Inovação

Como é a vida do homem que trocou um dos olhos por uma câmera?

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Se você achou que demoraria ainda muito tempo para que o mundo ficasse cada vez mais Black Mirror, pense outra vez. À passos lentos estamos chegando lá e o futuro pertence mesmo à tecnologia. Para quem não conhece, Black Mirror é uma série britânica que mostra o quanto a vida pode ser alterada pelo avanço tecnológico. A impressão que temos é que essa é uma realidade improvável e ainda muito distante. Mas um dia o homem também julgou impossível chegar à lua.

A verdade, quando se trata do futuro, é que nada é impossível. E a tecnologia existe principalmente para melhorar e aperfeiçoar as capacidades humanas. Por exemplo, uma pessoa que tem algum tipo de deficiência física pode voltar a exercer suas capacidade com o auxílio da tecnologia.

E se dissermos que estamos nos aproximando da era dos Ciborgues?

Ciborgues são seres que possuem uma parte do corpo orgânica e uma parte do corpo robotizada. A parte cibernética de um ciborgue é desenvolvida para potencializar a eficiência de um ser humano.

literalmente falando, um ciborgue é a hibridização do ser humano com um robô.

Foi justamente o que Rob Spence, um diretor de cinema, resolveu fazer consigo mesmo. Ele não possui um dos olhos, e no lugar do espaço vazio, Rob colocou uma câmera que grava a cada piscar de olhos.

Ele se auto intitula um “eyeborgue” (olhoborgue, ao invés de ciborgue) e confessa que a inspiração para a ideia partiu do personagem da série de televisão americana, “O homem de seis milhões de dólares”.

Infelizmente, a intenção de Rob não foi um capricho tecnológico. Ele se viu diante de uma situação trágica e lidou com o fato da melhor maneira possível.

Quando ele era criança, durante férias na Irlanda do Norte, Spence pegou a espingarda do avô, apontou para uma pilha de esterco e disparou a arma muito perto de seu olho direito. O impacto agressivo da arma fez com que ele fosse perdendo a visão progressivamente.

Foi quando ele percebeu que a cegueira de um de seus olhos seria inevitável. Para não chegar a esse ponto ele resolveu instalar no lugar do olho, uma câmera sem fio.

Os médicos não conectaram a câmera ao cérebro, porque o olho esquerdo de Rob permanece intacto. E por enquanto, essa tecnologia devolve a visão com imagens precárias em preto e branco.

No entanto, Rob representa um híbrido, e isso já é um sinal da evolução. Segundo os futuristas é para onde a humanidade caminha espontaneamente.

No primeiro momento, os implantes biônicos do futuro prometem devolver faculdades perdidas ou deficiências de nascença, como cegueira, paralisias ou movimentos reduzidos. Mas a partir do desenvolvimento da tecnologia, os seres humanos podem sonhar em potencializar o que eles já possuem, como aguçar ainda mais a audição, a visão, a velocidade e etc.

Seria o mesmo que conectar um computador a um cérebro. As opções são infinitas. E os fãs dos super-heróis já podem começar a sonhar em se tornar um deles.

Em entrevista ao New York Post, Rob explica que as duas primeiras reações que teve foram “Uau, isso é tão legal” e logo em seguida momentos mais reflexivos como “mas isso é tão estranho”.

O olho-câmera de Spence lembra muito um olho comum, com a diferença que em seu interior existe uma minúscula câmera com um micro-transmissor de rádio frequência.

 Como o olho não está conectado ao nervo óptico, todas as imagens podem ser vistas em um monitor que Rob leva nas mãos e controla utilizando um imã.

A capacidade de gravação da câmera dura 60 minutos. Depois disso, a bateria acaba, Rob tem que tirar a prótese e colocá-la para carregar novamente.

O mais emocionante é que Rob, um cineasta, sonha em fazer filmes diretamente com seu olho-câmera. A sua intenção é captar as emoções humanas realizando documentários.

“Se você está olhando para alguém ou especialmente fizer contato visual, só um pouquinho, então é como receber um prêmio, só que mais interessante. [É] Como perguntar para alguém o que eles pensam sobre o amor, mas realmente olhar dentro de seus olhos.”

Enquanto Rob espera por tecnologias mais avançadas, ele desensolve o potencial de ser um eyeborg.

Resta aos fãs da ciência cibernética e àqueles que realmente dependem do aperfeiçoamento tecnológico, paciência. Até que alcancemos definitivamente a “Era dos Ciborgues”. Não está tão longe quanto pensávamos. Rob Spence é uma prova disto.

Mas e você? O que pensa do futuro da tecnologia? O avanço é sempre para o melhor ou seria muito estranho ver pessoas robotizadas? Não esqueça de deixar o seu comentário. Se você gostou da matéria diga o que você mudaria em si mesmo através da robótica.

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