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Dois homens são presos na Grande SP por aplicar golpe do presente de aniversário

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Mesmo que a quase todo instante se tenha notícias sobre algum golpe ou suas vítimas falando sobre, pessoas ainda caem neles e são bastante prejudicadas. Até porque, quase na mesma velocidade em que as notícias saem, os criminosos inventam um golpe novo.

Recentemente, a Polícia Civil prendeu dois jovens, de 19 e 22 anos, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, acusados por associação criminosa e estelionato através do chamado “golpe do aniversário”. Para aplicar o golpe, os homens descobriam a data do aniversário das suas vítimas e se passavam por entregadores de flores ou bolos que cobravam até quatro mil reais como taxa de entrega.

A Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC) de São Bernardo do Campo ainda está acompanhando esse caso e está tentando encontrar mais vítimas e possíveis associados à dupla golpista.

“Acreditamos que eles tenham aplicado mais golpes como esses porque eles foram perfeitos. Era um golpe perfeito”, disse o delegado Miguel Ferreira da Silva.

Golpe

Primeiro jornal

Mesmo com o golpe “perfeito”, a investigação da polícia começou depois que uma vítima denunciou que pagou 4,5 mil reais como taxa de entrega de umas flores no dia do seu aniversário.

De acordo com o delegado, os homens são da zona leste de São Paulo e para fazerem sua ação, eles pegavam o nome, data de nascimento e endereço das vítimas nas chamadas “fontes abertas”, como por exemplo, nas redes sociais ou bases de dados vazadas online de outros aplicativos.

“Chega um criminoso se fazendo passar por motoboy, leva bolo e flores, mas fala que falta só a taxa de entrega ‘simbólica’. Ele simula digitar um valor de R$6 a R$ 10, mas coloca muito acima. E aí alega falha na conexão, problema no visor ou põe o dedo em cima do número”, explicou o delegado.

Ação

O segredo

Na ação, um dos homens ficava de apoio enquanto o outro, passando-se por entregador, aplicava o golpe sempre com capacete na cabeça e mochila. Justamente por isso que ele não pôde ser identificado pelas câmeras de segurança da vítima que fez a primeira denúncia. Além disso, a moto que os homens usavam também não tinha placa.

A polícia só conseguiu encontrá-los quando o dinheiro da vítima foi rastreado, mas mesmo assim eles conseguiram fazer isso com muita sorte. “O dinheiro passado na maquininha é pulverizado na mesma hora. Eles têm um outro elemento que já saca o valor em algum caixa eletrônico ou transfere para outra conta. A pessoa sobe com a entrega e nisso o dinheiro já foi”, ressaltou Silva.

Até o momento, a dupla está detida temporariamente na DEIC de São Bernardo do Campo.

Vítima

Head topics

Assim como essa vítima do golpe de aniversário, um homem também caiu em um golpe aplicado por um motoboy. O professor universitário Thiago Soares, de 43 anos, caiu em um golpe feito pelo motoboy que estava indo entregar a comida que o professor tinha pedido. No entanto, o entregador disse estar perdido e pediu que Thiago mandasse sua localização por WhatsApp.

Sem desconfiar de nada, o professor passou sua localização. Logo depois disso o golpe foi aplicado. Tendo o número de telefone de Thiago, o motoboy conseguiu o código de segurança da entrega, que normalmente são os últimos números do celular. Com isso, o entregador marcou no aplicativo que já tinha entregado a comida de Thiago e ficou com ela para si próprio.

“Eu me senti muito mal. Eu fui ingênuo, estava com boa vontade. Achei que ele estava sem internet e não conseguia achar minha casa. No primeiro momento, achei que pelo WhatsApp seria mais fácil de resolver. Depois, eu fiquei com muita raiva e não era nem pelo valor. Foi uma compra de R$ 43”, contou ele.

“Eu estava na pressa de receber a comida e não me passou pela cabeça que seria um golpe. Na hora, eu não me liguei, não desconfiei. Eu achei que ele poderia estar passando dificuldade com a internet. O WhatsApp costuma ser liberado nos pacotes das operadoras. O app do iFood deve consumir muita internet e pensei que pelo WhatsApp poderia ser mais fácil”, continuou.

“No meu caso, o código é fixo e são os 4 últimos dígitos do meu celular. Eu vi que o código muda para algumas pessoas. Eu acho que os entregadores maldosos devem ter percebido que o código de muitas pessoas é o final do número do celular e inventaram esse golpe. Se for assim de todo mundo, eu acho que é uma falha de segurança do iFood. Muita gente está relatando que também já passou por isso”, disse Thiago.

Mesmo que o golpe não tenha sido o maior prejuízo para Thiago, até porque ele foi ressarcido, o professor disse que no dia ele não quis nem pedir mais nada para comer e ficou traumatizado com o ocorrido.

Fonte: Terra, G1

Imagens: Primeiro jornal, O segredoHead topics

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