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CEO da Uber vira motorista e reclama do aplicativo

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A  Uber foi fundada em 2009 por Garrett Camp e Travis Kalanick, com o objetivo inicial de ser um serviço parecido com um taxi de luxo. No caso, a empresa ofereceria carros como Mercedes e Escakade, na cidade de São Francisco. Em 2010, o aplicativo foi lançado e foi um dos pioneiros no conceito apresentado.

Hoje em dia, é quase impossível se imaginar sem esse serviço. Contudo, assim como outras plataformas, a Uber não é perfeita. E isso foi visto pelo CEO da empresa, Dara Khosrowshahi. Ele testou novamente na prática como é a experiência de trabalhar para um dos aplicativos da empresa. Isso porque ele já tinha testado como era trabalhar como entregador do Uber Eats.

Trabalhando como motorista, em um carro elétrico Tesla Y de segunda mão, Khosrowshahi viveu uma “experiência desajeitada” nas ruas de São Francisco, na Califórnia.

O CEO foi para as ruas como parte do chamado “Projeto Boomerang”, uma iniciativa da empresa para conseguir melhorar o trabalho dos motoristas. Isso aconteceu porque a Uber começou a notar uma falta de parceiros no pós-pandemia.

Em uma entrevista ao jornal The Wall Street Journal (WSJ), o chefe da Uber contou que trabalhou durante meses como motorista e usava o pseudônimo Dave K. Sua experiência começou em setembro de 2021, em um momento de retomada da economia depois do auge da pandemia do covid-19. Nessa época, a empresa teve pela primeira vez uma demanda maior de passageiros do que de motoristas.

CEO para motorista

WSJ

Segundo Khosrowshahi, a melhor forma de entender quais eram os problemas que a empresa estava tendo em atrair novos parceiros era se colocar no lugar de um deles e ver o que funcionava e o que não.

Como motorista, o CEO fez 100 viagens. Com elas, ele passou por vários problemas e viu um aplicativo pouco atraente para os motoristas. Ele elencou os motivos para isso:

1 – Dificuldade em navegar no momento de se inscrever na Uber.

2 – Expectativas quebradas pelas gorjetas serem baixas.

3 – Sofrer punições por rejeitar viagens que não tinham o destino ou a tarifa informados.

4 – Dificuldade na navegação dentro do app na área para o motorista.

5 – Trânsito nos momentos de pico que acabava afastando os motoristas das regiões onde a tarifa estava menor.

6 – Medo de ter a nota rebaixada por não ter rodado um dia por motivo pessoal.

“Toda a experiência foi bastante desajeitada. Acho que a indústria como um todo, até certo ponto, não dá valor aos motoristas”, disse ele.

Mudanças na Uber

Tenho mais discos que amigos

Claro que por ter visto na prática o que estava e o que não estava funcionando, Khosrowshahi disse que conseguiu fazer a maior mudança no seu modelo de negócio. A principal foi com relação aos parceiros. Isso porque a Uber reforçou que o aplicativo busca melhorar a experiência do motorista.

Algumas das mudanças foram:

1 – Motoristas agora sabem o valor da tarifa e o destino final da viagem.

2 – 250 milhões de dólares reservados para serem usados em bônus e ações do aplicativo.

3 – Passageiros não podem mudar o valor da gorjeta depois da viagem.

4 – Inscrição única na Uber sem diferenciação se é para carona ou para entrega.

“Ainda falta muito, mas melhorando a cada dia”, pontuou o CEO.

Por mais que essas mudanças tenham sido feitas, não são todos os parceiros que ficaram satisfeitos com elas. Tanto que o CEO recebeu várias críticas na postagem que ele fez.

“Sua equipe de suporte é a entidade menos favorável com quem já lidei. Fui desativado por 5 dias recentemente porque demorou de 5 a 10 minutos para resolver o problema no qual perdi salários e atrasei contas. Então comece a olhar para os salários. Minutos contam tanto quanto milhas, especialmente quando você tenta completar uma missão. Desde o ano novo, não estou ganhando tanto quanto antes”, disse uma pessoa.

“Sou motorista de meio período e até mesmo as metas de fim de semana parecem ser um desânimo para dirigir em vez de um incentivo. Os surtos de adição [de paradas] continuam a não ser calculados corretamente”, reclamou outro.

“Os CEOs devem ter pelo menos o entendimento elementar da experiência de todas as filiais da empresa e não esperar seis anos, especialmente considerando que suas remunerações são de 8 a 9 dígitos e o trabalhador mais baixo é compensado no limite inferior de 5”, pontuou um terceiro.

Fonte: UOL

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