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Como é a vida de quem mora em Chernobyl atualmente?

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Quando ouvimos sobre Chernobyl, automaticamente, lembramos de traumas e mortes. Como sabemos, a tragédia ocorreu na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, então parte da antiga União Soviética. Na madrugada do dia 25 de abril de 1986, o reator número 4, da Estação Nuclear de Chernobyl, explodiu. A usina, nesse ínterim, sofreu uma sobrecarga de energia durante um teste de capacidade.

Tudo começou quando o sistema de resfriamento parou de funcionar. Ao ter seu funcionamento interrompido, o núcleo do sistema atingiu altas temperaturas. Analogamente, o calor provocou uma explosão de vapor tão violenta que destruiu o teto do reator, que pesava mais de mil toneladas.

Fragmentos de grafite com plutônio, diante da enorme temperatura, foram, então, soltos no ar. Em contato com o ar, o urânio pegou fogo e, em seguida, foi lançado na atmosfera. Quase 350.000 habitantes foram retirados do local, após o acidente.

Em suma, o pior acidente nuclear de todos os tempos completou, neste ano, 33 anos. Hoje, estima-se que mais de 5 milhões de pessoas ainda vivam em áreas oficialmente consideradas contaminadas pela radiação.

Segundo estimativas conservadoras da Organização Mundial da Saúde, os efeitos de Chernobyl podem causar ainda mais 9.000 mortes. Dez reatores do mesmo tipo, usados ​​em Chernobyl, ainda estão em operação na Rússia.

Parâmetro

Apesar das autoridades ucranianas não permitirem, cerca de 150 pessoas vivem na zona de exclusão. Ali, de acordo com informações oficiais, estimativas de vida chegam à média de 75 anos de idade.

Evgueni Markevitch, de 78 anos, por exemplo, é uma das pessoas que ainda vivem na zona. Em 2016, em entrevista ao portal G1, Markevitch explicou não existe um motivo específico que a fez voltar para o local.

“Na realidade não sei por que existem pessoas que desejam viver em Chernobyl. Qual é o seu objetivo? Seguem o que diz o coração? A nostalgia? Quem sabe? Mas eu só quero viver em Chernobyl”, relata.

Quando a família de Markevitch se mudou para a cidade, ela tinha apenas oito anos. “Isto nos salvou da fome, podíamos plantar e fazer a colheita dos nossos alimentos”, relatou a moradora.

Em síntese, quando o reator número 4 explodiu, a moradora estava em seu ambiente de trabalho, assim como muitos outros cidadãos locais. “Era um sábado e logo depois do acidente não sabíamos nada sobre o que havia acontecido. Suspeitávamos de algo porque observamos os ônibus e veículos militares que seguiam para Pripyat”.

Retorno

Markevitch e outros habitantes foram retirados da cidade após o acidente. Com o intuito de retornar a zona de risco, Markevitch, nesse ínterim, resolveu se passar por marinheiro e por policial. Transformando-se em tais figuras, Markevitch, finalmente, conseguiu trabalhar na área de vigilância de radiações da estação.

Apesar de toda contaminação, Markevitch, ao que parece, nunca teve problemas de saúde. De acordo com informações disponibilizadas pela imprensa, ainda é possível encontrar “samosely” na região. Em suma, os chamados “samosely”, para quem não sabe, são pessoas que vivem em pequenas casas de campo.

O grupo, em síntese, é formado por 158 membros. Os “samosely” se alimentam com o que cultivam em suas hortas. Entretanto, o grupo recebe também mantimentos de funcionários da central nuclear e de alguns visitantes.

Basicamente, os “samosely”, após a tragédia, nunca aceitaram o fato de terem deixado suas residências para trás. Por tanto, mais de mil decidiram retornar ao local após a terrível tragédia. As autoridades, mesmo não concordando com a decisão, acabaram aceitando a situação.

Valentina Kujarenko, em entrevista ao portal G1, disse que se sente triste por não poder ver seus parentes com frequência. Em contrapartida, Kujarenko confessou também ao portal de notícias que não se arrepende de ter voltado para casa.

“Dizem que os níveis de radiação são altos. Não sei. Talvez, a radiação faça algo aos mais novos, aos que nunca viveram aqui. Mas nós, os velhos, o que teríamos a temer? Espero que um dia Chernobyl volte a viver”, explicou.

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