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Calor extremo de até 50ºC afeta Europa, Ásia e Estados Unidos

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O verão no Hemisfério Norte começou na última semana, levando temperaturas escaldantes para diversos países da Europa, Ásia e América do Norte. Por exemplo, nos Estados Unidos, na última quinta-feira (23), o calor ultrapassou 37,8 graus Celsius em pelo menos 15 estados, de acordo com a agência de notícias Associated Press.

Além disso, desde o dia 15 de junho, pelo menos 113 estações meteorológicas automatizadas espalhadas pelo país registraram temperaturas recordes. Segundo o Serviço Nacional de Meteorologia, mais de 30 milhões de estadunidenses ficaram sob um alerta de calor nos últimos dias.

“Durante o verão, é muito difícil encontrar um lugar à noite que seja fresco o suficiente para dormir sem a polícia correndo atrás de você”, disse à AP Chris Medlock, um morador em situação de rua de Phoenix, cidade americana do estado do Arizona.

Desse modo, o calor excessivo chega a causar mais mortes relacionadas ao clima nos Estados Unidos do que furacões, inundações e tornados juntos. No país, as ondas de calor contribuem para cerca de 1.500 mortes todos os anos, sendo que alguns especialistas estimam que cerca de metade dessas mortes acontecem com pessoas em situação de rua.

Cientistas também afirmam que esse calor precoce apresenta todas as características das mudanças climáticas, o que não ocorre somente nos Estados Unidos.

Calor afeta o Hemisfério Norte

Na província de Henan, ao norte da China, a cidade de Xuchand atingiu mais de 42 graus Celsius na sexta-feira (24). Já a cidade vizinha, Dengfend, registrou cerca de 41 graus, que, de acordo com o climatologista Maximiliano Herrera, é um marco histórico.

Já no Japão, no dia 24, Tokomachi e Tsunan bateram recordes de calor, assim como várias cidades do país asiático. “É fácil olhar para esses números e esquecer a imensa miséria que representam. As pessoas que não podem pagar por ar-condicionado e aquelas que trabalham ao ar livre têm apenas uma opção, sofrer”, disse o cientista climático e professor de ciências atmosféricas, Andrew Dessler.

Desse modo, na Rússia, na cidade de Norlisk, que fica acima do círculo ártico, os termômetros registaram 32 graus Celsius na quinta-feira, que marcou o dia mais quente de junho já registrado, segundo Herrera. No Turcomenistão, em Saragt, os termômetros marcaram 45,9 graus. Porém, segundo Herrera, os próximos dias podem ser ainda mais quentes.

Incêndio na Espanha por conta de onda de calor

Emilio Fraile/Europa Press via AP

Na Europa, uma onda de calor causou outros problemas, como incêndios florestais na Alemanha e na Espanha. Em entrevista à Associated Press, o professor de meteorologia da Northern Illinois University, Victor Gensini, disse que o que está acontecendo com a onda de calor inicial é “muito consistente com o que esperávamos em um mundo em constante aquecimento”.

“Essas temperaturas estão ocorrendo com apenas 2 graus Fahrenheit (1,1 graus Celsius) de aquecimento global e estamos a caminho de 4 graus Fahrenheit (2,2 graus Celsius) a mais de aquecimento ao longo deste século”, disse Dessler. “De fato, eu não consigo imaginar o quão ruim isso será.”

Onda de calor intensa causa temperaturas alarmantes

Calor nos Estados Unidos

AP Photo/Rich Pedroncelli

No sábado do dia 11 de junho, Phoenix, no Arizona, Las Vegas, em Nevada, Denver, no Colorado, e o Vale da Morte, na Califórnia, registraram temperaturas recordes.

Segundo o Serviço Nacional de Meterologia dos Estados Unidos, em Phoenix, os termômetros marcaram 46 graus Celsius, o que iguala ao recorde de 1918. Assim, em Las Vegas, a temperatura recorde de 43 graus Celsius no sábado (11) se igualou ao recorde de 1956. No Vale na Morte, área deserto no leste da Califórnia, as temperaturas chegaram aos 50 graus.

Dessa forma, como medida de prevenção, os meteorologistas alertaram para um “risco de calor” muito alto no centro-sul do Arizona. Portanto, pediram que o público limite suas atividades ao ar livre. Apesar do calor já ser presente nesse locais, autoridades estão preocupadas com o aumento das temperaturas e as consequências decorrentes disso.

Fonte: G1

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