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Meteoro explode duas vezes seguidas e físico de Sorocaba registra cena

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Cada pessoa tem uma ideia diferente sobre o que é um “dia de sorte”. Para um físico, talvez esse momento seja quando ele flagra um meteoro explodindo duas vezes seguidas. E foi exatamente isso que aconteceu com Marco Antonio Centurion, cientista de Sorocaba (SP).

No dia 20 de abril, ele registrou a dupla explosão do fragmento que passava pelo céu da cidade do interior paulista. Como sempre, as imagens foram parar nas redes sociais e repercutiram de forma estrondosa.

Fonte: @MKOCENTURION / Instagram

Luz, câmera, explosão! 

Em suma, um cientista precisa estar pronto para tudo. Por isso, como membro da Bramon (Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros), ele mantém uma estação de observação dentro de sua casa. Esta funciona com duas câmeras, uma apontada para o oeste e outra para nordeste, estando ambas conectadas a um computador.

Dessa forma, às 19h17m do dia 20, ele capturou o exato momento em que um meteoro cortou a atmosfera. A propósito, isso já é uma rotina para o físico. Inclusive, ele descontrai: “costumo brincar que, se fosse fazer um pedido a cada estrela cadente, nome popular do meteoro, teria feito mais de um por dia. Esse registro foi diferente porque minhas câmeras estavam bem posicionadas”, relata ele em entrevista ao R7.

Portanto, foi a primeira vez que ele registrou uma dupla explosão com as câmeras tão bem dispostas. De acordo com o cientista, esse evento não é comum, apesar de também não chegar a ser raro. Além disso, ao R7 ele já levantou uma hipótese sobre o motivo de ocorrer os dois estouros seguidos.

“O tamanho médio de um meteoro equivale ao de uma moeda de 1 centavo. Quando ele entra na atmosfera, se choca com a camada de gases da atmosfera e aquece até explodir, virando poeira. Nesse caso, provavelmente, a primeira camada explodiu e ainda restou massa, que também incandesceu e gerou a segunda explosão”, explica Centurion.

Para obter novas conclusões, o físico vai avaliar outras imagens sobre a queda do meteoro em questão. Dessa forma, será possível fazer uma triangulação de dados, e assim, traçar a rota que o fragmento seguiu.

Caso gaúcho

Conforme dito, uma dupla explosão de um meteoro é incomum, porém, não é raro. Nesse sentido, a prova disso é que uma ocorrência do tipo aconteceu na noite do dia 21 de março deste ano, no Rio Grande do Sul. Em terras gaúchas, o evento se deu durante a chuva de meteoros North March Virginids, que perdurou entre fevereiro e abril.

Durante o pico da chuva, o meteoro fireball detonou duas vezes no céu, antes de cair no mar próximo a São José do Norte. A propósito, esse foi o primeiro registro de dupla explosão em 2022, logo, o fenômeno de Sorocaba foi o segundo.

Vale lembrar que, no ano passado, o episódio se sucedeu apenas uma vez entre os 18 mil meteoros catalogados. Sendo assim, somente nos quatro primeiros meses de 2022, o céu já nos presenteou com duplas explosões com mais frequência do que nos 12 meses de 2021.

O que é um meteoro?

A princípio, muitos chamam os meteoros de estrelas-cadentes, o que pode levar algumas pessoas a acharem que o que cai realmente é um corpo estelar.  Todavia, o fragmento é apenas um material sólido que entra em contato com a atmosfera e começa a se incendiar por conta do atrito com o ar.

Dessa forma, caso o estilhaço se despedace totalmente no céu, temos a ocorrência de um meteoro (a popular estrela-cadente). Por outro lado, se a peça cair até a superfície da Terra, aí o objeto voador passa a se chamar meteorito. No primeiro caso, o efeito luminoso se extravasa com maior potência, porém, em ambas as situações dá para se ouvir um estouro causado pelo rompimento da barreira do som durante a veloz descida.

Fonte: R7, CNN.

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