos após o impacto, como alimentos, remédios, combustível e água doce. 

Além disso, os bunkers poderiam ser usados como um banco de genes para preservar espécies, como o Global Seed Vault no arquipélago ártico de Svalbard já faz.

Os efeitos do impacto do asteroide

Foto: NSF’s NOIRLab /DOE/ FNAL/ DECam/ CTIO/ NOIRLab/ CNN

Uma simulação computacional apontou que nos primeiros momentos do impacto, a energia liberada pela colisão provocaria uma onda de choque quente de 300 graus, incendiando grandes partes da superfície da Terra.

Esses mega-incêndios queimariam continentes inteiros. Em conjunto com a poeira e o vapor d’água, seria formado um espesso manto de nuvens na atmosfera superior da Terra, o que diminuiria a luz solar que chega à superfície. 

Além disso, as temperaturas cairiam por décadas, diminuindo o crescimento das plantas, o que causaria um inverno com fome generalizada.

Para os autores, uma estratégia de defesa bem-sucedida seria o uso da tecnologia, como citado acima. Eles destacam que desenvolver e enviar dispositivos nucleares ao espaço exigiria que governos e instituições de muitos países trabalhassem juntos.

Fonte: Forbes

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