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O refrigerante diet faz mais espuma?

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Ao abrir uma lata de refrigerante, ouvimos o som satisfatório do gás. A bebida gaseificada é produzida por diversas marcas em uma variedade imensa de sabores. Contudo, o que chama a atenção é o fato de que alguns refrigerantes fazem mais espuma que os demais, especificamente, os do tipo diet.

Por que o refrigerante diet faz mais espuma?

Yvan Dub

Para responder essa questão, é simples: o refrigerante diet não tem açúcar. Considerando que nos refrigerantes normais o açúcar contribui para o aumento da densidade da bebida, o ingrediente altera a forma que o gás carbônico reage.

Sendo assim, a presença do açúcar deixa o líquido mais viscoso. “Por ser mais denso, o refrigerante normal retém a expansão do gás carbônico, o CO2, responsável pelas bolhas”, explica o engenheiro químico Orlando de Araújo, da Ambev, que é fabricante do Guaraná Antártica.

No caso do refrigerante diet, que não possui açúcar na fórmula, as bolhas possuem mais liberdade para se movimentar e expandir. Portanto, como o líquido não é denso o suficiente para segurar a explosão do gás ao abrir a lata ou garrafa, temos mais espuma.

Isso também acontece com outros líquidos de densidades diferentes, como a água e óleo. Para testar a diferença, basta agitar uma garrafa de óleo e uma garrafa de água. No primeiro caso, é possível observar como as bolhas demoram a subir para a superfície. No segundo, elas sobem rapidamente por causa da densidade que é bem mais baixa em comparação com o óleo.

Para aqueles que querem evitar açúcar, a opção é engolir mais espuma e lidar com os arrotos. Isso porque uma latinha de guaraná normal possui cerca de 143 calorias. Enquanto isso, a versão diet possui apenas 1,5 caloria.

Origem do refrigerante

Atualmente, são poucas as pessoas que gostam de consumir refrigerante sem gás. Isso é uma grande diferença com o produto original, que era fabricado sem gás no século 17.

Dessa forma, o primeiro refrigerante era vendido pela empresa francesa Limonadiers, em Paris. Ele era feito com água, suco de limão e mel. Somente a partir de 1772, quando o cientista inglês Jospeh Priestly iniciou suas experiências com gaseificação de líquidos, que o refrigerante adquiriu bolhas.

Até a Coca-Cola não possuía gás em sua forma original. Criada nos Estados Unidos em 1886, o farmacêutico John Pemberton criou um xarope que era indicado para tratar dores e revitalizar o consumidor. Sendo assim, com o tempo, o produto começou a ser diluído em água carbonatada, que é água com gás.

Já os refrigerantes diet surgiram vários anos depois, na década de 1950. Era o No-Cal Beverage, o primeiro refrigerante diet. Produzido por Kirsch, ele tinha gosto de gengibre. Assim, em 1963, a Coca-Cola lançou seu primeiro refrigerante diet chamado Tab. Porém, após circulação por quase 60 anos, ele foi retirado das prateleiras em 2020.

Origem do Guaraná

Reprodução

O Guaraná Antártica está entre os refrigerantes mais consumidos no Brasil, perdendo somente para os de sabor cola. Com isso, tudo começou em 1921, quando a cervejaria Antártica buscava um produto para ganhar o público feminino e infantil.

Dessa forma, nesse processo de desenvolver um produto inédito, o químico industrial Pedro Baptista de Andrade iniciou seus experimentos com um fruto amazônico com um sabor marcante e amargo: o guaraná.

Até então, o guaraná era consumido em pó e misturado junto ao suco de frutas. Assim, com os experimentos de Andrade, o químico conseguiu suavizar o gosto do extrato, o que serviu de base para criação de um refrigerante com uma identidade mais natural, por ser derivado de uma fruta.

Além do sabor inédito, a empresa criou uma estratégia de nomear o produto como espumante, visto que ele possui bolhas e se assemelha à bebida alcóolica da elite. Assim nasceu o Guaraná Champagne.

Com o tempo, a empresa optou por retirar o Champagne do nome do produto. Porém, o diferencial de ser uma bebida produzida no Brasil e com um produto brasileiro é mantido até hoje para conquistar o público.

Refri diet

No Brasil, os fabricantes de refrigerantes diet substituem o açúcar por uma mistura de dois adoçantes artificiais: a sacarina e o ciclomato. No entanto, órgãos reguladores dos Estados Unidos baniram o último em 1970 por suspeitas de que a substância tivesse agente cancerígenos.

Dessa forma, cientistas realizaram mais estudos e concluíram que o ciclamato não estava relacionado aos casos de câncer. Logo, em 1984, liberaram a substância novamente para o consumo.

Fonte: Super Interessante

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