Curiosidades

Como os mamutes desapareceram?

0

O menor mamute era do tamanho de um touro adulto, e o maior chegava a 5 metros de altura e 15 toneladas, aproximadamente quatro vezes maior que um elefante. Eles podiam comer 70 quilos de vegetais por dia e alguns viviam até os 80 anos.

Surgidos no norte da África há 4 milhões de anos, os mamutes se espalharam pela Europa e Ásia e logo depois para América, onde se tornou o principal animal de grande porte durante a Idade do Gelo (de 1,8 milhão a 10 mil anos atrás). No entanto, após isso, eles foram extintos.

O enigma do desaparecimento gerou muitas polêmicas ao longo das décadas. A teoria de maior força durante muito tempo é a de que o homem foi o responsável pelo sumiço desses animais. Ela foi desenvolvida em 1960 com o professor Paul Martin, da Universidade do Arizona.

Essa tese tem a seu favor as datas entre a chegada do homem às Américas e o desaparecimento dos mamutes.

Além disso, Martin encontrou restos de lanças em fósseis de mamutes no sul dos Estados Unidos, demonstrando que esses mamíferos foram vítimas da predação excessiva. 

O problema do clima

Foto de Ilustração: Beth Zaiken, Centre For Palaeogenetics

Essa teoria foi a mais aceita até o começo século 21, quando Donald Grayson, da Universidade de Washington, e David Meltzer, da Universidade Metodista do Sul, revisitaram os sítios investigados pelo professor Martin.

Entre os 76 locais visitados, os arqueólogos encontraram sinais de matança de mamutes em 14. Os dois consideraram esse número baixo demais para determinar que o homem foi o culpado pela extinção.

De acordo com eles, o culpado foi o clima. Um período de temperaturas mais altas, no fim da Idade do Gelo, teria adensado a vegetação que esses animais comiam.

Acostumados à relva rasteira, os mamutes, mastodontes e preguiças gigantes não se adaptaram a florestas densas e árvores altas.

Depois deles, Gary Haynes, arqueólogo da Universidade de Nevada, misturou as duas teorias.

Para Heynes, os homens deram um golpe final em um período em que o clima não era favorável aos amantes. “É certo que alterações climáticas do fim da Era do Gelo limitaram a oferta de alimentos. Mas, se o ser humano não houvesse chegado à América do Norte, a maioria dos grandes mamíferos teria superado essas mudanças e sobrevivido até a colonização europeia, no século 15”, disse Haynes.

Mistério sem fim

Foto: Divulgação/ Pixabay/ hummelmose

Um estudo recente, que detalhou o ecossistema do Ártico nos últimos 50 mil anos, aponta que a causa da extinção de mamutes foi realmente devido à mudança climática, e não de caçadores humanos.

A pesquisa publicada na revista Nature aponta que o ambiente em que viviam os mamutes, conhecido como Mammoth Steppe, era frio, seco e em uma região complexa, com diversas vegetações composta por gramíneas, uma planta similar à grama, plantas com flores e arbustos.

Os geneticistas da Universidade de Cambridge e da Universidade de Copenhague, envolvidos no trabalho, sequenciaram o DNA ambiental antigo. Com isso, eles concluíram que, quando o gelo recuou logo depois da última era glacial, uma rápida transformação do clima tornou o ambiente muito úmido para conseguir manter o nível de vegetação que os mamutes precisavam para sobreviver.

“Nós mostramos que as mudanças climáticas, especificamente a precipitação, impulsionaram diretamente a mudança na vegetação. Os humanos não tiveram nenhum impacto sobre eles com base em nossos modelos”, disse um dos autores do estudo, Yucheng Wang, associado do Departamento de Zoologia de Cambridge.

No entanto, para Tori Herridge, do Museu de História Natural de Londres, é preciso realizar mais estudos sobre a presença de caçadores na região, para que qualquer interferência humana no desaparecimento dos mamutes seja descartada.

Fonte: Aventuras na História

Esse é o forte relato de um desertor russo

Artigo anterior

Entenda a Síndrome de Munchaüsen, o transtorno da personagem de Jade Picon

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido