As últimas semanas foram movimentadÃssimas para a Anitta. Além de conquistar o primeiro lugar na playlist Top 50 Global na plataforma de streaming Spotify, a cantora também acaba de atingir a marca de clipe mais assistido no YouTube dos últimos tempos. A informação foi divulgada pela própria plataforma de vÃdeos antes mesmo da apresentação do show histórico da cantora brasileira no palco do festival de música Coachella.
“Às vésperas de sua tão esperada apresentação no Coachella, Anitta conquistou esse feito tão importante. São mais de 140 milhões de visualizações do videoclipe, realmente um fenômeno que envolveu o mundo inteiro”, declarou Walter VenÃcio, gerente de parcerias musicais do YouTube Music para a América Latina.
O clipe de Envolver já atingiu quase 160 milhões de visualizações. No entanto, esse sucesso não foi uma obra do acaso. Mais uma vez, Anitta se mostra uma conhecedora das estratégias de marketing à sua disposição.
Reboladinha de Envolver
Dessa vez, a cantora apostou, entre outras, na estratégia de uma coreografia icônica. Com isso, um exemplo em que esse plano teve êxito foi a coreografia de Single Ladies, de Beyoncé ou então as diversas danças tÃpicas de Michael Jackson ao longo de sua carreira. Aqui no Brasil, vale ressaltar as coreografias do grupo É o Tchan e Leo Santana.
Sendo assim, não é de hoje que a mistura de passos de dança e músicas chicletes fazem uma faixa subir nas paradas. No caso de Envolver, da Anitta, ela realiza uma dança relativamente fácil, chamativa e que garante engajamento do público que tenta replicá-la.
Em entrevista, Anitta revelou que ela pensou no videoclipe de Envolver, uma faixa em espanhol, com o intuito de ser focado na dança justamente pelo público da América Latina gostar de ver a cantora performando nesse sentido.
Opinião de especialistas
Para Thiago Gimenes, produtor musical e jurado do programa Canta Comigo Teen, as coreografias ajudam a catapultar canções. “A nossa geração cresceu dançando Macarena, por exemplo. Então, a dança estar ligada à música é muito natural, e uma coreografia ajuda muito a impulsionar a música.”
“Eu acredito que precisa haver um casamento entre a letra, a música e a dança para que tudo funcione. É preciso saber diferenciar também que existem músicas e composições feitas para questionar, fazer a gente pensar, e músicas que são para entretenimento, então é muito normal a letra não ser assim tão profunda”, adiciona.
Tony Aiex, fundador e editor-chefe do portal Tenho Mais Discos que Amigos, ressalta que uma coreografia pode ampliar o sucesso de uma canção, mas não basta apenas isso para conseguir um verdadeiro hit.
“Acho que é uma realidade entre os jovens [a tendência das coreografias], e os músicos têm que entender o potencial disso tudo. Quem está sabendo utilizar [as dancinhas] conseguiu aumentar exponencialmente seus números em outras plataformas como o Spotify. Quem surfou só na onda de um viral pode até ter conquistado sucesso rapidamente para depois se frustrar com números baixos”.
Para o editor-chefe, existem casos em que as dancinhas se tornam mais famosas que a faixa em si, o que pode não ter tão positivo para os artistas.
“Quando isso acontece, a tendência é o trabalho do artista ser esquecido rapidamente. É por isso que artistas, gravadoras e produtores estão cada vez mais ligados em fazer canções que tenham partes interessantes para os vÃdeos curtos. Mas também sejam complementadas com outras obras do artista e assim ele possa ter seguimento na carreira”.
Dança no topo
Mafe Lemos, professora de dança e fundadora do Instituto Meyfe, viu sua clientela aumentar nos últimos tempos com o aumento do foco na dança. “O TikTok abre portas quando se fala do primeiro contato ou do resgate dos clientes com a dança. Muitos me procuram para aprender a dançar a ‘nova música da LuÃsa Sonza’, o ‘novo hit da Anitta’, ‘o challenge da Beyoncé’, e utilizo esse contato para promover novas experiências e repertórios corporais. A cada dois meses, mais ou menos, faço uma aula só com os refrães dos hits do TikTok, e é um sucesso”.
Fonte: R7
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