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Coreia do Norte anuncia que não irá participar das Olimpíadas

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A Coreia do Norte deixou todos surpresos ao anunciar que não irá participar das Olimpíadas de Tóquio, prevista para começar no final de julho. A justificativa da nação se deu em torno da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus. O país, em comunicado emitido à imprensa, informou que prefere preservar a saúde de seus atletas.

Conforme revelou uma reportagem publicada pela CBS News, “essa é a primeira vez que a Coreia do Norte se recusou a participar de uma Olimpíada desde que boicotou os Jogos Olímpicos de Seul, em 1988”.

Cenário político

No início e durante boa parte da pandemia, a Coreia do Norte chegou a fechar suas fronteiras. O país, hoje, afirma estar completamente livre de qualquer risco iminente que o vírus possa acarretar. A declaração, de acordo com a reportagem da CBS News, não convenceu boa parte dos especialistas que lidam com o coronavírus atualmente.

A decisão da Coreia do Norte, além de ter surpreendido o mundo, intrigou o Japão. Após o Comitê Olímpico da Coreia do Norte informar que não enviaria equipes de atletas aos Jogos de Tóquio, o governo do país lamentou um certo desapontamento, pois, ao que parece, o momento era ideal para o regime de Kim Jong Un criar novos vínculos com o Japão e outras nações.

As relações diplomáticas do país com outros governos foram prejudicadas após a realização de testes com dois mísseis balísticos de curto alcance. Segundo expõe a reportagem da CBS News, “a diplomacia foi reativada depois que a Coréia do Norte participou das Olimpíadas de 2018, mas nos últimos anos as negociações entre Seul, Washington e Pyongyang não foram findáveis”.

Em entrevista à CBS News, Jeff Kingston, pesquisador da Temple University Japan, disse que a decisão da Coreiado Norte de não participar das Olimpíadas deste ano representa mais um revés para a diplomacia.

Estratégia ou preocupação?

“Acho que, por um lado, a Coreia do Norte está zombando da comunidade internacional, mas também quer chamar sua atenção”, disse Kingston. Independentemente de ser uma estratégia política ou não, o coronavírus segue causando feridas difíceis de serem curadas.

Por conta das catástrofes que diversos países ao redor do mundo estão lidando diariamente, o Comitê de Organização das Olimpíadas decidiu cancelar um evento teste de pólo aquático que estava marcado para este fim de semana. Além disso, por conta das restrições impostas para impedir uma maior transmissibilidade do vírus, a Federação Internacional de Natação anulou várias eliminatórias.

Mesmo diante de tais justificativas, especialistas políticos acreditam que o país, ao não participar das Olímpiadas, deseja enviar uma mensagem aos Estados Unidos. Para Park Won Gon, professor de estudos da Coreia do Norte, na Universidade Ewha Womans, de Seul, o país não está querendo criar nenhum clima diplomático com o governo estadunidense e sim preocupado com a população, pois “é altamente improvável que a Coreia do Norte assegure vacinas suficientes para seus 26 milhões de habitantes até julho”.

Em contrapartida, segundo o portal de notícias The Free Lance-Star, a Coreia do Norte, ao tomar tal atitude, mostra que deseja lidar diretamente com os Estados Unidos sem ter que necessitar das Olimpíadas como viés.

De acordo com especialistas políticos, o país tem um alto interesse em estabelecer novas relações com o governo Biden para obter o alívio de certas sanções nucleares para, assim, conseguir estreitar os laços diplomáticos.

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