Ciência e Tecnologia

Cientistas recriam em laboratório o que pode ter sido a primeira forma de vida na Terra

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Para aprender a respeito da evolução dos seres vivos, uma equipe de pesquisadores holandeses criaram em laboratório um organismo que imita o que seria o antepassado comum dos três grandes domínios da vida – Archaea, Bacteria e Eukarya. A hipótese que os cientistas estavam trabalhando seria de que, no passado, haveria apenas uma forma de vida na Terra. O último ancestral comum universal de todas as células, o LUCA.

Em algum momento, esse ancestral comum se dividiu em arqueias e bactérias. Dois dos três domínios da vida em nosso planeta. Ele teria vivido em uma fonte hidrotermal há cerca de 3,8 bilhões de anos. O que dificultou para os cientistas descobrirem como ele era, e o que o levou a se dividir em dois grupos distintos.

O estudo

Uma das hipóteses sobre LUCA é que ele teria perdido a sua integridade em algum momento. Devido a sua estrutura lipídica instável. Desse ponto em diante, suas moléculas teriam se reorganizado em dois tipos de membranas celulares estáveis, criando as bactérias e arqueias. Utilizando de engenharia reversa, o novo estudo dos pesquisadores consiste em recriar um micróbio que compartilhasse as características dos dois domínios Archaea e Bacteria. Ou que pudesse ter características semelhantes ao LUCA.

Não existe um exemplar do LUCA bem preservado, então os pesquisadores construíram um organismo baseado em algumas suposições. Com uma membrana celular mista, contendo lipídios tanto de bactérias quanto de arqueias. Utilizando uma técnica de edição de genes para transferir os tipos certos de enzimas produtoras de lipídios de ambas as formas de vida em uma bactéria. A Escherichia coli.

Ao contrário do que acreditava os pesquisadores, a membrana da Escherichia coli não se rompeu. Mostrando que uma instabilidade entre moléculas lipídicas provavelmente não foi o que levou LUCA a se tornar dois diferentes organismos há bilhões de anos. Surpreendentemente, a bactéria se saiu muito bem em seu novo habitat. Apesar de que, pequenas protuberâncias cresceram na superfície na placa de Petri devido aos altos níveis de lipídios arqueais.

O resultado não contempla a hipótese de que uma membrana mista é intrinsecamente instável e que poderia ter criado a divisão lipídica. A robustez dessas células mistas nos surpreendeu. Esperávamos mais problemas para mantê-las vivas”, disse Arnold Driessen, biólogo molecular da Universidade de Groningen.

Portanto, a descoberta dos biólogos pode significar que eles tenham que repensar como seria a estrutura celular do ancestral. A pesquisa conduzida por eles foi publicada na revista acadêmica PNAS.

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