Um meteoro é uma enorme rocha espacial que, ao entrar na atmosfera terrestre, pega fogo. Essa, se conseguir se chocar com o planeta, é capaz de causar uma vasta destruição. Cada rocha que cai naturalmente na Terra torna-se, de forma inevitável, um meteoro, seja de maior ou menor intensidade. E, às vezes, quando eles entram em nossa atmosfera e chegam até nós, podem causar eventos espantosos e fascinantes ao mesmo tempo.
Como por exemplo, o que aconteceu nessa semana em, pelo menos, seis estados brasileiros. Eles viram a passagem de um meteoro do tipo bólido que acabou deixando um rastro luminoso no céu. Segundo a agência Clima ao Vivo e a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), isso aconteceu na terça-feira por volta das 22h50.
O clarão foi capturado por câmeras de monitoramento em cidades de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul. As cidades desses estados onde o rastro luminoso foi visto foram:
- Minas Gerais: Itajubá, Divinópolis, Oliveira, Itamonte, São Francisco de Paula;
- São Paulo: Olímpia, Araçoiaba da Serra, Atibaia, Sorocaba, Campos do Jordão, São Paulo, Nhandeara, Piracicaba e São José dos Campos;
- Paraná: Telêmaco Borba, Guarapuava, Curitiba, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa;
- Santa Catarina: Monte Castelo;
- Goiás: Goiânia;
- Mato Grosso do Sul: Bonito.
Meteoro bólido
Não é incomum ter notícia de algum fenômeno luminoso passando pelo céu em vários lugares do mundo. Eles são chamados de meteoros, asteroides ou cometas, e o que muitas pessoas não sabem é que eles não são sinônimos.
Com relação aos meteoros, que é quando uma rocha espacial atinge a atmosfera do nosso planeta com uma velocidade extremamente alta, até mesmo os menores fragmentos podem aquecer de forma instantânea os fases atmosféricos e consequentemente resultar em um fenômeno luminoso. É isso que os astrônomos classificam como meteoro.
“Assim, os meteoros são apenas esses eventos luminosos, nada mais. Meteoro não é sólido, não é líquido nem gasoso, é apenas luz. Popularmente, também são chamados de estrelas cadentes”, explicou Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da BRAMON e coordenador regional (Nordeste) do Asteroid Day Brasil.
Além disso, o meteoro também pode ser classificado com base no seu comportamento e na sua intensidade. Essas classificações são: fireball ou bólido. Na primeira, como o próprio nome dá a entender, ele é uma esfera grande e brilhante. Já a segunda classificação, mesmo que também seja bem luminoso, ele deixa uma trilha ionizada duradoura e explode no final.
Independentemente de qual classificação ele for, os dois são inofensivos. Até porque, na maior parte das vezes, o meteoroide que deu origem a esse fenômeno é vaporizado por completo na sua passagem pela atmosfera terrestre.
Céu brilhante
Como dito, esses fenômenos brilhantes são uma coisa comum de acontecer. Um exemplo disso foi o clarão visto no céu do Estado de São Paulo em agosto do ano passado. Isso aconteceu por conta de um meteoro que explodiu perto do nosso planeta, conforme informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Por não ser uma coisa vista com frequência, o fenômeno chamou atenção e intrigou os moradores de várias cidades do Estado.
O brilho repentino no céu chamou a atenção das pessoas por volta das cinco horas da manhã. Alguns registros foram feitos no Vale do Paraíba, por moradores de Guaratinguetá, São José dos Campos e Bragança Paulista. Assim como quem estava vendo no momento, as imagens publicadas também intrigaram os internautas.
Segundo José Willians Vilas Boas, da divisão de astrofísica do Inpe, o que se vê nas imagens é um meteoro em uma distância menor que a comum do nosso planeta. Ele explicou que, no espaço entre os planetas existem rochas que se movimentam, e uma grande parte delas é resto do processo de formação do sistema solar e originárias de outros planetas.
Ainda conforme a explicação de Vilas Boas, em alguns momentos, essas rochas caem na Terra. No entanto, a diferença das que foram vistas nas imagens é que, nesse caso, essa rocha se aproximou mais do planeta.
Por mais que as pessoas tenham ficado preocupadas por conta desse fenômeno, o especialista ressaltou que eles acontecem diariamente, mas as chances de ele atingir alguém é pequena.
“Milhares de pequenas pedras caem todos os dias na terra. Se você olhar o céu todas as noites, você vai ver o que chamamos de estrelas cadentes, elas são esses pedacinhos de rocha”, disse.
Fonte: Olhar digital, G1
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