Curiosidades

Esse lar de idosos para pessoas com problemas mentais inovou no seu design

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Os asilos são vistos como lugares assustadores por diversas pessoas, principalmente, após serem abordados em diversas produções cinematográficas. Para quem não sabe, o lugar nada mais é do que uma casa de recuperação, para pessoas com algum distúrbio mental ou em idade avançada.

Normalmente, nesses abrigos, os pacientes se submetem à atividades físicas e psicológicas. Porém, existem, assim como nos filmes e séries, histórias tremendamente assustadoras, que aconteceram nesses lugares e assustam pessoas até os dias de hoje.

Por décadas, as pessoas incapazes de viver em sociedade eram colocadas nesses hospitais psiquiátricos que, às vezes, chegavam a ter milhares de pacientes. E nem todos os transtornos mentais eram tratados com repeito e cuidado.

Dizer que os pacientes eram mal tratados, não chega nem perto do que realmente acontecia dentro das instalações desses lugares. Foi apenas no fim da década de 1950, é que essa realidade começou a mudar.

Atualmente, existem vários asilos onde os pacientes são bastante bem tratados. E eles realmente são lugares bons para deixar aqueles que sofrem com algum problema mental.

Casa

O Lantern é um lar de idosos, em Ohio, que abriga vários pacientes com problemas de saúde. Em outras regiões dos EUA, existem outras casas dessa mesma rede. Mas somente nessa de Ohio, é que eles decidiram inovar o design. Eles quiseram trazer, para o ambiente interno, a sensação do mundo exterior.

O que eles quiseram fazer é que os espaços se parecessem com uma vizinhança de rua e trazer mais conforto para os seus moradores. E ao invés de o design se parecer com quartos de hospitais, eles tem uma cara hospitaleira.

Os quartos se parecem com casas e tem até mesmo varandas. O carpete do lugar é feito para lembrar grama e o teto imita o céu com nuvens azuis pintadas nele. Para ir além e parecer realmente “ruas”, existem outros elementos decorativos como postes, ruas e jardins.

Além do visual, o Lantern tenta imitar os cheiros e sons do mundo lá fora. Os pacientes conseguem ouvir passarinhos cantando, e sentir o cheiro das flores. Isso é feito para que eles sintam que, na verdade, nunca saíram de casa. Ou pelo menos dar a sensação de estarem morando em uma rua bem calma.

Fora das “casas”, existe a área comum, onde os habitantes podem fazer atividades pessoais ou aquelas que são organizadas pelos monitores. Algumas delas são aulas de culinária, viagens de compra e noites em família.

Cada morador pode decorar seu quarto como desejar e também podem ter animais de estimação.

Inspiração

A inspiração, para que esse lar fosse criado, veio dos próprios idosos. “Como terapeuta ocupacional, prestador de cuidados e empresário, é minha responsabilidade cuidar de meus clientes idosos e suas famílias. O design que tenho em todas as minhas comunidades é influenciado pelos clientes idosos que atendi ao longo do tempo e atendo agora”, explicou Jean Makesh, o CEO do Lantern.

O ambiente é ótimo para lidar com as doenças da memória e outros problemas mentais que a idade trás. As pessoas que tem Alzheimer podem ficar muito confusas em lares de idosos. E se o ambiente for familiar essas dificuldades são aliviadas.

“Como terapeuta ocupacional, fui treinado para abordar tudo cientificamente. Pesquisei todos os conceitos para garantir que meus projetos fossem científicos e tivessem elementos científicos para apoiar tudo o que meus clientes idosos me ensinaram”, ressaltou.

Para fazer um lar para os idosos são muitas coisas que tem que ser levadas em consideração. Isso porque, muitas vezes, cada pessoa requer um cuidado individualizado.

“As dificuldades são muitas. O maior desafio é a falta de entendimento da doença e as necessidades e preferências dos idosos em geral. Minha equipe e eu não podemos fazer isso sozinhos. É importante que as famílias dos idosos entendam o processo da doença. É fundamental que os profissionais médicos e a equipe de suporte entendam o processo da doença”, explicou.

Necessidade

Para Makesh, as necessidades e interesses dos habitantes devem ser o foco principal. E o Lantern é a prova de que, se o ambiente for desenhado para um processo de reabilitação, ao invés de um lugar para gerenciar a doença, os pacientes podem viver melhor e melhorar os sintomas.

“A memória e as doenças mentais são tratáveis. O diagnóstico precoce e a intervenção oportuna podem ajudar os indivíduos a viver uma vida significativa e funcional. No entanto, onde não há esperança, não há vida. Se todos os prestadores de cuidados começarem a pensar e abordar todos os indivíduos com Alzheimer sob uma perspectiva de tratamento e cuidados, imagine o que poderíamos fazer coletivamente para impactar o bem maior. Se desistirmos da esperança, o incentivo e a motivação para solucionar um problema ou questão serão destruídos”, conclui.

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