Curiosidades

Essa técnica permite criar diamantes em poucos minutos

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Os minerais são corpos naturais, sólidos e cristalinos, formados pela interação de processos físicos e químicos em ambientes geológicos. Talvez o mais famoso deles seja o diamante. Não é novidade para ninguém que os diamantes estão entre as pedras preciosas mais desejadas do mundo. E não é por acaso que é também uma das mais caras.

Esse valioso e desejado mineral é especialmente usado para criar joias que ornamentam e marcam momentos inesquecíveis, como pedidos de casamento. Por conta disso, o seu valor está diretamente relacionado à sua estrutura cristalina e aos materiais que a compõem, e não necessariamente por ser uma peça rara. Isso porque, na verdade, mesmo sendo um mineral muito valioso, os diamantes estão entre as pedras preciosas mais comuns.

Contudo, a extração deles não é algo tão bonito como sua aparência. Para se ter uma ideia, um em cada quatro diamantes à venda em todo o mundo, provavelmente, foi extraído em uma zona de guerra e vendido para financiar conflitos e guerras. Justamente por isso que alternativas de produção do mineral são bastante procuradas.

Nova técnica

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Agora, os cientistas do Instituto de Ciências Básicas da Coreia do Sul (KBSI) criaram uma nova técnica que consegue criar diamantes artificiais em poucos minutos. Essa técnica se baseia em uma mistura de metais líquidos e faz com que as pedras sejam criadas com uma necessidade de compressão bem menor do que as outras formas sintéticas.

Essa técnica é feita com uma mistura de metais líquidos exposta a metano e hidrogênio aquecida a 1.025°C  e depois resfriada de forma rápida em um sistema de vácuo personalizado.

Por conta desse composto de metais, o processo possibilita a criação de diamantes a uma pressão bem menor do que outros processos artificiais precisam. Para se ter uma noção, em somente 15 minutos os cientistas conseguiram criar fragmentos de cristais de diamante. E em duas horas e meia eles conseguiram produzir um filme contínuo.

De acordo com os cientistas, esse filme foi produzido a uma temperatura de 1.025°C e pressão de 1 atm, que é equivalente à pressão em nível do mar e milhares de vezes menor do que outros processos de produção precisam.

Produção

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Ainda de acordo com os cientistas, é possível diminuir a pressão necessária por conta da mistura de gálio, ferro, níquel e silício nas formas líquidas. Esse composto foi exposto a uma combinação de gases metano e hidrogênio durante seu aquecimento e depois foi resfriado bem rápido em um sistema de vácuo personalizado que foi construído em um invólucro de grafite.

Nesse processo, os átomos de carbono do metano se espalham no metal líquido e agiram como se fossem sementes para os diamantes. Depois de 15 minutos, os cientistas viram fragmentos pequenos de cristais de diamantes.

Agora, o próximo passo deles é melhorar esse processo. “Sugerimos que modificações simples poderiam permitir o cultivo de diamantes em uma área muito grande, usando uma superfície ou interface maior, configurando elementos de aquecimento para alcançar uma região de crescimento potencial muito maior e distribuindo carbono para a região de crescimento de diamantes de algumas novas maneiras.” escreveram eles.

Diamantes

Desconto no preço

Procurar novas formas de produção de diamantes é uma coisa já recorrente nesse setor. Por exemplo, desde 2021, a maior joalheria do mundo, a dinamarquesa Pandora, decidiu que não venderia mais diamantes extraídos da natureza. Eles começaram a usar exclusivamente gemas artificiais que serão produzidas em laboratório.

Como resultado dessa mudança, joalheiros do mundo inteiro passaram a ver as chamadas joias sintéticas com outros olhos. Até mesmo porque, os dois tipos de pedra são diamantes reais, sendo a única diferença a sua origem.

O que os difere é que, os diamantes naturais se formaram ao longo de milhões de anos pela força da natureza. Já os diamantes de laboratório são produzidos por técnicos a partir de um cristal de carbono dentro de uma câmara de micro-ondas com metano. Nesse ínterim, uma bola brilhante de plasma superaquecida cria partículas que se cristalizam em forma de diamantes em até dez semanas.

Segundo o CEO da Pandora, Alexander Lacik, o motivo de a joalheria fazer essa transição foi por isso ser parte de um plano maior rumo à sustentabilidade, embora, para se fabricar diamantes artificiais precise de muita energia. Isso, por sua vez, pode significar uma queima maior de combustíveis fósseis em algum lugar do mundo.

“Os diamantes criados em laboratório também são um símbolo de inovação e progresso e também projetam a mesma beleza que os diamantes. Além disso, são, agora, um testemunho que reflete o compromisso estabelecido em nossa agenda que visa valorizar a sustentabilidade de forma contínua e ambiciosa. Os diamantes precisam, mais do que nunca, serem acessíveis para todos”, disse Lacik.

Fonte: Olhar digital, Tecmundo

Imagens: Olhar digital, Desconto no preço

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