História

Fatos curiosos sobre Chernobyl

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No dia 26 de abril de 1986, um dos reatores da Usina Nuclear Chernobyl, na Ucrânia, explodiu. O incêndio liberou uma nuvem radioativa que atingiu países distantes como a Itália e a Finlândia. Por causa da explosão, a cidade de Pripyat foi evacuada, e a zona de exclusão permanece até hoje.

O acidente foi provocado por causa de uma falha humana. Na ocasião, os operadores do reator descumpriram vários protocolos de segurança, gerando uma explosão no reator 4 da usina de Chernobyl. 

A estimativa é de que a região ficará inabitável por volta de 24 mil anos, mesmo com vida selvagem próspera.

Veja abaixo algumas curiosidades sobre Chernobyl.

Zona de Exclusão de Chernobyl

Foto: Volodymyr Tarasov / Ukrinform / Barcroft Media via Getty Images

No dia 2 de maio de 1986, uma comissão soviética declarou oficialmente uma área de acesso proibido ao redor do desastre, a Zona de Exclusão de Chernobyl. 

A região é uma área de aproximadamente 2.700 quilômetros quadrados em torno do raio de 30 km da usina. Como a área foi considerada o ambiente mais severamente radioativo, ela foi isolada de qualquer pessoa, exceto funcionários do governo e cientistas, segundo o Departamento de Energia dos EUA.

Em 27 de abril, um dia depois da explosão, as autoridades já haviam evacuado a cidade vizinha de Pripyat. No entanto, apenas no mês de maio novas ordens foram dadas para evacuar todos que permaneceram dentro da zona de exclusão. 

Nos meses seguintes, aproximadamente 116.000 pessoas foram realocadas de dentro da zona de exclusão. Este número continuou aumentando, atingindo cerca de 200.000 pessoas antes do fim da evacuação, conforme a Agência Internacional de Energia Atômica.

De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, durante o primeiro ano de sua existência, a zona de exclusão de 30 km foi dividida em três regiões distintas: a zona de exclusão interna, a zona de evacuação temporária e a zona de monitoramento rigoroso.

A região, que fica perto da fronteira norte da Ucrânia com a Bielorrússia, continua tendo moradores que conseguiram sobreviver à tragédia e que se recusaram a deixar a região. 

Vida selvagem

Foto: Reprodução

Após serem espalhadas as notícias sobre o acidente, a região foi evacuada. Porém, a vida selvagem permaneceu e se adaptou às novas condições ambientais.

De acordo com um estudo publicado em 2015, o número de alces, veados e javalis que vivem em Chernobyl é parecido com a quantidade de animais que vivem em reservas naturais próximas ao local.

O estudo ainda apontou que o número de lobos que vivem na região contaminada é sete vezes maior do que a espécie que vive em reservas vizinhas. Porém, a pesquisa destaca que a vida selvagem em Chernobyl é inferior ao encontrado nas demais áreas protegidas da Europa.

Vodka de Chernobyl

Foto: Divulgação

Outro fato surpreendente sobre Chernobyl é que cientistas britânicos desenvolveram uma vodka produzida com fruta da zona de exclusão.

A pesquisa foi iniciada em 2019, por cientistas da Universidade de Portsmouth, na Inglaterra. A vodka “atômica” foi desenvolvida com maçãs cultivadas na zona radioativa da usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia.

Os cientistas produziram 1,5 mil garrafas do destilado “ATOMIK”. No entanto, elas foram apreendidas na cidade de Kiev, capital da Ucrânia, durante uma abordagem dos Serviços de Segurança Ucranianos (SBU), no ano de 2021.

De acordo com as autoridades, o lote despachado pela destilaria Chernobyl Spirit Company estava prestes a embarcar até o Reino Unido com selos fiscais ucranianos falsos e por causa disso o produto foi interditado. Na época, o fabricante negou a acusação, já que as garrafas eram para o mercado do Reino Unido e estavam rotuladas com selos fiscais válidos do Reino Unido.

A empresa declarou que os cientistas da equipe demonstraram que os produtos radioativos poderiam ser destilados ao ponto de serem seguros e terem níveis de radioatividade abaixo dos de Chernobyl.

“A radiação encontrada é a Carbono-14 natural, presente no mesmo nível que se espera em qualquer bebida destilada”, disse Jim Smith, fundador da The Chernobyl Spirit Company, em entrevista ao The Guardian, em 2019. 

O destilado tem uma proposta nobre, cerca de 75% dos lucros da fabricante serão usados ​​”para ajudar a trazer empregos e investimentos para as áreas afetadas” pela explosão nuclear na Ucrânia, e “para apoiar ainda mais a comunidade”.

Fonte: Exame, Universo Racionalista, Aventuras na História

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