História

Como era o zoológico que incluía humanos como atração?

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A capital asteca de Tenóchtitlan é considerada uma das maiores cidades que o mundo já possuiu. Sua população contava com mais de 300 mil habitantes e se estendia para além da ilha onde havia sido construída. Não é atoa que essa cidade chamou tanto atenção dos conquistadores espanhóis.  Tenóchtitlan ficou conhecida não só por suas riquezas, mas por alguma de suas peculiaridades. A cidade executava vários prisioneiros, fazia sacrifícios humanos aos deuses, possuía palácios, pirâmides colossais e enormes jardins em toda sua extensão. Uma das coisas que causou grande espanto aos espanhóis, foi o zoológico do imperador. Esse mantinha uma grande variedade de espécies nunca antes vistas pelos conquistadores e algumas atrações bem peculiares.

Uma dessas atrações um local onde pessoas com deficiências e “estranhas” ao povo asteca eram mantidas para exposição. Fatos Desconhecidos trás para você um parte dessa história. Conheça aqui o zoológico humano de Montezuma e um pouquinho da história pré e pós hispânica desse povo mesoamericano.

O espanto dos espanhóis

Muito antes da descoberta das Américas por Colombo o império Asteca já tinha surgido e se tornado um das maiores civilizações que a humanidade conheceu. Quando os espanhóis chegaram nos anos de 1500 e se confrontaram com essa civilização, a capital asteca de Tenóchtitlan já possuía uma população maior que muitas cidades europeias.

Em 1521 a cidade foi destruída pelas tropas de Hernán Cortes em conjunto com outros povos mesoamericanos que sofriam com a dominação Asteca. Hoje Tenóchtitlan é conhecida como Cidade do México e ainda leva consigo o legado e as histórias de suas antigas raízes

O zoológico de Montezuma

Quando Hernan Cortes chegou na grande cidade em 1519, a capital asteca era governada por Montezuma II. A cidade abrigava gigantescos palácios e riquezas, e não só isso, Montezuma II havia mandado construir e enorme zoológico. Cortes, a convite de Montezuma II, visitou o zoológico em sua chegada. O zoológico de Montezuma possui uma grande variedade de espécies. Mais de 600 cuidadores estavam por conta de alimentar e cuidar dos animais. Dentre esses 600 cuidadores também se encontravam vários veterinários.

Uma grande parte da coleção eram formada por animais carnívoros que muitas vezes eram alimentados com os restos de sacrifícios humanos das cerimonias religiosas da capital. O grande zoológico consistia de construções de madeira e pedra cercadas por um floresta de pinheiros. Contava com mais de 20 lagos artificiais e uma variedade assustadora de espécies. Pumas, ursos, onças, bisões e outros grandes mamíferos faziam parte da coleção, o zoológico também contava com várias espécies de aves, repteis e peixes.

Uma “atração” diferente

Uma das atrações mais bizarras, e que dá o nome dessa matéria, era uma casa onde pessoas eram mantidas como parte da exibição. Muitas dessas pessoas eram de outras tribos ou pessoas com deformidades. Essa ala do zoológico mantinham pessoas com nanismo, albinismo, deformidades corporais ou qualquer condição de estranheza para o povo Asteca. Segundo Clavijero, historiador e padre jesuíta espanhol, essas pessoas que eram mantidas nos zoológicos eram protegidas por Montezuma, que as deixavam longe de zombadores e abusos.

O zoológico foi construído com a finalidade de abrigar animais sagrados. Um dos  motivos que seus residentes eram tão bem cuidados. Na ‘Casa das Pessoas’, os habitantes que ali estavam recebiam cuidados e eram “pagos”. O local não era exclusivamente para exibição. Em 13 de agosto de 1521 o zoológico foi queimado e destruído pelos espanhóis, junto com o resto da cidade de Tenóchtitlan. Hoje o local é conhecido como cidade do México.

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