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Veja como está o local do Césio 137 após 35 anos do acidente

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No dia 13 de setembro de 1987 aconteceu o maior acidente nuclear do mundo ocorrido fora de uma usina. Esse foi o caso do Césio 137 que aconteceu em Goiânia, capital do estado de Goiás. Nesse caso, houve várias vítimas. Além, é claro, de um transtorno imensurável para inúmeras famílias.

O acidente aconteceu quando dois catadores de papel encontraram um aparelho de radioterapia do Instituto Goiano de Radioterapia. Eles tiveram a infeliz ideia de levar a máquina para casa, mas não tinham noção do perigo que estavam correndo. Depois de tirarem algumas peças, eles venderam o resto da máquina para Devair Alves Ferreira, dono de um ferro-velho.

Por sua vez, Devair desmontou a máquina e ficou exposto a 19,26 g de cloreto de césio-137 (CsCl). No caso, a substância era um pó branco que brilhava no escuro com uma coloração azul.

Césio 137

Defesa net

Encantando com o brilho, ele resolveu mostrar para toda sua família, amigos e até vizinhos. Durante quatro dias, Devair e outras pessoas ficaram expostos à radiação do césio-137 e o equipamento de radioterapia foi levado para outro estabelecimento do ramo. Depois disso, a radiação foi se espalhando cada vez mais.

Depois do primeiro contato com o material, os dois catadores de papel começaram a apresentar sintomas da radiação, como tonturas, náuseas e vômitos. Depois, Devair, sua esposa, Maria Gabriela Ferreira, e outros membros de sua família também começaram a ter alguns sintomas.

Na época, um grande número de pessoas procurou farmácias. Contudo, ninguém sabia o que estava acontecendo, por conta disso, várias pessoas foram medicadas como portadoras de doenças contagiosas.

Ademais, a falta de entendimento das pessoas também gerou uma onda de preconceito com a cidade inteira. Embora já tenha se passado todo esse tempo, Goiânia ainda mantém as marcas do Césio 137. Elas são não apenas simbólicas, mas também físicas.

Locais

Metrópoles

Elas podem ser vistas nos lugares mais tingidos pelo Césio 137. Dois desses lugares são lotes que ficam na região central da capital. A priori, para quem não sabe da história do acidente, os terrenos parecem lotes baldios normais.

Contudo, por trás do concreto reforçado isolando o espaço existe uma tragédia triste e cheia de mortes e sequelas que são enfrentadas até os dias atuais.

Um desses terrenos está na Rua 57, no centro. O local era a casa de Roberto, para onde ele e Wagner levaram o aparelho de cesioterapia. Por conta da exposição ao produto radioativo, justifica-se a demolição da casa. Além disso, todos os objetos e pertences da família foram recolhidos e o lote foi isolado com concreto especial.

Metrópoles

O cimento, adquirido pelo estado para evitar qualquer perfuração ou construção, é o mesmo que pode ser visto no terreno até hoje. Ademais, desde que o acidente foi identificado, o espaço é monitorado por técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Metrópoles

O mesmo é visto no segundo lote na Rua 26-A, atualmente também chamada de Rua Francisca da Costa Cunha, no Setor Aeroporto. Aqui era o ferro-velho e oficina de Devair Alves Ferreira, para quem os catadores venderam parte das peças contaminadas do aparelho de cesioterapia.

Metrópoles

Os terrenos ficam próximos um do outro e podem ser vistos por qualquer um que estiver em Goiânia e passar por eles. Mesmo 35 anos depois do acidente, eles são lembranças da tragédia que aconteceu na cidade e vitimou tantas pessoas.

Fonte: Metrópoles

Imagens: Metrópoles, Defesa net

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