Curiosidades

Como é o café especial que faz o Brasil ser premiado internacionalmente

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O café é a bebida que a maioria dos brasileiros ama e que vem servida em pequenas xícaras ou até mesmo em grandes copos. Ele já foi uma das mercadorias mais negociadas no mundo por conta do valor monetário. O que se sabe é que, desde sua época gloriosa, nunca saiu do gosto do povo.

O amor pela bebida pode ser uma coisa quase universal e conhecida por todos. Mesmo sendo conhecido há muito tempo, isso não quer dizer que o café também não teve suas mudanças com o tempo.

Por exemplo, o café orgânico tem se destacado bastante entre os consumidores. Um dos pontos que tem aumentado a popularidade desse tipo de café são os benefícios que ele traz e a consciência e preocupação ambiental de quem o produz.

Além deles, existe também o café especial, pelo qual o nosso país é reconhecido internacionalmente. Ele é uma bebida suave e adocicada, que só pode ser obtida com sementes de frutos que foram colhidos maduros, nem antes e nem depois.

Café especial vs. Café tradicional

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Mesmo com reconhecimento internacional, muitas pessoas aqui no país não sabem a diferença entre o café especial e o tradicional. O que difere esses tipos é que enquanto o café especial é feito só com sementes de frutos maduros, o café tradicional aceita mistura com grãos verdes, secos e que passaram um pouco do seu ponto.

Além dessa possível mistura de grãos, o café tradicional pode ter algumas impurezas, como por exemplo, galhinhos e cascas da colheita. Contudo, a partir de janeiro de 2023, o café comum não poderá conter mais de 1% de impurezas conforme estabeleceu o governo.

Outro ponto de diferença entre os tipos da bebida é que o gosto amargo do tradicional existe por conta da torra escura que é feita para esconder as imperfeições. Já a torra do especial é mais clara.

Sobre a bebida

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Além da diferença, existem outras questões que intrigam boa parte das pessoas, como por exemplo, de onde vem a cafeína? Ela faz parte da genética das plantas de café da mesma forma que as pessoas têm genes que são responsáveis pela cor dos seus olhos. A cafeína está presente nas folhas, nas sementes e, em menos quantidade, nas raízes.

Outra dúvida é de onde vem o aroma e o sabor da bebida. Muita gente não sabe, mas o grão cru não tem gosto. Ele só aprece durante a torra, que é o processo de submeter os grãos ao calor de uma máquina de torrefação. Através dessa temperatura alta, os compostos, como óleos e açúcares da semente do café, desenvolvem-se e assim o aroma e o sabor da bebida são gerados.

Entretanto, isso não existe se, no campo, a planta do café sofre com o clima entre a floração e a maturação. Isso acontece porque é justamente nesse período que a planta produz os compostos químicos que irão dar o sabor no momento da torra.

Ramo de trabalho

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Como essa bebida não é tão simples como a tradicional, todo o setor que mexe com ela demanda especialistas que saibam pontuar a bebida usando uma metodologia internacional desenvolvida pela Specialty Coffee Association (SCA).

Os profissionais qualificados são encontrados em fazendas, cooperativas, empresas de exportação e importação, torrefações e cafeterias. Além disso, normalmente eles já tinham uma ligação anterior com alguma atividade que envolvesse o café, como por exemplo, barista, torrador, classificador, agricultor, entre outros.

Outro ponto que os profissionais que atuam nesse ramo devem ter é o certificado de Q-Grader (Avaliador Q de qualidade), emitido pelo Coffee Quality Institute (CQI). Para obtê-lo existem cursos preparatórios em associações, empresas, institutos e na Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA).

Produção do café especial

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Para que o café especial seja produzido é usada, na maioria das vezes, a espécie arábica. No entanto, a bebida também é feita com a variedade de canephora. De acordo com o presidente da BSCA, Henrique Cambraia, no Brasil, aproximadamente 20% da produção de arábica é de grãos especiais.

Arábica

Essa espécie corresponde a aproximadamente 80% da produção. Ela tem que ser plantada em terrenos com altitude acima de 600 metros e é produzida principalmente em Minas Gerais, São Paulo, no Espírito Santo e na Bahia.

A arábica tem um sabor mais suave e seu grão tem 1,4% de cafeína.

Canephora

Aproximadamente 20% da produção é feita com essa espécie. Ela é mais resistente do que a arábica e pode ser cultivada em altitudes entre o nível do mar e 600 metros. Essa espécie é produzida principalmente no Espírito Santo, em Rondônia e na Bahia.

O sabor da canephora é mais intenso e seu grão tem 2,5% de cafeína.

Fonte: G1

Imagens: G1

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