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China estabelece novas regras para evitar que jovens fiquem viciados em internet

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É praticamente impossível imaginar a vida sem internet hoje em dia. Contudo, essa dependência pode ser bastante alta, ainda mais nas novas gerações que nascem em um mundo totalmente tecnológico. Por conta disso, a Administração do Ciberespaço da China tomou medidas para evitar que jovens fiquem viciados em internet.

Dentre essas medidas estão horários para o uso, e que os menores de 18 anos têm o chamado “modo menor” presente nos celulares, tablets e smartwatches. As restrições impostas pela Administração do Ciberespaço da China se baseiam em idade. Então, adolescentes entre 15 e 18 anos têm duas horas de uso de internet por dia. E os menores de 18 anos são proibidos de acessar a internet entre 22h e 6h.

Quem tem a obrigação de cumprir essas regras sãos as plataformas online, mas ainda não existe nenhuma penalidade para o não cumprimento delas. Além disso, os pais também podem mudar de forma manual algumas das regras.

Combatendo vício

Tecmundo

Por mais que a China seja pioneira em várias coisas, o país não foi o primeiro a ter regras assim. Nos EUA, nos estados do Arkansas, Utah e Louisiana existem projetos para que o acesso de crianças às redes sociais e à internet como um todo seja restringido.

E essa também não é a primeira vez que a China luta contra o vício em internet. Em 2021, a maior empresa de internet do país, a Tencent, apoiou a limitação de tempo para jogos online de menores de idade, tudo com o objetivo de combater o vício.

Internet

Wikipedia

Mesmo que a internet seja usada por praticamente todas as pessoas, poucos sabem que cabos cortam o fundo do mar para possibilitar essa conexão. O cabo de internet Ásia-África-Europa percorre mais de 25 mil quilômetros ao longo do fundo do mar, conectando Hong Kong a Marselha, na França.

Conforme esse cabo passa pelo Mar do Sul da China em direção à Europa, ele ajuda a dar conexões de internet para mais de 12 países da Índia até a Grécia. Mas no dia 7 de julho esse cabo foi cortado e deixou milhões de pessoas offline, enfrentando apagões temporários na internet.

O cabo, que também é conhecido como AAE-1, foi cortado onde passa brevemente por terra através do Egito. Além dele, outro também foi danificado no incidente, com a causa do dano desconhecida. No entanto, o impacto foi imediato.

“Isso afetou cerca de sete países e vários serviços exagerados. O pior foi a Etiópia, que perdeu 90% de sua conectividade, e a Somália depois também 85%”, disse Rosalind Thomas, diretora administrativa da SAEx International Management, que planeja criar um novo cabo submarino conectando África, Ásia e EUA.

Por mais que a conectividade tenha sido restaurada em poucas horas, a interrupção dela mostrou a fragilidade dos mais de 550 cabos submarinos de internet do mundo. Além disso, deixou claro o papel importantíssimo e gigante que o Egito e o Mar Vermelho têm na infraestrutura da internet.

E essa rede global de cabos submarinos forma uma grande parte do backbone da internet. São eles quem transportam a maior parte dos dados ao redor do mundo e, eventualmente, se conectam com as redes que alimentam torres de celular e conexões Wi-Fi.

Desses cabos submarinos, 16 deles, que normalmente são mais grossos que uma mangueira, mas são vulneráveis ​​a danos causados ​​por âncoras de navios e terremotos, passam através do Mar Vermelho antes de saltar sobre terra no Egito e chegar ao Mar Mediterrâneo, conectando a Europa à Ásia.

Vulnerável

BBC

“Onde há pontos de estrangulamento, há pontos únicos de falha. Por ser um local de intensa concentração de movimento global, isso o torna mais vulnerável do que muitos lugares ao redor do mundo”, explicou Nicole Starosielski, professora associada de mídia, cultura e comunicação da Universidade de Nova York e autoridade de cabos submarinos.

Por conta disso, essa região também teve a atenção do Parlamento Europeu que, em junho, a destacou em um relatório como sendo um risco de interrupção generalizada da internet. “O gargalo mais vital para a UE diz respeito à passagem entre o Oceano Índico e o Mediterrâneo através do Mar Vermelho, porque a conectividade central com a Ásia passa por essa rota”, dizia o relatório.

Olhando para o mapa de cabos de internet do mundo fica claro por que o Egito é um lugar de preocupação para os especialistas. Estima-se que 17% do tráfego de internet do mundo viaja por esses cabos e passa pelo Egito. De acordo com Alan Mauldin, diretor de pesquisa da empresa de pesquisa de mercado de telecomunicações TeleGeography, em 2021, a região tinha 178 terabits de capacidade, ou 178.000.000 Mbps. Para se ter uma noção, os EUA têm velocidades médias de internet doméstica de 167 Mbps.

E essa região se tornou um dos pontos de estrangulamento mais proeminentes da internet por alguns motivos. Segundo Doug Madory, diretor de análise de internet da empresa de monitoramento Kentik, o principal foi a sua geografia, que contribui para a concentração de cabos na área.

Isso porque passar pelo Mar Vermelho e pelo Egito é a rota submarina mais curta entre a Ásia e a Europa. Então, atravessar o Egito é uma das únicas rotas práticas disponíveis. “Toda vez que alguém tenta traçar uma rota alternativa, você acaba passando pela Síria, Iraque, Irã ou Afeganistão. Todos esses lugares têm muitos problemas”, disse Madory.

Entretanto, essa não é a única região de estrangulamento de cabos no mundo. O Reino Unido, Singapura e França são todos os principais pontos de conexão à internet, com o Estreito de Malaca, perto de Singapura, sendo outro ponto de estrangulamento.

Fonte: Tecmundo, Wired

Imagens: TecmundoWikipedia, BBC

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