Como surgiu o cartão de crédito?

O cartão de crédito é seu amigo ou seu inimigo? Atualmente, essa forma de pagamento se popularizou no mundo todo. Afinal, ele permite que você pague a compra depois.

Nesse sentido, enquanto você pensa na fatura do mês, voltaremos no tempo e entenderemos como o cartão de crédito surgiu. Aqui, o interessante é perceber como as pessoas combinavam entre si para que o pagamento realmente se efetivasse. Bora lá?

Um jantar em aberto

A princípio, o cartão de crédito não é uma grande inovação por dar a chance do cliente pagar depois. Conhece a expressão “pagar fiado”? Pois é, no início do século 20, alguns comerciantes já abriam notinhas para os seus clientes mais fiéis. Esse sistema funciona até hoje, porém, o cartão de crédito institucionalizou o “quando eu tiver dinheiro, eu pago”.

Fonte: Divulgação

Durante os anos de 1950, o empresário americano Frank MacNamara saiu para jantar com seus amigos. Após se saciarem, perceberam que nenhum deles tinha dinheiro ou talão de cheque. Essas eram as únicas formas de pagamento da época, logo, foi necessário criatividade para que Frank conseguisse sair do restaurante.

Por isso, o empreendedor assinou uma garantia de que iria pagar a refeição no outro dia. Idealista que era, Frank viu nesse episódio uma ideia: criar um cartão para que as pessoas comprassem sem pagar imediatamente. Como resultado disso, surgiu o Diners Club Card, tocado pelo empresário juntamente com o advogado Ralph Schneider.

De início, o papelzinho era aceito em apenas 27 restaurante e tinha como adeptos pessoas do mundo executivo. Basicamente, de um lado do cartão estava gravado o nome do cliente, enquanto que do outro, era possível ver o nome do estabelecimento que o aceitava.

Dessa forma, os usuários não precisavam mais conhecer os donos dos restaurantes a anos. Bastava apresentar o cartão como garantia de que alguém cobriria o rombo que ele estava deixando, que no caso seria a Diners Club Card.

Com o decorrer dos anos, a nova empreitada de Frank se expandiu mundialmente. Agora, o sistema de pagamento tinha filiais em Hong Kong, Japão e Brasil. Aqui, o empresário tcheco Hanus Tauber abriu uma unidade da Diners Club Card em 1954.

Fonte: Mundo das Marcas

Bancos e máquina de carbono

A inovadora forma de pagamento de Franklin chamou a atenção dos bancos. Portanto, em 1966, o Bank American lança o Bank Americard, que se popularizou a todo vapor. Em síntese, ele era aceito em 12 milhões de estabelecimentos.

Consequentemente, a aceitação do cartão de crédito teve que vir acompanhada dos sistemas de leitura dele. Nos dias atuais, podemos pagar nossas compras até mesmo aproximando o plástico, porém, essa técnica é apenas uma bisneta da máquina de carbono.

Com surgimento na década de 70, essa tecnologia imprimia em um registro tanto os dados do cliente quanto os dados do comércio. Em seguida, o comprador assinava o comprovante da transação, o qual se dirigia para o banco.

Com essas informações em mãos, a instituição bancária repassava o dinheiro para os comerciantes. Como não existe almoço grátis, o cliente teria que pagar a mesma conta ao banco em algum dia do mês, dessa vez com taxas e juros.

Fonte: NuCommunity

Era da internet

Posteriormente, a internet entrou no meio desse sistema de pagamento juntamente com a leitura de chip. Com isso, as transações ficaram mais práticas, o que permitiu a adesão ao cartão de créditos nos níveis que conhecemos hoje.

A propósito, o cartão de crédito no Brasil movimentou cerca de 1,6 trilhão de reais no ano passado. Além disso, hoje também temos o cartão de débito. Este permite que o indivíduo leve o dinheiro guardado em conta até o estabelecimento em que ele se encontra. Dessa forma, o pagamento é feito sem necessitar de uma ida ao banco para sacar dinheiro.

Bom, acredito que nem Franklin MacNamara imaginou a proporção que sua invenção tomaria. Se o problema na época foi a falta de cheque ou dinheiro, hoje o cartão de crédito faz esses dois métodos serem cada vez menos usados.

Fonte: Olhar Digital, Museu do Cartão