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Estação flagra mais de 300 meteoros em Santa Catarina

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O céu de Santa Catarina foi palco de um show de meteoros na noite de quarta-feira (4) e na madrugada de quinta-feira (5), na estação de monitoramento de Monte Castelo, na região norte. De acordo com o astrônomo amador Jocimar Justino, pelo menos 120 dos detritos eram do cometa Halley e fazem parte da chuva Eta Aquáridas, considerada a primeira grande chuva de meteoros do ano de 2022.

Segundo Justino, membro da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), os meteoros da Eta Aquáridas começaram a aparecer no céu por volta das 3h de quinta.

“Foi uma noite favorável porque praticamente o céu estava bem limpo, sem a presença de nuvens. A lua também não atrapalhou com a sua luminosidade desta vez. E isso coincidiu justamente em uma época que acontece o pico da chuva de meteoros”, afirmou o astrônomo.

Segundo a Bramon, a atividade da Eta Aquáridas começou em 21 de abril e vai até 12 de maio. No entanto, o pico da chuva aconteceu entre as noites de 4 a 6 de maio, segundo a American Meteor Society.

Embora o brilho da Lua possa ter ofuscado a chuva de meteoros Líridas em abril, os observadores de estrelas tiveram a oportunidade de observar outra chuva na última semana. Além disso, a última vez que o cometa Halley foi visto em nosso céu foi em 1986 e só aparecerá novamente em 2061.

Eta Aquáridas em Santa Catarina

Ainda de acordo com a rede de observação, espera-se cerca de 35 meteoros por hora no pico da chuva. Isso em condições ideais de observação, por conta da Eta Aquáridas.

Assim sendo, o melhor horário para observar o evento astronômico é a partir das 3h da manhã, olhando para a direção leste. Além disso, os melhores locais para observar são os escuros, longe dos grandes centros urbanos que emitem muita luz, como é o caso do observatório de Santa Catarina.

“Apesar do radiante da Eta Aquáridas ficar em Aquário, você não precisa estar olhando na direção dessa Constelação para ver seus meteoros, pois eles aparecerão em todas as partes do céu, apenas parecendo vir da direção da Constelação”, disse.

Segundo a Nasa, Eta Aquáridas são conhecidos pela rapidez, podendo atingir a taxa de 238 mil quilômetros por hora. Porém, os meteoros produzem linhas brilhantes que permanecem no céu por vários segundos depois que o meteoro atravessa o céu.

Eta Aquáridas

Jocimar Justino/ Divulgação

De acordo com a Rede Brasileira de Observação de Meteoros, todos os meteoros de uma mesma chuva atingem a atmosfera da Terra paralelamente uns aos outros. Portanto, para um observador posicionado na Terra, esses meteoros podem parecer que se originaram de um mesmo ponto no céu.

Assim, no caso da Eta Aquáridas, o ponto fica na Constelação de Aquários, próximo à estrela eta Aquarii. Por essa razão o fenômeno recebe seu nome.

Porém, essa não é a única chuva anual de meteoros associada ao Cometa Halley, mas é considerada a mais expressiva. Além dela, temos a Oriónidas, que acontece em outubro, também gerada pelos detritos do mesmo cometa.

Outras chuvas

Os Deltas Aquáridas são mais visíveis dos trópicos do sul. Eles atingirão o pico entre os dias 28 e 29 de julho, quando a Lua estiver 74% cheia. Na mesma noite, outra chuva de meteoros atinge o pico, os Alfa Capricornídeos.

Por mais que seja uma chuva consideravelmente mais fraca, sabe-se que ela produz algumas bolas de fogo brilhantes durante o seu pico, o que anima observadores. Ela será visível para todos, independentemente de qual lado do equador você se localiza no momento do evento astronômico.

Já a chuva de meteoros Perseidas, a mais popular do ano, atingirá o pico entre 11 e 12 de agosto no Hemisfério Norte, quando a Lua estiver apenas 13% cheia.

Fonte: G1

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