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Estudante de 21 anos confunde sintoma de câncer raro com ressaca

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Muitas pessoas adoram beber, seja socialmente com os amigos ou até ficar totalmente bêbadas. Não importa como, porque ou o quanto você bebe, uma coisa todos sentem em comum: a ressaca. Praticamente todo mundo já acordou no dia seguinte com dores de cabeça e mal-estar. Esses sintomas são conhecidos por quem bebe, mas às vezes eles podem não ser de ressaca e sim de uma coisa bem mais séria.

Esse foi o caso que aconteceu com a estudante inglesa Molly Hunt, de 21 anos. Ela usou suas redes sociais para contar como confundiu os sintomas de um câncer raro com ressaca. Em junho, a jovem foi diagnosticada com o estágio dois da doença de Hodgkin, que é um tipo de câncer que se desenvolve no sistema linfático.

Os primeiros sintomas de Molly apareceram em outubro de 2021 depois de ela ter tido uma noite de bebedeira com seus amigos. Depois disso, a universitária começou a sentir fortes dores em seu estômago. Esse sintoma foi seguido por um cansaço frequente, mas ela o relacionou com a sua carga de estudos na época.

Confundiu com ressaca

Metrópoles

 

“Eu saía e bebia bastante, e no dia seguinte sentia uma dor muito forte na barriga, debaixo do meu diafragma. Tinha que me contrair para parar. Eu apenas pensava: ‘Isso é novo. Meu corpo não deve ser capaz de tolerar tanto álcool’”, contou Molly.

Com isso, a jovem passou a sair cada vez menos para evitar a ressaca que ela achava que estava causando seus sintomas. Em fevereiro desse ano, a jovem viu o surgimento de um caroço no lado esquerdo da clavícula, seguido por uma coceira constante na pele.

Câncer

Metrópoles

Então, em junho o câncer foi descoberto. Junto com esse caroço na clavícula, Molly tinha uma massa de oito centímetros no peito.

“Eu estava extremamente cansada. Realmente não conseguia me concentrar em muitas coisas, pois o cansaço era muito ruim. Às vezes, eu pensava que era uma ressaca, e em outras situações, atribuía à carga de trabalho na universidade. Achei que estava exagerando”, contou ela, em seu perfil do TikTok.

Molly usou seu perfil para compartilhar sua rotina de tratamento junto com sua família e seu namorado. Depois de cinco sessões de quimioterapia, os médicos viram que o câncer da jovem estava em remissão, o que quer dizer que nenhuma célula neoplásica foi detectada.

Atualmente, a jovem usa suas redes sociais para conscientizar outras pessoas sobre a doença e a importância de sempre estar atento aos sinais que o corpo dá. “Ver os vídeos de outras pessoas realmente me ajudou quando fui diagnosticada. Queria mostrar a todos que estão passando por isso que está tudo bem, e a quimioterapia não é tão assustadora quanto você pensa que será”, concluiu.

Ressaca

Unimed Fortaleza

Assim como Molly foi em algum momento de sua vida, existem as pessoas que bebem constantemente e estão familiarizadas com os sintomas da ressaca. Essas pessoas provavelmente até têm seus próprios métodos para curá-la no dia seguinte.

Como cada um tem sua receita milagrosa para curar, ou pelo menos, amenizar os efeitos da ressaca, todos acreditam que a sua forma é a melhor. Contudo, existe uma notícia não tão boa. De acordo com novos estudos, a maior parte dessas curas não tem nenhuma evidência científica sólida que comprove a eficácia delas.

Para provar isso, os pesquisadores fizeram uma revisão de 21 estudos controlados por placebo em 386 participantes. Como resultado, eles descobriram que a evidência científica para a eficácia das chamadas “cura ressaca” era, na melhor das hipóteses, duvidosa.

Entretanto, a forma como esses experimentos são feitos e avaliados precisa ser melhorada. Como por exemplo, deveria ter uma espécie de balança padronizada usada para pesar os sintomas da ressaca ao invés de depender do autorrelato das pessoas.

“Nosso estudo descobriu que as evidências sobre esses remédios para ressaca são de qualidade muito baixa e é necessário fornecer uma avaliação mais rigorosa. Por enquanto, a maneira mais segura de prevenir os sintomas da ressaca é se abster de álcool ou beber com moderação”, disse o epidemiologista Emmert Roberts, do King’s College London, no Reino Unido.

Fonte: Metrópoles, Science Alert

Imagens: Metrópoles, Unimed Fortaleza

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