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Crossfit realmente é o vilão e gera mais lesões do que outras atividades físicas?

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Fazer exercícios físicos constantemente é muito importante para a saúde. Isso porque essa prática produz melhorias não somente estéticas, como também condicionamento para o praticante. Mas é claro que as pessoas procuram também perder gordura e desenvolver seus músculos. Nesse ponto, várias formas de se exercitar são procuradas, dentre elas, musculação e crossfit.

No entanto, quando algumas pessoas escutam a palavra crossfit elas já relacionam a prática com várias lesões. A realidade é que quem quiser aproveitar os benefícios que essa modalidade pode trazer, que são ótimos para perda de gordura e definição de músculos, não deve levar muito em consideração esse senso comum.

Mas será mesmo que o crossfit é o vilão das atividades físicas e causa mais lesões do que outras modalidades? Claro que o risco de a pessoa se machucar praticando a modalidade existe. Contudo, de acordo com as pesquisa, a taxa de lesão é parecida com a de outras formas de treinamento e menor do que vários esportes de contato, como por exemplo, o futebol e judô.

Crossfit

VivaBem

E de acordo com um estudo brasileiro feito por Jan Willem Cerf Sprey, médico ortopedista e especialista em medicina esportiva da Santa Casa de São Paulo, e publicado na revista Orthopaedic Journal of Sports Medicine, 31% das pessoas que fazem crossfit já tiveram alguma lesão desde que começaram a prática.

Comparando essa porcentagem com outras modalidades como levantamento de peso, musculação, ginástica olímpica, corrida e triatlo, os pesquisadores descobriram que esse percentual de atletas competitivos e recreacionais que se machucaram foi parecido. Entretanto, no futebol, 60% das pessoas disseram ter tido alguma lesão somente em um ano de prática.

Um outro estudo publicado no The Journal of Strength & Conditioning Research também chegou a resultados parecidos e mostrou que, a cada mil horas de treino, 3,1 lesões acontecem no crossfit, enquanto que no futebol essa taxa é de 7,8, e no judô de 16,3.

“A conclusão é que o crossfit pode lesionar assim como qualquer outro esporte com características semelhantes, e machuca menos do que esportes de contato, como futebol, rúgbi, basquete, vôlei e handebol”, pontuou Sprey.

Evitando lesões

Globo esporte

A fama que o crossfit ganhou de ser uma prática que provoca lesões foi por conta da alta intensidade que vários exercícios são feitos e por conta da sua proposta estimulante, ou seja, que faz com que a pessoa tente se superar a cada treino, e superar as pessoas que praticam junto.

Contudo, da mesma forma que em outras modalidades, no crossfit a pessoa também pode controlar a carga e a intensidade dos exercícios e até mesmo diminuir a complexidade de alguns movimentos para que ela não exija demais do corpo.

“Se a aula for realizada dentro do limite de cada um, com orientação e adaptando exercícios para cada faixa etária, perfil e experiência do praticante, vai ser benéfica”, disse Eduardo Malavolta, ortopedista especialista em ombros do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Essa supervisão é essencial. Tanto é que um estudo feito pela University of Rochester School of Medicine and Dentistry, nos EUA, avaliou o nível de envolvimento dos treinadores de crossfit nas aulas. Com isso, eles pontuaram que os que dão uma orientação maior tiveram uma taxa de alunos com menos lesões.

“Isso mostra que é fundamental o acompanhamento de um profissional que se preocupa em corrigir o movimento do aluno a todo momento”, pontuou Adriano Almeida, médico do esporte e ortopedista do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Ainda nesse tópico, muitas pessoas pensam o contrário, mas em um box de crossfit o professor consegue dar uma atenção maior para as pessoas durante os exercícios porque cada turma tem um limite de alunos. Isso não é visto em uma academia lotada, por exemplo.

Fonte: VivaBem

Imagens: VivaBem, Globo esporte

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