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Autoridades encontram 230 baleias encalhadas na Austrália e temem morte de metade do grupo

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As baleias são cercadas de histórias e estão presentes na imaginação dos pescadores, marujos e homens do mar, desde que as navegações ocorrem. Esses animais gigantes, o mar e o comportamento deles ainda é muito fascinante para os cientistas que conhecem muito pouco sobre os hábitos desses gigantes.

Justamente por isso que as baleias atraem tanta atenção. Infelizmente, nem todas as notícias envolvendo esses animais são boas, como por exemplo, essas quase 230 baleias-piloto que foram encontradas encalhadas na quarta-feira dessa semana na costa oeste da Tasmânia, na Austrália. O mais triste é que somente metade delas parecia estar vivas, conforme informaram as autoridades.

“Um grupo de aproximadamente 230 baleias encalhou perto do Porto de Macquarie. Parece que metade dos animais estão vivos”, afirmou o Departamento de Recursos Naturais e Meio Ambiente do estado da Tasmânia.

Baleias encalhadas

G1

Como pode ser visto nas imagens aéreas, a cena dos animais espalhados ao longo de um trecho de praia onde a água encontra a areia é devastadora. Vendo as baleias ali, os moradores tentaram mantê-las vivas jogando cobertores e baldes de água nas que tinham sobrevivido. E na mesma área várias já estavam mortas.

De acordo com as autoridades, especialistas em conservação marinha e funcionários com equipamentos de resgate de baleias estavam a caminho do lugar onde as baleias estavam encalhadas.

Esses profissionais irão tentar devolver aquelas que estão suficientemente fortes para sobreviver. E os animais mortos provavelmente devem ser rebocados para o mar para evitar atrair tubarões para a região.

Motivo

G1

Curiosamente, há quase dois anos, nessa mesma região, aconteceu outro encalhe em massa. Na época, quase 500 baleias-piloto ficaram encalhadas e somente 100 conseguiram sobreviver.

Por mais que esses encalhes em massa aconteçam com uma certa frequência, suas causas não são compreendidas por completo. Os cientistas sugerem que eles podem ser provocados por grupos que se desviam da sua rota depois de se alimentarem muito perto da costa.

As baleias-piloto, espécie que ficou encalhada, são bastante sociáveis e costumam seguir seus companheiros de grupo que entram em situações de perigo. E às vezes, quando as baleias idosas, doentes ou feridas nadam até a costa, outros indivíduos do grupo seguem para tentar responder aos sinais de socorro da baleia que ficou encalhada.

Outras acabam fincando confusas e acreditam que estão em mar aberto quando escutam sonares de alta frequência, mas na realidade estão em praias íngremes, como foi no caso da Tasmânia.

Habitat

Info escola

Felizmente, não são todas as histórias envolvendo baleias que são tristes. Esse animal tem uma reprodução não tão grande como alguns possam imaginar. Se comparada a outros mamíferos, ela é até relativamente baixa. Cada espécie tem uma característica reprodutiva, mas a maioria delas tem somente uma estação reprodutiva ao ano, quando as fêmeas se acasalam com mais de um macho.

Por não ter uma reprodução tão grande e junto com a caça a esses animais, várias espécies de baleias ficaram à beira da extinção, até mesmo nos lugares mais remotos, como os polos sul e norte. Para se ter uma ideia, em apenas 70 anos, mais de 1,3 milhão de baleias foram mortas apenas ao redor da Antártica.

Contudo, depois de quase 40 anos do fim da caça comercial de baleias, é possível ver os sinais de que algumas espécies que eram mais visadas estão se recuperando.

Os cientistas fizeram um estudo recente, no qual disseram que as baleias azuis, que eram apreciadas por seu tamanho gigante, estão aumentando seu número nas águas ao redor da ilha da Geórgia do Sul. Ao todo, foram 41 novos indivíduos catalogados nos últimos nove anos.

O começo do século XX foi o pico da caça aos animais. A Geórgia do Sul viu aproximadamente três mil baleias azuis mortas a cada ano. As águas em volta da ilha são bastante ricas em krill, que é o que as baleias comem. Os cientistas acreditam que a volta delas seja uma redescoberta dessa grande fonte de alimento pelas gerações mais novas do animal.

Além das baleias azuis, sinais parecidos de recuperação foram vistos nas baleias jubartes  em volta da Península Ártica Ocidental. Também no extremo norte, as baleias bowhead ocidentais do Ártico parecem estar se aproximando do número que foi visto pela última vez antes da caça às baleias. Além disso, as baleias fin e minke são vistas com frequência no mar de Chukchi, que fica perto do Alasca.

Por causa do fim da indústria baleeira, os mares polares estão entre os melhores lugares  para esses animais se restabelecerem. Até porque, nessas regiões, os seus habitats ainda são relativamente intocados. E, até o momento, tem bastante alimento e de uma forma estável.

Fonte: G1, Em sinapse

Imagens: G1, Info escola

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