Em diversas religiões ao redor do mundo, aqueles que dedicam suas vidas ao bem e vivem por cultivar nobres sentimentos e boas ações costumam ser atribuídos alguns títulos. Dentro da igreja católica, essas pessoas são chamadas de santos. Para ser um santo, o religioso precisa ter devotado sua vida à Deus.
O processo para santificar uma pessoa é chamado de canonização. Já foram canonizadas mais de 3 mil pessoas, ao longo da história. Entretanto, o número exato de santos é desconhecido. Isso porque nem todos eles foram canonizados oficialmente. De acordo com a igreja, é importante ressaltarmos que o papa não faz de ninguém um santo. A santificação apenas reconhece aquilo que Deus já havia preparado.
Por muitos séculos, as canonizações eram realizadas ouvindo a opinião pública. Entretanto, no século X, o papa João XV criou todo o processo oficial de santificação. Ao longo dos últimos mil anos, esse processo passou por diversas revisões. A mais recente delas aconteceu em 1983, sob a responsabilidade do papa João Paulo II.
João Paulo II canonizou aproximadamente 300 pessoas. Enquanto revisava o processo de canonização, o papa realizou diversas mudanças importantes. O que incluiu a eliminação do “advogado do diabo” do processo de revisão. O advogado do diabo era alguém designado para contra argumentar as evidências apresentadas, em favor da canonização de uma pessoa.
Todo o processo de santificação pode levar décadas, ou até mesmo séculos, para ser concluído. Não há muito tempo, o tema voltou às manchetes dos jornais e revistas devido ao processo de canonização de Irmã Dulce, que se tornou a primeira santa brasileira. Oficialmente, no dia 13 de outubro de 2019, no Vaticano, em uma cerimônia, conduzida pelo papa Francisco, foi lida a fórmula de canonização da brasileira, que a partir de agora, será chamada Santa Dulce dos Pobres.
Canonização
Para santificar Irmã Dulce, assim como ocorreu com outras pessoas que vieram a se tornar santas, cinco etapas foram percorridas. Abaixo, descrevemos brevemente, para vocês, cada uma delas:
1 – Um bispo local investiga a vida do candidato a santificação. Isso, em busca de evidências, que comprovem suas virtudes heroicas. Todas as informações, apuradas pelo bispo, são enviadas então para o Vaticano.
2 – Tais informações passam pelo crivo de uma equipe de teólogos e cardeais da Congregação para as Causas dos Santos.
3 – Caso seja aprovado, o papa então proclama a candidatura, o que significa que aquela pessoa é um símbolo das virtudes católicas, mesmo que ainda não tenha se tornado um santo.
4 – Nesta próxima etapa, acontece a beatificação, permitindo que a pessoa seja honrada por um grupo ou região. Para isso, deve ser comprovado que a pessoa realizou algum milagre póstumo. No entanto, existe uma exceção. Os mártires, aqueles que morreram por sua causa religiosa, podem ser beatificados sem evidência de um milagre.
5 – Na última etapa, para que, finalmente, a pessoa seja considerada santa, é preciso provar um segundo milagre póstumo realizado pela mesma. Caso haja a evidências e comprovação do milagre, a pessoa é canonizada. Uma vez que a pessoa é santificada, ela é recomendada, pelo alto escalão da igreja, para ser venerada.
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