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Como funcionam as “superprivadas” do Japão?

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Os vasos sanitários do Japão são muito diferentes daqueles que se vê no Brasil. Por conta disso, turistas podem ficar confusos e acabar apertando botões com funções diferentes daquelas que gostariam. Prova disso é a confusão que os atletas brasileiros enfrentaram durante as Olimpíadas de Tóquio, já que tiveram que se adaptar com um sistema de vaso sanitário que nunca haviam visto anteriormente. 

É comum que os vasos sanitários japoneses tenham diversas ferramentas eletrônicas, controladas por um controle cheio de botões. No país, a tecnologia já se espalha por mais de 80% das casas e está, inclusive, em muitos banheiros públicos. A principal função presente na maioria dos vasos sanitários tecnológicos da Ásia é o bidê embutido.

O pequeno cano, que tem mais ou menos o tamanho e a espessura de uma caneta, libera água para limpar a região íntima. A temperatura e a pressão da água podem ser controladas. Ao apertar os botões, rapidamente a água se torna mais quente ou fria. Esse processo é possível por conta de um mecanismo embutido dentro do vaso sanitário. 

vaso sanitário

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Além disso, existem medições que analisam a direção do jato de água para limpar diferentes regiões masculinas e femininas. Após o processo, um jato de ar sai pelo mesmo cano para secar a região íntima. A intensidade desse jato de ar também pode ser controlada por botões. Uma curiosidade a respeito da cultura asiática é que, normalmente, não se usa papel higiênico, uma vez que o próprio vaso já realiza a limpeza das regiões íntimas.

Um ponto importante é que, quando o papel higiênico é usado, deve ser descartado dentro do próprio vaso. Na Ásia, as privadas são projetadas para isso, já que não há costume de deixar o papel usado em uma lixeira. Elas, por sua vez, existem e são destinadas ao descarte de outros objetos, como absorventes.

Mas não para por aí. A temperatura do assento também pode ser controlada na maioria dos modelos de vaso sanitário tecnológico. Dessa forma, em dias frios é possível sentar no vaso já aquecido. Um outro ponto de destaque nos sanitários asiáticos é o sensor de proximidade, que faz a tampa e o assento levantar ou abaixar automaticamente. Essa, no entanto, não é uma tecnologia exclusiva dos asiáticos e já pode ser encontrada em alguns modelos de privadas brasileiras. 

É importante salientar que todas as funções ativadas podem ser interrompidas por um único botão, que sinaliza “pare”, em japonês. Nesses banheiros modernos também é comum a descarga ser acionada através de um sensor. Basta apenas aproximar a mão ao sensor que ele aciona a descarga automaticamente.

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Recentemente, foram incorporadas figuras nos botões dos vasos sanitários para facilitar a vida daqueles que não dominam as línguas estrangeiras e que ficavam completamente perdidos ao utilizar o banheiro em alguma cidade asiática. Essa adaptação, no entanto, ainda não é presente em todos os modelos de privadas tecnológicas e, sendo assim, é possível que um viajante ainda se depare com diversos botões com dizeres em japonês. 

Vasos que medem o açúcar do sangue

Não existe só um modelo de vaso sanitário tecnológico. Atualmente, diversas empresas vendem a famosa privada. A mais famosa é a japonesa Toto, que fabrica o vaso Washlet. Um modelo recente feito em parceria com uma construtora inclui um sistema construído no chão do banheiro capaz de analisar o nível de açúcar no sangue e a pressão sanguínea, além de oferecer análise da urina e acesso ao médico do usuário.

Os modelos mais modernos passaram a ser equipados com um revestimento feito de nanotecnologia para evitar que manchas ou dejetos grudem no interior. Alguns dos produtos mais recentes chegam até a eletrolisar parcialmente a água que sai da descarga, o que contribui para o branqueamento das manchas da urina no sanitário.

A privada no chão

Apesar da tecnologia incrível presente nos vasos sanitários descritos acima, no Japão é comum que se tenha vasos sanitários embutidos no chão. Ou seja, não há lugar para sentar e quem for usá-los deve ficar de cócoras. Apesar de parecer desconfortável, a posição permite que nenhuma parte do corpo fique em contato com o vaso, o que se torna mais higiênico.

vaso sanitário

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Diferentemente da cultura brasileira, para os japoneses ficar de cócoras não é difícil ou desconfortável. Eles possuem o costume de permanecer nessa posição para comer quando estão na rua ou para falar ao telefone, por exemplo. Sendo assim, a posição e, consequentemente, os vasos sanitários que exigem que se fique de cócoras são normais.

Curiosidades dos banheiros japoneses

Uma curiosidade do Japão a respeito dos banheiros é que, normalmente, não há pia no mesmo cômodo do vaso sanitário, assim como não há chuveiro. Como forma de economizar tempo e espaço, determinados estabelecimentos implementam pequenas pias em cima da caixa de água da descarga para que as pessoas lavem as mãos.

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Além disso, existe um tipo de banheiro inusitado no Japão: os banheiros masculinos sem portas e paredes. Geralmente eles ficam ao ar livre, em parques e estações de trem. Dessa forma, as pessoas que estão ao redor de fato veem os homens que ali estão presentes utilizando os mictórios. 

Alguns banheiros contam com uma função para disfarçar sons incômodos. Ao ser acionado, o “otohime”, como é chamado o aparelho destinado a isso, simula o som da descarga por cerca de 20 segundos. O apetrecho fica localizado em um painel, na parede ao lado do vaso sanitário.

Um outro botão vermelho, chamado de “yobidashi”, também fica localizado em um painel. Ele é destinado para emergências e, caso a pessoa esteja passando mal e precise de ajuda, basta acioná-lo que alguém aparecerá.

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