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Câncer silencioso: o que é preciso saber quando não existem sintomas óbvios

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Uma das doenças mais temidas pelas pessoas, se não a mais, é o câncer. E quando esse conjunto de centenas de mutações patológicas com um crescimento de células anormal e fora do controle não é tratado, ele pode levar à morte. Existem vários tipos, e os conhecidos como silenciosos são os que não têm sintomas perceptíveis. Por conta disso eles são um desafio para serem detectados e tratados de forma precoce.

Contrariando o que muitas pessoas acreditam, o câncer nem sempre chega anunciando sua presença através de sintomas evidentes ou sinais óbvios. Tanto é que várias pessoas recebem o diagnóstico de forma acidental quando ele é encontrado em exames de rotina ou em investigações de problemas de saúde que não são relacionados.

Esses cânceres silenciosos podem, às vezes, ser agressivos e avançarem de forma rápida, mas também podem permanecer inativos por anos ou décadas. No caso de cânceres de próstata, mama e tireoide, normalmente eles evoluem de forma lenta e sem sintomas óbvios, ou então sem se espalharem além da sua área original.

De acordo com estudos, alguns desses cânceres são tratados em excesso. Isso porque, dependendo do caso, é melhor deixar os pacientes em paz ou tratá-los de uma forma mais cuidadosa e talvez sem intervenção médica, usando uma estratégia de observar e esperar. Essa forma pode ser feita no caso de câncer de próstata em idosos, por exemplo.

Importância do diagnóstico precoce

Diário de Jaraguá

Seja qual for o tipo de câncer, sempre é importante tentar ter um diagnóstico precoce. No caso dos silenciosos, claro que isso é um desafio. Além disso, alguns sintomas do câncer podem ser confundidos com os de doenças benignas. Como por exemplo, fadigas, perda de peso sem explicação e dor persistente. Eles podem ser um sinal de algo maligno, mas também são facilmente descartados ou mal interpretados, e isso faz com que o diagnóstico e tratamento sejam adiados.

Todos sabem que ter um diagnóstico precoce é o sucesso para o tratamento do câncer. Até porque, detectá-lo na sua fase silenciosa dá uma grande janela de oportunidade para que seja feita uma intervenção precoce que tenha melhores resultados.

Quando o câncer é identificado no seu estágio inicial, quer dizer que a doença ainda está confinada em seu lugar de origem, é menor e tem um potencial mais fácil de ser curada. Por conta disso que se um câncer menor for diagnosticado, se for preciso fazer uma operação ela poderá ser menos invasiva, além de ter menos chances de precisar de quimioterapia preventiva pós-operatória para que células residuais sejam eliminadas.

Um bom exemplo disso é o câncer colorretal (CRC). Conforme mostram estudos, os pacientes que participam do rastreamento do CRC fazendo colonoscopias ou exames que procuram sangue nas fezes têm uma probabilidade maior de serem diagnosticados ainda assintomáticos e terem prognósticos mais positivos depois do tratamento.

Enquanto que os pacientes que são diagnosticados com CRC depois de apresentarem sintomas, como por exemplo, sangramento retal ou mudanças nos hábitos intestinais, têm a tendência a terem tumores mais avançados e resultados piores.

Por conta disso que as iniciativas de saúde pública para a conscientização a respeito da importância do rastreamento do câncer e do reconhecimento dos sintomas tem um papel fundamental na diminuição dos atrasos nos diagnósticos.

Biomarcadores do câncer

Memed

Nos últimos anos, a tecnologia de diagnóstico tem avançado por conta da descoberta de biomarcadores. Através deles, as taxas de detecção precoce e refinamento das estratégias de tratamento para os cânceres podem ser melhoradas.

O diagnóstico do câncer está sendo remodelado por abordagens inovadoras, indo desde o perfil molecular às técnicas de biópsia líquida, que são exames de sangue para diagnosticar a doença. Eles dão um novo caminho para a medicina personalizada e de precisão.

Por mais que os cânceres assintomáticos sejam um grande desafio para o atendimento dos pacientes, incentivando-os a adotarem estilos de vida preventivos e fazerem exames e testes, esses tipos da doença não têm que se tornar uma ameaça oculta à saúde.

Fonte: VivaBem

Imagens: Diário de Jaraguá, Memed

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