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Macarrão é tudo igual? Algum tipo engorda menos ou é mais nutritivo?

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O macarrão é bastante usando como um sinônimo de massa no Brasil por conta da forte influência desse prato da culinária italiana no país. Ele é um alimento bem versátil, saboroso e fácil de preparar e por tudo isso se tornou bem popular e foi incorporado à dieta dos brasileiros. Além disso, ele também abriu as portas para que outros “primos” viessem se consolidar no país também.

Isso porque o termo “massa” pode incluir outros pratos, como lasanha, ravióli, nhoque, rondelli. Por mais que algumas pessoas pensem que é tudo igual, a realidade não é bem essa. De acordo com Rodrigo Neves, médico pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp) e pós-graduado em nutrologia e endocrinologia, existem várias opções, e cada uma delas com suas características próprias.

Elas podem ser frescas ou secas. No caso das massas frescas, são as que são feitas na hora, de forma artesanal. Enquanto que as secas são aquelas que são compradas desidratadas e industrializadas.

No caso das massas frescas, elas levam ovos e farinha na receita, já as secas normalmente têm farinha e água. A farinha usada pode variar entre trigo comum, trigo integral, sêmola de trigo duro, farinha de arroz, e cada uma delas irá dar um sabor e textura diferente para o macarrão.

Outro ponto é que durante o preparo podem ser criados vários formatos e tamanhos. Como por exemplo, urtos (penne), longos (espaguete), recheados (ravióli), laminados (lasanha). Assim como o uso da farinha, esse formato também interfere na textura e na capacidade que a massa terá de reter molhos e ingredientes.

No caso da massa seca, ela é mais firme, tem vários formatos e um prazo de validade maior. Enquanto isso, a massa fresca é mais leve, macia, absorve a umidade de forma mais rápida e tem que ser refrigerada porque estraga mais rápido.

Com relação ao tempo de cozimento, a massa fresca precisa de menos tempo para ser cozinha em comparação com a seca. E elas também têm diferenças no valor nutricional, valor energético, fibras, proteínas, índice glicêmico, usos e indicações, origens culturais e geográficas.

Melhor macarrão para a saúde

Grano duro

VivaBem

Comparada com as massas secas tradicionais, geralmente feitas de trigo comum, as grano duro, que vêm de uma espécie de trigo chamada Triticum durum, têm uma qualidade maior e são mais saudáveis.

Isso porque o grano duro é rico em carboidratos complexos e tem um índice glicêmico mais baixo. Isso dá uma energia de longa duração e evita que haja picos de açúcar no sangue.

Além disso, esse macarrão também tem vitaminas do complexo B, ferro, magnésio e zinco, nutrientes que são essenciais para um sistema nervoso saudável, para saúde óssea e função imunológica. E por conta da quantidade de fibras da massa, ela melhora a digestão e o trânsito intestinal.

“Além disso, o grano duro tem quantidades maiores de proteína e glúten, o que dá à massa cozida uma textura al dente, além de cor mais acentuada, puxada para um amarelo forte. É mais saudável e dá mais saciedade”, reforçou Edvânia Soares, nutricionista da Estima Nutrição, especialista em nutrição clínica e esportiva.

Integral

VivaBem

As versões integrais do macarrão têm vários aspectos em comum com o grano duro e dão ainda mais benefícios. Eles têm cerca de cinco gramas de fibras em cada 80 gramas de massa, um valor calórico mais baixo, ajudam em uma boa digestão, combatem a prisão de ventre, controlam o peso, colesterol e glicemia.

Com relação a essas massas, existem algumas opções:

Macarrão de quinoa – ótimo para quem está buscando uma alimentação mais nutritiva porque é uma fonte de proteínas, fibras, minerais e vitaminas.

Macarrão de espelta – ele é feito com grão integral antigo e ajuda o sistema gastrointestinal a funcionar, melhora a saúde cardiovascular e, como é fonte de energia e tem um teor alto de nutrientes, é bem indicado para os atletas.

Macarrão konjac – vem de uma raiz japonesa de mesmo nome e é low carb, por conta disso que ele ajuda no emagrecimento, na saciedade, regula o intestino e o açúcar no sangue, o que é ótimo para quem tem diabetes.

Macarrão integral de arroz e milho – é uma alternativa sem glúten recomendada para as pessoa com doença celíaca ou sensibilidade à proteína encontrada nos cereais como o trigo.

“Todas essas massas apresentam uma digestibilidade maior, não dão aquele sono após comer, como acontece com massas convencionais”, disse Edvânia.

Fuja desses

Casa e cozinha

O miojo, no caso o macarrão instantâneo, é bastante consumido por conta da sua praticidade e rapidez em ser preparado. Contudo, ele é pobre em nutrientes essenciais, proteínas, fibras dietéticas significativas e, se for consumido de forma regular pode trazer vários problemas para a saúde.

Como por exemplo, ele aumenta a acidez no estômago, o que pode gerar uma gastrite ou refluxo; aumenta o colesterol ruim e o peso. Consequentemente, isso pode causar síndrome metabólica, obesidade e riscos maiores de problemas cardíacos.

Outros malefícios são os problemas de pressão arterial, no caso, a hipertensão, e os renais por conta do sódio alto. Para se ter uma noção, o sódio presente nos saches do miojo podem representar de 35% a 95% das necessidades diárias de um adulto.

“É uma massa de macarrão ultraprocessada que, para secar, é frita na indústria, por isso fica pronta em 3 minutos. O pó para temperar contém aditivos químicos associados a alergias e até câncer”, pontuou Larissa Mazocco, professora de nutrição e gastronomia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF).

Fonte: VivaBem

Imagens: VivaBem, Casa e cozinha

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