Elvis Presley não morreu de overdose, garante médico brasileiro que esteve em autópsia

O rock é um dos gêneros musicais mais ouvidos no mundo todo, e ao longo do tempo passou por várias evoluções, tanto com relação às letras ou à qualidade e formato de suas gravações. E é impossível falar de rock sem lembrar do rei do estilo musical, Elvis Presley.

O cantor tinha um jeito de se vestir único, além dos seus passos de dança e forma de interpretar as músicas. Tudo isso fazia parte da identidade que era única de Elvis e foi sendo construída ao longo da sua carreira. Com tudo isso e seu talento, ele se tornou um dos maiores cantores que já existiu e um verdadeiro fenômeno musical.

Por mais que o Rei do Rock tenha morrido há quase 50 anos, ele ainda permanece relevante na história da música. E claro, todos já ouviram a teoria da conspiração de que na verdade Elvis não morreu. Contudo, um médico brasileiro pode dizer com certeza que essa teoria é falsa porque ele estava presente na autópsia do cantor em 1977.

Morte de Elvis

Cifra club

O médico em questão é o mineiro Raul Lamim, que estava fazendo residência nos EUA quando se viu em uma situação totalmente inusitada com o que ele dizia ser seu ídolo. O médico deu entrevistas para a BBC e Globo contando sobre sua experiência e detalhando algumas coisas importantes.

A primeira coisa é desmentir a teoria de que Elvis estaria vivo. De acordo com o Splash, Lamim estava quase saindo do Baptist Memorial Hospital, em Memphis, no Tennessee, quando um funcionário pediu para que ele ajudasse na autópsia de “um famoso”.

No momento, Lamim contou que pensou que fosse uma brincadeira e que só foi se dar conta da gravidade da situação um tempo depois. “Quando ela disse que o corpo era o do Elvis, achei que estivesse de brincadeira. Mas, quando vi carros da polícia e caminhões de TV estacionandos do lado de fora, não tive dúvidas: havia acontecido algo de errado”, disse ele.

Além disso, Lamim não escondeu o quão espantado ficou ao se ver naquela situação. “Quando eu poderia imaginar que aquilo fosse acontecer? Nunca imaginei que, um dia, encontraria meu ídolo da juventude em uma mesa de necrotério. Uma pessoa tão idolatrada e, ao mesmo tempo, como outra qualquer”, contou.

Autópsia

Mesmo com tudo o que foi dito e estudado até os dias de hoje, a causa da morte de Elvis não foi efetivamente confirmada. O que é bastante dito é que ela aconteceu por conta de uma overdose, no entanto, de acordo com Lamim, isso “é lenda e [nada] foi encontrado nos registros médicos dele” que justificasse isso.

Contudo, o médico pontuou que “havia sinais, talvez por ação medicamentosa”, dos efeitos prejudiciais dos remédios que Elvis tomava em vida. Quando Lamim foi perguntado sobre qual foi a conclusão dos médicos responsáveis pela autópsia, ele explicou que nunca existiu uma certeza absoluta.

“A gente pode especular, porque no exame de autópsia não se constatou nada que pudesse justificar a morte dele. Ele tinha sinais de que havia algum tipo de sofrimento respiratório pelo qual ele passou. Acredito que a causa de morte dele tinha tenha sido por problema de natureza respiratória, porque havia sinais, talvez por ação medicamentosa, coisas dessa natureza, que levaram a morte talvez por asfixia. Essa é a hipótese que a gente faz pelo aspecto físico”, disse.

O Rei do Rock foi encontrado às 14h e teve tentativas de reanimação. Contudo, ele foi declarado oficialmente morto às 15h30 no Baptist Memorial Hospital, no dia 16 de agosto de 1977.

Família

UAI

Mesmo depois de anos da morte de Elvis, sua família ainda está brigando por conta da sua fortuna. Recentemente, Lisa Marie Presley morreu de repente aos 54 anos. Quando isso aconteceu, Priscilla Presley, sua mãe, foi ao tribunal contestando a validade dos documentos que mostravam que sua neta, a atriz Riley Keough, seria a única administradora da fortuna de Elvis Presley.

Mesmo com esse problema judicial, a marca de Elvis rende mais de 100 milhões de dólares anualmente por conta de vários licenciamentos, como para fazer roupas, brinquedos e com as visitas a Graceland. Contudo, de acordo com documentos judiciais, a família recebe somente uma fração desses lucros.

Ainda conforme os documentos, em 2005, Lisa Marie e seu gerente de negócios venderam 85% da Elvis Presley Enterprises. Com isso, eles receberam 97 milhões de dólares, ações e alívio de dívidas. O mais curioso é que todo esse dinheiro já está quase no fim.

Mesmo assim, em 2022, Lisa Marie teve uma renda de 1,25 milhões de dólares do fundo que ainda vale dezenas de milhões de dólares. Agora, depois de sua morte, quem se beneficia com essa renda são sua filha e as duas meias-irmãs de Riley.

O Rei do Rock morreu em 1977 de uma forma inesperada. Nessa época, a fortuna de Elvis era estimada em cinco milhões de dólares. No entanto, os gastos dele eram maiores do que sua receita, que era limitada por conta de um acordo com seu antigo empresário.

Por conta desse acordo, Tom Parker recebia metade da renda de Presley. Tanto é que recebeu quase metade dos 5,4 milhões de dólares pagos pela RCA Records quando Elvis abriu mão dos direitos autorais das suas gravações.

O restante do dinheiro foi para um fundo que tinha Lisa Marie como a única beneficiária depois que vários membros da família Presley morreram. E Priscilla, que tinha se divorciado de Elvis quatro anos antes de ele morrer, tornou-se a administradora desse fundo. Foi ela quem conseguiu fazer com que esse patrimônio se tornasse lucrativo. Um dos pontos para isso acontecer foi abrir Graceland para o público em 1982.

Isso deu muito certo. Tanto é que em 1989, o Los Angeles Times estimou que o valor de Graceland passava dos 75 milhões de dólares, e que ao todo a Elvis Presley Enterprises tinha uma receita bruta de 15 milhões de dólares por ano.

Briga

Cine pop

Segundo os documentos judiciais, em 2005, os ativos tiveram um crescimento e eram mais de 100 milhões de dólares. Nessa época, o dinheiro tinha sido transferido para o Promenade Trust, estabelecido por Lisa Marie em 1993. Com isso, ela era a única beneficiária e Priscilla e Barry Siegel, gerente de negócios da família, eram os curadores da fortuna.

Foi a partir daí que começaram os “11 anos de odisseia para a ruína financeira”, como os advogados de Lisa Marie chamaram. Nesse tempo, ela e seu gerente de negócios trocaram acusações a respeito de quem seria o responsável.

Em 2018, parte dessa briga chegou ao público com Siegel afirmando que o fundo rendia milhões de dólares por ano, mas “os gastos excessivos e contínuos de Lisa e sua dependência de crédito” faziam com que sua vida financeira ficasse em déficit.

Mesmo com todas as vendas e os desafios, a Elvis Presley Enterprises continuou funcionando. Em 2022, ela arrecadou 110 milhões de dólares, sendo 80 milhões apenas com as operações de Graceland, e cinco milhões com a venda de direitos para sua cinebiografia.

No dia 26 de janeiro, duas semanas depois de Lisa Marie ter morrido, Priscilla entrou com uma ação no Tribunal Superior de Los Angeles para contestar uma emenda no fundo que, supostamente, foi autorizada por sua filha. Segundo essa emenda, Priscilla e Siegel não são mais os curadores do fundo.

Os advogados de Priscilla dizem que durante a vida, Lisa Marie nunca entregou tal emenda para sua mãe, e que a assinatura de Lisa Marie está inconsistente com a caligrafia da mulher.

Fonte: Tenho mais discos que amigos, O Globo

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