Curiosidades

Descoberta pegada fossilizada de antes dos dinossauros existirem

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Nossa história é feita por “buracos”, que são os trechos que não conhecemos. Felizmente, as descobertas arqueológicas vêm para tentar preenchê-los e mostrar como era o passado do planeta. E por vezes elas podem ser extremamente surpreendentes, como no caso dessas pegadas fossilizadas.

Claro que descobrir pegadas não é uma coisa surpreendente, mas essas não são como as outras. Essa descoberta feita pelos pesquisadores da Universidade de Witwatersrand pode ser fundamental na compreensão da evolução das espécies a partir da água. Isso porque as pegadas fossilizadas pertenciam a um anfíbio gigante da família de tetrápodes Rhinesuchidae. É especulado que eles habitaram o planeta mais de 250 milhões de anos atrás, antes mesmo dos dinossauros.

Esse animal vivia na província de Cuazulo-Natal, na África do Sul. Ele se parecia com os crocodilos e salamandras tanto no físico como nos comportamentos aquáticos.

Descoberta

Mundo conectado

De acordo com um dos pesquisadores do grupo liderado por David P. Groenewald, saber mais a respeito desse animal é essencial para que perguntas a respeito desse período que é menos conhecido pela ciência comecem a ser respondidas. Até porque, a descoberta revela informações a respeito da vida na Terra antes da época dos dinossauros. Isso abre portas para que os pesquisadores entendam mais a respeito da evolução dos animais marinhos.

Por conta das pegadas e do rastro que o animal deixou, os cientistas estimaram que ela tinha 1,89 metros de comprimento. Ainda de acordo com os vestígios deixados, a locomoção desse animal era tanto nadando na água como caminhando na terra. Eles eram bastante vistos no período Permiano, anterior ao Triássico.

Encontrar tanto pegadas como fósseis desses animais dá aos pesquisadores a possibilidade de estudar a origem e o funcionamento do corpo delas. Isso é bastante importante porque com isso é possível se ter uma visão mais clara do mundo antigo e entender como as espécies foram se desenvolvendo ao longo do tempo.

“As trilhas e vestígios notáveis fornecem evidências diretas de como esses animais se moviam e interagiam com seu ambiente. Além de sua notável contribuição científica, este estudo demonstra como importantes descobertas paleontológicas são frequentemente feitas por pessoas curiosas”, escreveram os pesquisadores.

Pegadas

Estadão

Essas pegadas descobertas são uma evidência de uma criatura antes do tempo dos dinossauros, mas claro que pegadas de dinossauros também são uma descoberta bem importante. No entanto, a maioria das pessoas não relaciona essas criaturas ao nosso país. Talvez isso aconteça pela falta de evidências de que eles estiveram por aqui.

Contudo, uma nova descoberta mostrou que dinossauros de seis metros e com até 10 quilos tremiam o chão quando andavam pelo terreno arenoso e úmido, que 150 milhões de anos depois se transformaria na atual região entre Rio Claro e Piracicaba, no interior paulista.

Os pisões desses animais deixaram seu impacto e deformaram a estrutura das camadas de sedimentos que formavam o solo. Como resultado, eles deixaram marcas, no caso pegadas, que a deposição de novos sedimentos e o tempo conseguiram preservar.

As pegadas foram descobertas pelo geólogo Lucas Verissimo Warren, professor do Instituto de Geociências Exatas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro. Depois de descobri-las, ele as estudou junto com uma equipe de paleontólogos.

Como resultado desse estudo, eles viram que essas pegadas podem ser a evidência mais antiga da presença de dinossauros em território paulista. Na época em que essas pegadas foram feitas, a região do interior de São Paulo era um deserto com várias dunas e lagoas formadas pelas chuvas. Uma paisagem bem parecida com os Lençóis Maranhenses, no nordeste.

De acordo com o estudo, grupos de dinossauros caminhavam por essa paisagem e deixavam seus passos na argila que era formada pela deposição de sedimentos entre as dunas.

Conforme Lucas explica, as pegadas desses dinossauros chegaram até os dias de hoje através de um fenômeno conhecido como dinoturbação, ou seja, os distúrbios nas camadas sedimentares causados pelo pisoteamento do solo por dinossauros.

“Não foram uma ou duas, achamos cerca de 50 pegadas de dimensões variáveis, o que pode indicar que manadas de dinossauros adultos e filhotes vagavam por essa região, deixando pegadas como testemunhos”, disse Warren.

Fonte: Mundo conectado,  R7

Imagens: Mundo conectadoEstadão

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