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”É como ter meu corpo incendiado”, diz adolescente alérgica à água

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Considera-se a água como uma substância vital para a espécie humana. Ela não apenas é necessária para a nossa sobrevivência, como constitui a maior parte do nosso organismo e também do nosso planeta. Nós a bebemos, a utilizamos para o preparo de refeições, higiene pessoal, limpeza doméstica, transporte, produção de energia elétrica e várias outras coisas.

Sua importância é enorme, e das coisas que aprendemos que são essenciais para vivermos, estão respirar e beber água. Mas e quando uma pessoa tem alergia a essa substância tão importante para a vida?

Foi exatamente isso que Sadie Tessmer, de 14 anos, descobriu em maio desse ano. Ela foi diagnosticada com urticária aquagênica depois de ter ficado com a pele vermelho-viva e desmaiar várias vezes depois de tomar banho.

Alergia à água

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A condição da adolescente norte-americana é uma forma extremamente rara de urticária crônica induzida. Ela faz com que a pele da paciente desenvolva lesões que provocam coceira e vermelhidão na pele depois que ela é exposta à água. E em casos de reação severa, ela pode levar à morte.

Nas primeiras vezes que a adolescente sentiu os sintomas, sua mãe, Amber Sallee, pensou que a vermelhidão da filha era por conta de seus banhos quentes. Mas depois de ir ao dermatologista, a menina foi diagnosticada com a alergia rara à água. Ela é tão rara que se estima que a urticária aquagênica afete entre 50 e 100 pessoas no mundo todo.

“É como ter alguém ateando fogo ao meu corpo”, descreveu a garota ao jornal britânico The Independent.

Por conta da alergia à água, Sadie sempre carrega duas canetas autoinjetáveis com epinefrina (EpiPen) e pode aplicá-las em situações de emergência para evitar choques anafiláticos, que é quando a reação alérgica é mais grave e pode impedir a respiração.

“Eu tento evitar molhar meu rosto e meu pescoço pelo medo de ter um choque anafilático. Mesmo com as canetas, é amedrontador”, contou.

Desde sempre a adolescente teve problemas ao lavar as mãos e tomar banho. E segundo ela, às vezes a dor e as coceiras são tão intensas que ela começa a chorar. Isso por sua vez piora ainda mais a situação, já que ela é alérgica às próprias lágrimas.

Então, a jovem usa antialérgicos e injeções para controlar o surgimento das feridas. Sadie também passou a estudar em casa para que sua mãe possa acompanhá-la de perto e evitar que ela sue em atividades como em uma aula de educação física, por exemplo.

Diagnóstico e vida

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Curiosamente, até metade de 2021, a adolescente não tinha problemas com a água e amava nadar e praticar atividades na praia. Contudo, no fim do ano passado ela começou a perceber que seu corpo ficava com aspecto de queimado depois que ela saía do banho.

Quando, meses depois, Sadie recebeu o diagnóstico de urticária aquagênica, ela não acreditou que a condição fosse real. O temor da adolescente era não poder fazer atividades básicas do dia a dia. Tanto que ela mesma disse que ficou depressiva durante os meses seguintes, além de se estressar todas as vezes em que amigos a chamavam para ir à praia.

Ainda segundo ela, sua alergia à água a fez se tornar uma pessoa “incrivelmente isolada” que raramente sai de casa. Além disso, Sadie se entristeceu por não pode realizar o sonho de seguir a carreira militar depois do ensino médio.

A alergia se manifesta somente na pele de Sadie, então ela pode beber água através de canudos, para que o líquido não toque seus lábios. A esperança dela é que no futuro, a medicina consiga desenvolver medicamentos que deem a ela e às outras pessoas que sofrem com a condição uma vida normal.

Fonte: Metrópoles

Imagens: Yahoo, Metrópoles

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