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Como os nossos ossos quebrados se regeneram?

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corpo humano é uma verdadeira máquina. Cada pedacinho de nós está interligado, garantindo todo o bom funcionamento, que nos permite viver e caminhar sobre a Terra. São muitos quilômetros de vasos sanguíneos, milhões de pelos e células, em que cada um exerce uma função específica, para nos manter protegidos e vivos, e vários ossos que nos sustentam.

Contudo, por mais que o corpo funcione perfeitamente, às vezes acontecem algumas falhas. Sejam elas no próprio organismo ou então provocadas por nós mesmos, como por exemplo, quando caímos, nos machucamos e acabamos fraturando ou quebrando nossos próprios ossos.

Nesse ínterim, a máquina que é o nosso corpo entra em ação para que os ossos quebrados possam se regenerar e voltarem ao seu normal. Mas você já se perguntou como nossos ossos se regeneram?

Ossos quebrados

Superinteressante

Primeiro, quando algum dos ossos se quebra, os vasos sanguíneos em seu interior se rompem. Com isso, começa um sangramento que forma um coágulo, o que faz com o local se inflame. Porém, em 24 horas as extremidades dos vasos que se romperam são vedadas e a hemorragia feita é estancada quase que por completo.

Depois que isso acontece, o local fica cheio de pedacinhos do osso quebrado e também de tecidos mortos. Essas duas coisas são removidas pelas células chamadas osteoclastos. Tal processo pode levar algumas semanas, dependendo do tamanho do rompimento dos ossos.

Além dessas células, já desde as primeiras horas depois do acidente, os angioblastos entram em ação. Eles são células responsáveis pela formação dos vasos sanguíneos e são as que darão origem a novos vasos dentro dos ossos. Elas também irão reparar os vasos que se romperam na fratura.

Reconstituição

Medicina ortopédica

Enquanto isso, a medula óssea começa a se regenerar. Ela fica dentro do canal medular do osso, que vai se preenchendo com novas células.

Agora, a reconstituição dos ossos acontece, propriamente dita, a partir de duas membranas vascularizadas. São elas o periósteo e o endósteo. O primeiro envolve por completo os ossos, enquanto o segundo é uma camada mais fina que os reveste internamente.

Essas duas membranas têm a capacidade de produzir os osteoblastos, que vão originar o tecido ósseo. Tanto que, um ou dias depois da fratura os osteoblastos começam a invadir tanto dentro quanto na superfície do coágulo.

Assim, a presença dos osteoblastos resulta no calo ósseo, visto tanto externa como internamente. Então, o coágulo vai diminuindo porque as células que o formaram vão sendo “devoradas” pelos osteoblastos.

Finalização

Mauro Zyman

Depois de duas semanas, esse calo consegue juntar as extremidades dos ossos quebrados com a parte intacta deles e em seis semanas a fissura desaparece.

Entretanto, a consolidação, momento em que acontece a calcificação do osso, pode demorar meses. A etapa final e mais longa é a remodelagem. Ela pode levar até 10 anos. Nessa etapa, os osteoblastos “lixam” a superfície do osso para diminuir o calo.

Como resultado desse processo, o local que poderia ser mais suscetível a outra fratura volta a ter a mesma resistência que tinha antes.

Um fator interessante é que os ossos são um dos poucos órgãos que conseguem se regenerar por conta própria. Mas é claro que eles terem uma ajuda não é de todo mal. Nesse ponto que os médicos interveem para que os ossos se colem na posição correta com a ajuda do gesso, ou canos de metal.

Fonte: Superinteressante

Imagens: Medicina ortopédica, Mauro Zyman

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