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Como o programa “Linha Direta” ajudou a polícia a encontrar criminosos

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Em 1999, o programa Linha Direta estreou na TV Globo nas noites de terça-feira. A atração contava com reconstituição com atores e entrevistas com testemunhas, histórias relacionadas a crimes e tragédias.

Apresentado por Marcelo Rezende durante a primeira fase e, posteriormente, por Domingos Meirelles, o programa Linha Direta cobria desde fatos marcantes relacionados a acidentes, como os problemas com a radiação de Césio-137 em Goiás, até episódios em que afirmavam estar relacionados com o sobrenatural, como o Edifício Joelma, em São Paulo.

No entanto, o principal foco do programa eram crimes, como estupro, sequestro e assassinato. Nos episódios relacionados a esses tópicos, eram apresentados até mesmo casos que não tiveram tanta repercussão na mídia, mas que ainda chocavam os espectadores devido à crueldade ou à riqueza de detalhes.

Além disso, o Linha Direta também apresentava casos em que a investigação não havia sido concluída, explicando o acontecimento com base em depoimentos policiais. 

Outra característica do programa é que costumava ser divulgada a imagem do procurado pelo crime. Dessa forma, o espectador podia contribuir com a resolução do caso criminal. 

Ajuda às autoridades

Foto: Divulgação / TV Globo

De acordo com o portal de jornalismo da TV Globo, repercutido pelo site Aventuras na História, a divulgação dos rostos de acusados ajudou a solucionar investigações policiais em todo o país. Com os casos relatados no Linha Direta, aproximadamente 380 criminosos foram localizados pelas autoridades policiais.

Por causa da importância das descobertas de criminosos no Linha Direta ao longo dos anos de transmissão, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) concedeu à TV Globo a medalha Tiradentes, em fevereiro de 2003.

Essa honraria do governo enaltece a relevância de prestadores de serviços que auxiliaram a causa pública.

Além disso, o programa recebeu até mesmo uma sessão solene no plenário. O ato foi justificado devido ao “reconhecimento aos méritos do programa”. A atração foi transmitida pela Globo até 2007.

Os casos mais chocantes do programa Linha Direta

Como citado acima, o programa Linha Direta apresentou diversos casos chocantes que aconteceram em todo o Brasil. Veja abaixo a lista dos três mais impactantes.

1. Edifício Joelma

Foto: Wikimedia Commons

O prédio localizado no centro de São Paulo, que atualmente, se chama Edifício Praça da Bandeira, teve seu nome alterado logo depois do incêndio que matou 191 pessoas e deixou 300 feridas.

De acordo com o apresentado no Linha Direta, muita superstição rodeia o incêndio que começou após um curto circuito em um ar-condicionado. 

Algumas pessoas relatam eventos sobrenaturais após o incêndio, como, por exemplo, os cadáveres terem desaparecido das fotos que a perícia tirou depois do ocorrido.

Além disso, também foi apontado que o edifício poderia ter sido amaldiçoado por algumas tragédias que aconteceram no local. Entre elas está o fato dele ter sido construído no local onde era um pelourinho e o caso de um homem que assassinou mãe e irmãs no mesmo prédio.

2. Bandido da Luz Vermelha

Foto: Reprodução/ Aventuras na Históri

Outro caso que chamou a atenção no Linha Direta foi o de João Acácio Pereira da Costa, mais conhecido como o Bandido da Luz Vermelha. Esse criminoso, que aterrorizou a elite paulistana na década de 60, ganhou o apelido por usar uma lanterna vermelha para amedrontar as vítimas.

No julgamento, foi descoberto que Acácio foi abandonado pela família e precisou aprender a viver usando o roubo e o furto.

De acordo com o repercutido no Linha Direta, o criminoso teria ido à capital paulista justamente com o objetivo de assaltar residências da classe alta da cidade, que já não se sentia mais tão protegida por causa do crescimento imobiliário que mudou a zona nobre da cidade.

3. Césio 137

Foto: Divulgação/ Aventuras na História

No ano de 1987, dois catadores de lixo em Goiânia iniciaram o que foi considerado o maior acidente radioativo já registrado no Brasil, e o terceiro com o maior número de vítimas, atrás somente de dois que aconteceram na União Soviética (um deles sendo Chernobyl).

A contaminação começou logo após dois catadores abrirem um aparelho radiológico de um hospital desativado que não descartou adequadamente o material.

De acordo com o Linha Direta, antes do governo tomar uma ação preventiva, o césio 137 afetou aproximadamente 1.600 pessoas que entraram em contato com o material e levou à morte outros 104 indivíduos.

Fonte: Aventuras na História

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