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Como essas auroras rosas se formaram?

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As auroras boreais são um fenômeno causado pelo choque do plasma solar com partículas da atmosfera, após o contato com o campo magnético da Terra. No hemisfério Norte, chama-se Aurora Boreal, e no hemisfério Sul, Aurora Austral.

O nome “aurora” e “borealis” veio dos gregos, que pensavam que as luzes que estavam no céu eram a deusa da aurora andando em sua carruagem no céu. Outros povos também tinham suas crenças sobre o que esse fenômeno natural era.

As vistas na Finlândia são as mais conhecidas, mas isso não quer dizer que elas sejam as únicas, ou então que as auroras só se formem de uma maneira. Por exemplo, várias auroras rosas extremamente raras foram vistas no céu noturno acima da Noruega.

Auroras rosas

USA today

Esse fenômeno aconteceu depois que uma tempestade solar atingiu a Terra e abriu um buraco no campo magnético do planeta. Foi esse buraco que deu às partículas solares altamente energéticas a possibilidade de entrarem mais profundamente do que o normal na atmosfera do nosso planeta e resultarem nessas luzes coloridas fora do comum.

Esse show de luzes impressionante foi visto no começo de novembro por um grupo de turismo liderado por Markus Varik, um guia turístico da Groenlândia de uma empresa perto de Tromsø na Noruega.

De acordo com Varik, essas auroras apareceram por volta das 18h no horário local e duraram aproximadamente dois minutos. “Essas foram as auroras rosa mais fortes que vi em mais de uma década de turnês importantes. Foi uma experiência única”, disse ele.

As auroras rosas surgiram depois do aparecimento de uma pequena rachadura na magnetosfera, que é um campo magnético invisível em volta do nosso planeta que é gerado pelo núcleo de metal fluido da Terra. Essa violação foi detectada pelos cientistas depois que uma pequena tempestade solar de classe G-1 atingiu a Terra no dia três de novembro.

Motivo

Hot hardware

Normalmente, as auroras são verdes. Isso acontece porque os átomos de oxigênio, que são abundantes na parte da atmosfera que o vento solar normalmente atinge, emitem esse tom quando são excitados. Contudo, na tempestade solar que aconteceu mais recentemente, a rachadura na magnetosfera do planeta permitiu que o vento solar penetrasse abaixo do normal, indo onde o gás mais abundante é o nitrogênio. Como resultado, as auroras tiveram uma luz rosa neon. A cor foi resultado do choque das partículas supercarregadas contra os átomos de nitrogênio.

“A rachadura na magnetosfera da Terra também ajudou a gerar fortes auroras verdes durante a noite”, disse Varik.

Depois de seis horas, esse buraco na magnetosfera se fechou. De acordo com o Spaceweather.com, nesse tempo, uma estranha faixa de luz azul também surgiu nos céus da Suécia, onde ficou imóvel no céu por cerca de 30 minutos.

Ainda de acordo com o site, os especialistas não têm certeza se esse fenômeno fora do comum foi algum tipo de aurora que nunca se viu antes causado pelo buraco na magnetosfera, ou então se foi alguma outra coisa. Uma das hipóteses, dada por um especialista, foi a de que a faixa de luz poderia ser composta de combustível congelado de um foguete russo. Contudo, nenhum foguete foi visto na área.

Sons

Socientifica

As auroras intrigam os observadores há séculos. Isso porque sempre teve uma pergunta no ar: as exibições de luz verde e carmesim da aurora boreal produzem algum som perceptível?

Geralmente, as auroras acontecem perto dos polos terrestres. Nessa região, o campo magnético é mais forte. Contudo, relatos de auroras fazendo barulhos são bem raros. Além disso, os cientistas, historicamente, os rejeitam.

Um estudo finlandês feito em 2016 disse ter confirmado que as auroras realmente produzem sons audíveis ao ouvido humano. Tanto é que uma gravação feita pelos pesquisadores desse estudo mostrou a captação do som feito pelas luzes das auroras 70 metros acima do nível do solo.

Mesmo com a gravação feita, o mecanismo por trás do som ainda é um tanto quanto misterioso, da mesma forma que as condições que devem ser necessárias para que o som das auroras seja ouvido.

O estudo mais recente analisou relatos históricos de sons aurorais para entender os métodos de investigação desse fenômeno e o processo de estabelecer se os sons relatados eram objetivos, ilusórios ou imaginários.

O som produzido por auroras foi um assunto de debate bem movimentado nas primeiras décadas do século XX. Nessa época, relatos de assentamentos em latitudes ao norte relataram que o som às vezes acompanhava as luzes vistas no céu.

Além disso, testemunhas falaram a respeito de um ruído silencioso, quase imperceptível, durante as exibições particularmente violentas da aurora boreal.

Contudo, a comunidade científica não se convenceu muito desses relatos. Principalmente levando em consideração que bem poucos exploradores ocidentais disseram ter ouvido esses ruídos.

Nessa época, a credibilidade dos ruídos estava totalmente relacionada com as medições de altitude das luzes do norte. Considerava-se que somente as que descessem baixo na atmosfera conseguiriam ser ouvidas pelos humanos.

Então, Clarence Chant sugeriu a resposta para o mistério, pela primeira vez, em 1923. Esse astrônomo canadense disse que o movimento das luzes do norte altera o campo magnético da Terra, o que, por sua vez, induz mudanças na eletrificação da atmosfera, mesmo a uma distância significativa.

Como resultado, essa eletrificação produz um som bem mais perto da superfície do nosso planeta quando encontra objetos no solo. O som é bem parecido com o da estática.

Fonte: Live science, BBC

Imagens: USA today, Hot hardware, Socientifica

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