Um casal de idosos aposentados luta constantemente contra a desertificação do terreno em que habitam. Conforme revelou uma reportagem, publicada pelo portal de notícias Odditycentral, o casal, que há 19 anos planta mudas de árvores resistentes à seca na Região Autônoma da Mongólia, no Interior do Norte da China, conseguiu reflorestar centenas de hectares.
Tububatu, que, hoje, tem 70 anos, e sua esposa, Taoshengchagan, vivem em um vilarejo próximo a Badain Jaran, o terceiro maior deserto da China. Desde 2002, ano em que se aposentaram, ambos passam os dias lutando contra a desertificação. Hoje, após anos de batalha, é possível ver vida em um lugar que, para muitos, é considerado inóspito.
Outros residentes locais tentaram adquirir os mesmo hábitos que o casal usufruem hoje, mas, infelizmente, fracassaram. Mesmo tendo acompanhado a derrota dos moradores que tentaram dar um pouco de vida ao árido ambiente, Tububatu nunca desistiu, pois sabia que era capaz de fazer a diferença.
Vida em meio ao deserto
Tububatu começou a reflorestar o ambiente ao seu redor plantando apenas 50 mudas árvores. Com o tempo, percebeu que era necessário redobrar a quantidade para promover uma mudança mais significativa.
Com fé em si mesmo, determinação e com a ajuda de sua esposa, Tububatu seguiu com a pesada rotina – mas prazerosa. O fruto de seu esforço é visto de longe. Ali, onde havia apenas areia, pequenos arbustos secos e pedras, agora, há um pequeno oásis, que se estende por 266 hectares, cheios de dezenas de milhares de árvores que são altamente resistentes à seca.
Toda a mudança se deu graças às pensões que recebem do governo Chinês. O que antes era uma pequena área arborizada, hoje é uma floresta, que, diariamente, segue em expansão.
Embora haja predominantemente a presença de espécies principalmente resistentes à seca, como, por exemplo, árvores sacsaoul (Haloxylon) e cistanche do deserto, Tububatu e Taoshengchagan se certificam de regá-las diariamente, garantindo, assim, que as plantas sigam prosperando.
A luta do casal
O casal é um dos poucos residentes que não migraram para a aldeia mais próxima, que fica a quase 100 quilômetros da cidade mais próxima. Ambos vivem só, sem os filhos, que se mudaram com a benção dos pais para um lugar, digamos, mais hospitaleiro.
Os residentes que ficaram no local, e que, curiosamente, fracassaram ao tentar reflorestar a área, ao invés de ajudar, empenharam esforços para ridicularizar os esforços do casal. Por terem sido vítimas do fracasso, os moradores, além de difamar o empenho de Tububatu e Taoshengchagan, fizeram questão de ficar apenas olhando para ambos tentarem cumprir a difícil missão.
Suportando diariamente incontáveis dificuldades, o casal, como dissemos no início da matéria, logrou, em 19 anos, reflorestar mais de 266 hectares sem vida. Tububatu e Taoshengchagan revelou ao portal de notícias Odditycentral que não têm planos de parar tão cedo.
Além de dar vida a um ambiente inospito, o casal, agora, usufrui dos benefícios da cistanche, uma planta medicinal popular cujo quilo é vendida por até 100 yuans (US$ 15,5). Segundo o China Daily, Tububatu e sua esposa já plantaram mais de 70.000 árvores. Ainda de acordo com China Daile, o casal, na empreitada, já gastou mais de 1 milhão de yuans (US$ 154.000).
A dura batalha contra o ariado ambiente, infelizmente, não trouxe apenas benefício. O casal, por conta dos esforços, hoje, têm que lidar com sérios problemas de saúde. De todas as formas, Tububatu e Taoshengchagan se sentem realizados. E a atitude de ambos renderam diversos prêmios. O casal, além disso, é inspiração para ambientalistas de todo o mundo.
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